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08/08/2002
-
01h21
da France Presse, em Bogotá
O prefeito de Bogotá, Antanas Mockus, disse que os ataques a granada contra a sede da presidência colombiana durante a cerimônia de posse de Alvaro Uribe tiveram o auxílio de terroristas internacionais, e apontou o IRA (Exército Republicano Irlandês).
Um especialista militar confirmou que os artefatos utilizados no atentado contra o Palácio de Nariño, a escola de formação de oficiais do Exército e uma região do centro de Bogotá, foram granadas de morteiro e não botijões de gás.
Ele revelou que os explosivos correspondem ao que comumente se denomina granadas de morteiro de 120 milímetros, fabricadas artesanalmente e lançadas de tubos de aproximadamente 1,2 metro fixados em terra.
"A tecnologia utilizada para atacar o Palácio de Nariño requer altos estudos, e embora tenham sido utilizadas granadas de fabricação caseira trabalhamos com a hipótese de que o ataque tenha tido a ajuda do terrorismo internacional, possivelmente do IRA", disse Mockus.
O prefeito disse que o tipo de armamento utilizado "mostra claramente que não são só os terroristas colombianos que estão agindo, mas estão recorrendo a fórmulas muito destrutivas que são utilizadas por especialistas em outros países".
Mockus ofereceu recompensa de 100 milhões de pesos colombianos(aproximadamente US$ 37.800) para quem tiver informações sobre os autores dos ataques, que deixaram pelo menos 15 mortos e mais de 46 feridos. A prefeitura de Bogotá restringiu o porte de armas de fogo até a próxima segunda-feira.
O ataque à sede do governo ocorreu durante o juramento de Uribe na sede legislativa.
Três artefatos com explosivos foram lançados contra o Palácio de Nariño -anexo à sede do Congresso- e um deles explodiu, deixando quatro membros da segurança interna feridos.
Minutos depois, outro artefato explodiu no setor de El Cartucho, a 400 metros do palácio, matando 15 pessoas que moravam no local.
Segundo a explicação do militar, as granadas utilizadas podem ter alcance de 5 quilômetros e são acionadas por meio de uma série de cálculos matemáticos que normalmente requerem vários disparos para atingir com precisão o alvo.
Pelo menos 70 desses artefatos foram encontrados pelas autoridades nos bairros Pontevedra de Bogotá, nas proximidades da Escola Militar de Cadetes, e em Santa Isabel, a poucos metros da casa presidencial, após os ataques desta quarta-feira.
Para o militar, os terroristas queriam lançar uma chuva de granadas de morteiro contra as duas instalações. As autoridades que encontraram vários tubos de lançamento dispostos para a operação chegaram à mesma conclusão.
Pela qualidade dos morteiros, pode-se concluir que eles têm um raio de ação mortal de 40 metros.
O militar explicou que os morteiros se diferenciam das bazucas, com as quais são frequentemente confundidos, porque elas são disparadas de um tubo no ombro, e a olho visto, ou seja, em linha direta com o objetivo, e são acionados por autopropulsão, como um disparo. Já os morteiros são lançados com outros tipos de mecanismos.
Em várias ocasiões, as autoridades colombianas alertaram que a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) recebeu treinamento em táticas de terrorismo do IRA, enquanto controlava uma região de 42.000 km² ao sul da Colômbia.
Leia mais no especial Colômbia
Prefeito de Bogotá diz que IRA pode estar por trás dos ataques
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O prefeito de Bogotá, Antanas Mockus, disse que os ataques a granada contra a sede da presidência colombiana durante a cerimônia de posse de Alvaro Uribe tiveram o auxílio de terroristas internacionais, e apontou o IRA (Exército Republicano Irlandês).
Um especialista militar confirmou que os artefatos utilizados no atentado contra o Palácio de Nariño, a escola de formação de oficiais do Exército e uma região do centro de Bogotá, foram granadas de morteiro e não botijões de gás.
Ele revelou que os explosivos correspondem ao que comumente se denomina granadas de morteiro de 120 milímetros, fabricadas artesanalmente e lançadas de tubos de aproximadamente 1,2 metro fixados em terra.
"A tecnologia utilizada para atacar o Palácio de Nariño requer altos estudos, e embora tenham sido utilizadas granadas de fabricação caseira trabalhamos com a hipótese de que o ataque tenha tido a ajuda do terrorismo internacional, possivelmente do IRA", disse Mockus.
O prefeito disse que o tipo de armamento utilizado "mostra claramente que não são só os terroristas colombianos que estão agindo, mas estão recorrendo a fórmulas muito destrutivas que são utilizadas por especialistas em outros países".
Mockus ofereceu recompensa de 100 milhões de pesos colombianos(aproximadamente US$ 37.800) para quem tiver informações sobre os autores dos ataques, que deixaram pelo menos 15 mortos e mais de 46 feridos. A prefeitura de Bogotá restringiu o porte de armas de fogo até a próxima segunda-feira.
O ataque à sede do governo ocorreu durante o juramento de Uribe na sede legislativa.
Três artefatos com explosivos foram lançados contra o Palácio de Nariño -anexo à sede do Congresso- e um deles explodiu, deixando quatro membros da segurança interna feridos.
Minutos depois, outro artefato explodiu no setor de El Cartucho, a 400 metros do palácio, matando 15 pessoas que moravam no local.
Segundo a explicação do militar, as granadas utilizadas podem ter alcance de 5 quilômetros e são acionadas por meio de uma série de cálculos matemáticos que normalmente requerem vários disparos para atingir com precisão o alvo.
Pelo menos 70 desses artefatos foram encontrados pelas autoridades nos bairros Pontevedra de Bogotá, nas proximidades da Escola Militar de Cadetes, e em Santa Isabel, a poucos metros da casa presidencial, após os ataques desta quarta-feira.
Para o militar, os terroristas queriam lançar uma chuva de granadas de morteiro contra as duas instalações. As autoridades que encontraram vários tubos de lançamento dispostos para a operação chegaram à mesma conclusão.
Pela qualidade dos morteiros, pode-se concluir que eles têm um raio de ação mortal de 40 metros.
O militar explicou que os morteiros se diferenciam das bazucas, com as quais são frequentemente confundidos, porque elas são disparadas de um tubo no ombro, e a olho visto, ou seja, em linha direta com o objetivo, e são acionados por autopropulsão, como um disparo. Já os morteiros são lançados com outros tipos de mecanismos.
Em várias ocasiões, as autoridades colombianas alertaram que a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) recebeu treinamento em táticas de terrorismo do IRA, enquanto controlava uma região de 42.000 km² ao sul da Colômbia.
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