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14/08/2002
-
20h19
da France Presse, em Paris
Na Europa, a situação agravou-se ainda mais hoje e o saldo das chuvas é crítico: dezenas de pessoas morreram, vítimas das enchentes dos rios Elba, Danubio e Moldava e centenas de moradores foram retirados de suas casas, principalmente em Praga e Dresden (Alemanha). No sul da Ásia, as chuvas torrenciais dos últimos dia já causaram mais de 800 mortos e deixaram milhares de desabrigados.
Até o momento, há informações de pelo menos 12 mortos desde o final de semana na Alemanha, 10 na República Tcheca, pelo menos sete na Áustria e 14 na Romênia, enquanto na Rússia foram registradas 59 vítimas fatais depois das trombas d'água de 8 de agosto nas costas do mar Negro.
Mais de 200 mil pessoas foram retiradas de suas casas na República Tcheca, segundo o ministro do Interior Stanislav Gross.
"Em toda a minha vida, nunca vi estragos de tal dimensão causados pelas chuvas", declarou o chanceler social-democrata alemão Gerhard Schroeder ao voltar de uma visita à cidade de Grimma (leste da Alemanha).
Ao longo do curso do rio Elba, a população de outras cidades preparam-se para ser retirada. Milhares de policiais, soldados, e equipes de socorro e voluntários corriam para os lugares mais afetados da Saxônia, onde 30 mil pessoas foram desalojadas, da Saxônia-Anhalt e das regiões de Turingia (leste) e Baviera (sul), às margens do Danúbio, em Passau e Ratisbona.
Na Áustria, várias cidades situadas ao longo do Danúbio lutavam contra a cheia do rio. O governo federal decidiu conceder uma ajuda de 650 milhões de dólares. Mas, segundo os governadores da Alta e Baixa Áustria, os prejuízos poderão alcançar US$ 3 bilhões.
Em Praga, as águas do rio Moldava ameaçam inundar a cidade.
Um homem foi encontrado afogado hoje em sua casa próximo a Pisek, na Boêmia do sul, elevando para dez o número de vítimas fatais das inundações na República Tcheca.
O presidente tcheco, Vaclav Havel, interrompeu as férias no sul de Portugal e viajou a Praga para visitar os bairros mais afetados.
A água inundou hoje o Teatro Nacional, uma imponente construção neo-renascentista, situada na margem direita do rio. No início da tarde, a situação parecia estabilizar-se.
Na Eslováquia, na manhã de hoje foi decretado estado de alerta em Bratislava, devido à enchente do Danubio, que chegava aos 8,5 metros (normalmente, chega a 3 metros), podendo subir até os 10 metros amanhã, segundo previsões.
Na Rússia, a chuva torrencial, acompanhada de ventos fortes que atingem o sul do país desde a semana passada deixaram pelo menos 59 mortos até o momento.
Milhões de desabrigados
No sul da Ásia, as inundações e deslizamentos causaram mais de 800 mortos.
No nordeste da Índia, no Nepal e Bangladesh, milhões de pessoas estão desabrigadas nas regiões inundadas pelas águas desde o começo de julho.
As inundações e avalanches causaram pelo menos 68 mortos nos Estados do nordeste de Asam, em Mizoram, Manipur e Arunachal Pradesh, desde julho.
Outras 279 pessoas morreram no estado de Bihar, também no nordeste, a zona mais gravemente afetada junto com Asam. Domingo, 33 aldeãos perderam a vida em Uttaranchal, estado montanhoso do norte da Índia.
Nepal, o pequeno reino do Himalaia na fronteira com a Índia, sofreu deslizamentos de terra que causaram 422 mortos desde julho.
Com mais de 200 rios, Bangladesh também foi afetado pelas águas, que obrigaram sete milhões de pessoas a abandonar suas casas.
No Irã, pelo menos 35 pessoas morreram e 30 estão desaparecidas vítimas das inundações registradas no nordeste do país.
