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06/08/2002 - 11h43

Pastrana afirma que processo de paz não fracassou na Colômbia

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da France Presse, no México

O presidente colombiano, Andrés Pastrana, que entrega amanhã o poder a seu sucessor, Alvaro Uribe, declarou que o processo de paz na Colômbia não fracassou durante seu governo.

"O processo de paz, em sua concepção integral, que foi a que sempre o governo apoiou, não fracassou", disse Pastrana, segundo a edição de hoje do jornal conservador mexicano "El Universal". "O processo foi um despertar para o país. Ganhamos politicamente. E foram derrotadas, como nunca antes, as Farc [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia], que foram desmascaradas ante a opinião pública nacional e internacional."

Reuters - 10.jun.2000
Andrés Pastrana, presidente da Colômbia
"Levo comigo duas frustrações. A primeira, que a guerrilha das Farc nunca entendeu que tinha a oportunidade histórica de avançar na busca da paz", afirmou Pastrana. A segunda, "que o Congresso não respondeu às expectativas de mudanças do país sobre o tema da reforma política, se bem que em todos os outros temas trabalhou com seriedade e responsabilidade, especialmente no ajuste econômico", disse.

Na opinião de Pastrana, "com a diplomacia da paz, conseguimos respaldo internacional. Convocamos todo o país a entrar de cheio no tema da paz. Ademais, deixamos plantada uma agenda de reformas, uma agenda que deve continuar a ser trabalhada, com a guerrilha ou sem ela".

"É certo que não conseguimos firmar o acordo final de paz, mas para conversar é preciso de dois, e a guerrilha não mostrou vontade. Os colombianos tinham grandes expectativas sobre os resultados do processo. Talvez por isso para alguns seja fácil descrever o processo como um fracasso. Mas na verdade não foi", declarou.

Para Pastrana, o maior acerto de sua administração foi o de retomar "as relações com nosso principal aliado internacional, os Estados Unidos. Isso levou ao nível máximo de cooperação bilateral na história de nossas nações, a um maior comércio e a uma abertura de portas e de credibilidade dos organismos internacionais".

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