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06/08/2002
-
15h58
da Folha Online
Enfrentamentos entre guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o Exército colombiano, que tiveram início na noite de ontem, mataram cerca de 40 pessoas na região de Córdoba, segundo informações do jornal colombiano "El Tiempo". Paralelo a isso, a explosão de um carro matou hoje pelo menos 12 guerrilheiros. Os dois incidentes deixaram até o momento pelo menos 52 mortos.
Guerrilheiros marxistas entraram em confronto com o Exército em duas regiões da Colômbia, matando cinco agricultores na véspera da posse do presidente Alvaro Uribe, que promete linha-dura contra os rebeldes.
Os soldados mataram 11 guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) perto da aldeia de La Uribe, na Província de Meta. Um soldado morreu. Essa batalha aconteceu dentro da antiga "zona desmilitarizada", entregue pelo atual presidente, Andrés Pastrana, à guerrilha durante uma fracassada tentativa de negociações.
Nas montanhas da Província de Córdoba, os militares abateram seis guerrilheiros que, segundo o Exército, teriam matado cinco camponeses. As Farc combatem os paramilitares de direita na região.
No povoado de Cubarral, no centro do país, ao menos 12 guerrilheiros das Farc morreram hoje na explosão de um carro que levava explosivos.
Segundo o comandante da 4ª Divisão do Exército, general Arcesio Barrero, os explosivos seriam utilizados em um atentado no povoado. Ainda não se sabe o que teria causado a explosão.
Uribe tomará posse amanhã com a proposta de elevar os gastos militares do país e aceitar dinheiro norte-americano para o combate ao tráfico de cocaína, que financia os rebeldes de direita e esquerda no conflito de 38 anos.
Os adversários de Uribe, entre eles grupos de direitos humanos, temem os planos do novo presidente de criar uma rede de até 1 milhão de informantes civis, e mencionam o crescimento dos paramilitares de direita quando Uribe governou a Província de Antioquia.
Uribe também quer aumentar os gastos sociais e reformar o Estado para combater a pobreza, um fator-chave no desenvolvimento do conflito. Ele prometeu hoje tentar convocar um plebiscito para reduzir pela metade o tamanho do Congresso, o que diminuiria gastos e corrupção. Os políticos se opõem à idéia.
"Não haverá milagres. O país tem problemas muito sérios que levarão muito tempo para serem resolvidos. Mas vamos começar a trabalhar amanhã", afirmou Uribe a uma rádio.
O presidente que sai, Andrés Pastrana, deve passar um tempo fora do país, provavelmente na Espanha, segundo a imprensa local. Ele foi eleito com a promessa de buscar a paz com os rebeldes, mas fracassou.
Leia mais no especial Colômbia
Explosão e enfrentamentos deixam 52 mortos na Colômbia
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Enfrentamentos entre guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o Exército colombiano, que tiveram início na noite de ontem, mataram cerca de 40 pessoas na região de Córdoba, segundo informações do jornal colombiano "El Tiempo". Paralelo a isso, a explosão de um carro matou hoje pelo menos 12 guerrilheiros. Os dois incidentes deixaram até o momento pelo menos 52 mortos.
Guerrilheiros marxistas entraram em confronto com o Exército em duas regiões da Colômbia, matando cinco agricultores na véspera da posse do presidente Alvaro Uribe, que promete linha-dura contra os rebeldes.
Os soldados mataram 11 guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) perto da aldeia de La Uribe, na Província de Meta. Um soldado morreu. Essa batalha aconteceu dentro da antiga "zona desmilitarizada", entregue pelo atual presidente, Andrés Pastrana, à guerrilha durante uma fracassada tentativa de negociações.
Nas montanhas da Província de Córdoba, os militares abateram seis guerrilheiros que, segundo o Exército, teriam matado cinco camponeses. As Farc combatem os paramilitares de direita na região.
No povoado de Cubarral, no centro do país, ao menos 12 guerrilheiros das Farc morreram hoje na explosão de um carro que levava explosivos.
Segundo o comandante da 4ª Divisão do Exército, general Arcesio Barrero, os explosivos seriam utilizados em um atentado no povoado. Ainda não se sabe o que teria causado a explosão.
Uribe tomará posse amanhã com a proposta de elevar os gastos militares do país e aceitar dinheiro norte-americano para o combate ao tráfico de cocaína, que financia os rebeldes de direita e esquerda no conflito de 38 anos.
Os adversários de Uribe, entre eles grupos de direitos humanos, temem os planos do novo presidente de criar uma rede de até 1 milhão de informantes civis, e mencionam o crescimento dos paramilitares de direita quando Uribe governou a Província de Antioquia.
Uribe também quer aumentar os gastos sociais e reformar o Estado para combater a pobreza, um fator-chave no desenvolvimento do conflito. Ele prometeu hoje tentar convocar um plebiscito para reduzir pela metade o tamanho do Congresso, o que diminuiria gastos e corrupção. Os políticos se opõem à idéia.
"Não haverá milagres. O país tem problemas muito sérios que levarão muito tempo para serem resolvidos. Mas vamos começar a trabalhar amanhã", afirmou Uribe a uma rádio.
O presidente que sai, Andrés Pastrana, deve passar um tempo fora do país, provavelmente na Espanha, segundo a imprensa local. Ele foi eleito com a promessa de buscar a paz com os rebeldes, mas fracassou.
Leia mais no especial Colômbia
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