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15/08/2002
-
16h55
da Folha Online
As enchentes em Dresden, (leste da Alemanha), cujo centro é uma das jóias da arquitetura barroca alemã, atingiram vários pontos. O palácio Zwinger, que tem um dos melhores acervos da Europa, também foi atingido pelas inundações. Todas as obras, inclusive a valiosa "Madonna Sistina", do pintor renascentista italiano Rafael, foram levados para andares superiores. A cidade enfrenta hoje a sua pior inundação nos últimos cem anos.
Os turistas uniram-se aos moradores para colocar sacos de areia junto ao rio Elba, que corta a cidade. Bombas de drenagem permitiram que hoje os visitantes pudessem voltar a alguns dos monumentos mais famosos de Dresden, mesmo com a subida do rio.
As autoridades dizem que 30 mil pessoas foram retiradas de suas casas em toda a Saxônia. Em Bitterfeld e Magdeburg, no vizinho Estado de Saxônia-Anhalt, 35 mil pessoas estão alertadas para deixar seus lares a qualquer momento
Segundo a polícia, 27 pessoas estão desaparecidas em Dresden e região, um número que aumenta continuamente. Foram registrados ainda alguns casos de saques.
As águas do rio Elba atingiram 8,3 metros de altura na tarde de hoje e deve chegar a 8,7 metros durante a noite, o maior nível desde 1845. O Elba está sendo "inchado" com as águas de seu afluente Vlatva, que corta Praga.
As autoridades estão retirando a população do centro histórico da cidade e helicópteros do Exército resgataram pacientes de um hospital, que estavam isolados desde ontem.
Em outras cidades do leste da Alemanha, como Chemnitz e Leipzig, os moradores também se retiraram por causa do transbordamento do rio Elba.
As autoridades acreditam que a cidade de Brandenburg também está ameaçada, e há temores de que ocorra um desastre ambiental, caso as usinas químicas de Bitterfield sejam inundadas.
Ontem, o chanceler alemão, Gerhard Schröder, visitou a região e descreveu a situação como uma "catástrofe".
Ele prometeu que o governo vai ajudar as vítimas das enchentes.
Pelo menos 12 pessoas morreram no país por causa dos alagamentos e um estado de emergência já foi declarado em vários distritos da região da Bavária.
Animais mortos
Enquanto isso, as águas em Praga (República Tcheca) começaram a baixar, revelando a extensão dos estragos na capital tcheca.
Devido às enchentes, 20 mil pessoas tiveram de deixar a capital tcheca, na pior inundação nos 800 anos de história da cidade. As barreiras erguidas por autoridades e voluntários conseguiram proteger o bairro medieval da Cidade Velha, mas outras áreas continuam cobertas por vários metros de água e alguns edifícios de vários séculos podem ter sido danificados.
"O nível das águas está diminuindo, mas não há nada a comemorar. Levará vários dias para que as pessoas possam voltar para casa. Temos muito trabalho pela frente", disse o prefeito Igor Nemec.
As primeiras estimativas da prefeitura são de um prejuízo de US$ 2 bilhões. No total, já houve 12 mortos no país. A última vítima foi um tcheco que assistia à explosão de um barco que perdeu a âncora na tempestade e estava à deriva no rio Elba. O homem foi atingido por estilhaços da detonação.
Em outro incidente, uma indústria química foi atingida pela enchente e deixou vazar o gás cloro, que é venenoso.
O zoológico de Praga anunciou que quase cem animais morreram, inclusive um elefante, cinco rinocerontes, um leão, um gorila e 80 aves.
Com agências internacionais
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Os turistas uniram-se aos moradores para colocar sacos de areia junto ao rio Elba, que corta a cidade. Bombas de drenagem permitiram que hoje os visitantes pudessem voltar a alguns dos monumentos mais famosos de Dresden, mesmo com a subida do rio.
As autoridades dizem que 30 mil pessoas foram retiradas de suas casas em toda a Saxônia. Em Bitterfeld e Magdeburg, no vizinho Estado de Saxônia-Anhalt, 35 mil pessoas estão alertadas para deixar seus lares a qualquer momento
Segundo a polícia, 27 pessoas estão desaparecidas em Dresden e região, um número que aumenta continuamente. Foram registrados ainda alguns casos de saques.
As águas do rio Elba atingiram 8,3 metros de altura na tarde de hoje e deve chegar a 8,7 metros durante a noite, o maior nível desde 1845. O Elba está sendo "inchado" com as águas de seu afluente Vlatva, que corta Praga.
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Em outras cidades do leste da Alemanha, como Chemnitz e Leipzig, os moradores também se retiraram por causa do transbordamento do rio Elba.
As autoridades acreditam que a cidade de Brandenburg também está ameaçada, e há temores de que ocorra um desastre ambiental, caso as usinas químicas de Bitterfield sejam inundadas.
Ontem, o chanceler alemão, Gerhard Schröder, visitou a região e descreveu a situação como uma "catástrofe".
Ele prometeu que o governo vai ajudar as vítimas das enchentes.
Pelo menos 12 pessoas morreram no país por causa dos alagamentos e um estado de emergência já foi declarado em vários distritos da região da Bavária.
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Enquanto isso, as águas em Praga (República Tcheca) começaram a baixar, revelando a extensão dos estragos na capital tcheca.
Devido às enchentes, 20 mil pessoas tiveram de deixar a capital tcheca, na pior inundação nos 800 anos de história da cidade. As barreiras erguidas por autoridades e voluntários conseguiram proteger o bairro medieval da Cidade Velha, mas outras áreas continuam cobertas por vários metros de água e alguns edifícios de vários séculos podem ter sido danificados.
"O nível das águas está diminuindo, mas não há nada a comemorar. Levará vários dias para que as pessoas possam voltar para casa. Temos muito trabalho pela frente", disse o prefeito Igor Nemec.
As primeiras estimativas da prefeitura são de um prejuízo de US$ 2 bilhões. No total, já houve 12 mortos no país. A última vítima foi um tcheco que assistia à explosão de um barco que perdeu a âncora na tempestade e estava à deriva no rio Elba. O homem foi atingido por estilhaços da detonação.
Em outro incidente, uma indústria química foi atingida pela enchente e deixou vazar o gás cloro, que é venenoso.
O zoológico de Praga anunciou que quase cem animais morreram, inclusive um elefante, cinco rinocerontes, um leão, um gorila e 80 aves.
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