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07/08/2002 - 21h06

Uribe apresenta ao Congresso projeto de paz com a guerrilha

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da France Presse, em Bogotá

O recém-empossado presidente da Colômbia, Alvaro Uribe, apresentou hoje ao Congresso um projeto que prevê a criação de bancadas legislativas para os grupos rebeldes que aceitarem um plano de paz. Além disso, propôs a dissolução e redução do Parlamento bicameral.

O projeto do "referendo contra a corrupção e a politicagem" foi levado à secretaria do Congresso pelo ministro do Interior e Justiça, Fernando Londoño.

O texto proposto pelo Executivo estabelece que " fim de facilitar a reincorporação na vida civil dos grupos armados ilegais que se encontrem vinculados a um processo de paz, o governo poderá estabelecer, de uma só vez, circunscrições especiais de paz ou nomear diretamente um número plural de congressistas que representem esses grupos"

Uribe, que durante a campanha prometeu lidar com mão firme os guerrilheiros de esquerda e os paramilitares de extrema-direita, declarou em seguida que estava determinado a empreender um processo de paz com esses grupos, tendo como mediador a ONU e como base o fim dos ataques.

A proposta de Uribe também inclui a dissolução e a redução do Congresso bicameral, dos 268 membros atuais para 160, com o intuito de combater a corrupção política e reduzir os gastos estatais.

Vários líderes do Partido Liberal (PL), que tem a maioria no legislativo, e alguns dos partidários de Uribe criticaram a pretensão do presidente de dissolver e reduzir o Congresso, sugerindo que, caso o executivo insistir nessa iniciativa, irão promover um referendo para antecipar as eleições presidenciais.

Uribe, dissidente do PL, manifestou em várias ocasiões que não irá desistir da reforma política.

O presidente do Congresso, o governista Luis Alfredo Ramos, defendeu hoje a legitimidade do parlamento durante a cerimônia de posse de Uribe. Ramos declarou que o legislativo está disposto a negociar a reforma política com o Executivo, sob a condição de manter sua independência e autonomia.

A proposta do novo governo também prevê duras sanções para os congressistas e funcionários públicos corruptos, o fim das controladorias departamentais e municipais, assim como o serviço militar obrigatório, sugerindo a adoção de um serviço social obrigatório.

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