Veja galeria de fotos das enchentes
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Estragos da chuva agravam-se na Europa e Ásia
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Na Europa, a situação agravou-se ainda mais hoje e o saldo das chuvas é crítico: dezenas de pessoas morreram, vítimas das enchentes dos rios Elba, Danubio e Moldava e centenas de moradores foram retirados de suas casas, principalmente em Praga e Dresden (Alemanha). No sul da Ásia, as chuvas torrenciais dos últimos dia já causaram mais de 800 mortos e deixaram milhares de desabrigados.
Até o momento, há informações de pelo menos 12 mortos desde o final de semana na Alemanha, 10 na República Tcheca, pelo menos sete na Áustria e 14 na Romênia, enquanto na Rússia foram registradas 59 vítimas fatais depois das trombas d'água de 8 de agosto nas costas do mar Negro.
Reuters |
Próximo a Dresden, uma casa foi destruída pela chuva |
Mais de 200 mil pessoas foram retiradas de suas casas na República Tcheca, segundo o ministro do Interior Stanislav Gross.
"Em toda a minha vida, nunca vi estragos de tal dimensão causados pelas chuvas", declarou o chanceler social-democrata alemão Gerhard Schroeder ao voltar de uma visita à cidade de Grimma (leste da Alemanha).
Ao longo do curso do rio Elba, a população de outras cidades preparam-se para ser retirada. Milhares de policiais, soldados, e equipes de socorro e voluntários corriam para os lugares mais afetados da Saxônia, onde 30 mil pessoas foram desalojadas, da Saxônia-Anhalt e das regiões de Turingia (leste) e Baviera (sul), às margens do Danúbio, em Passau e Ratisbona.
Na Áustria, várias cidades situadas ao longo do Danúbio lutavam contra a cheia do rio. O governo federal decidiu conceder uma ajuda de 650 milhões de dólares. Mas, segundo os governadores da Alta e Baixa Áustria, os prejuízos poderão alcançar US$ 3 bilhões.
Em Praga, as águas do rio Moldava ameaçam inundar a cidade.
Reuters |
Bombeiros atravessam ruas inundadas de Praga; a enchente atingiu o centro histórico da cidade |
Um homem foi encontrado afogado hoje em sua casa próximo a Pisek, na Boêmia do sul, elevando para dez o número de vítimas fatais das inundações na República Tcheca.
O presidente tcheco, Vaclav Havel, interrompeu as férias no sul de Portugal e viajou a Praga para visitar os bairros mais afetados.
A água inundou hoje o Teatro Nacional, uma imponente construção neo-renascentista, situada na margem direita do rio. No início da tarde, a situação parecia estabilizar-se.
Na Eslováquia, na manhã de hoje foi decretado estado de alerta em Bratislava, devido à enchente do Danubio, que chegava aos 8,5 metros (normalmente, chega a 3 metros), podendo subir até os 10 metros amanhã, segundo previsões.
Na Rússia, a chuva torrencial, acompanhada de ventos fortes que atingem o sul do país desde a semana passada deixaram pelo menos 59 mortos até o momento.
Milhões de desabrigados
No sul da Ásia, as inundações e deslizamentos causaram mais de 800 mortos.
No nordeste da Índia, no Nepal e Bangladesh, milhões de pessoas estão desabrigadas nas regiões inundadas pelas águas desde o começo de julho.
As inundações e avalanches causaram pelo menos 68 mortos nos Estados do nordeste de Asam, em Mizoram, Manipur e Arunachal Pradesh, desde julho.
Outras 279 pessoas morreram no estado de Bihar, também no nordeste, a zona mais gravemente afetada junto com Asam. Domingo, 33 aldeãos perderam a vida em Uttaranchal, estado montanhoso do norte da Índia.
Nepal, o pequeno reino do Himalaia na fronteira com a Índia, sofreu deslizamentos de terra que causaram 422 mortos desde julho.
Com mais de 200 rios, Bangladesh também foi afetado pelas águas, que obrigaram sete milhões de pessoas a abandonar suas casas.
No Irã, pelo menos 35 pessoas morreram e 30 estão desaparecidas vítimas das inundações registradas no nordeste do país.
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