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19/08/2002
-
08h59
da Folha de S.Paulo
Líderes de quatro dos países mais atingidos pelas chuvas que castigam a Europa Central se reuniram ontem em Berlim e concordaram com um programa de limpeza e reconstrução, uma tarefa que poderá levar vários anos e custar 20 bilhões de euros. As inundações deixaram um saldo provisório de 105 mortos.
O programa incluirá "somas substanciais" da União Européia (UE) e empréstimos de emergência, disse o chanceler (premiê) alemão, Gerhard Schröder, após o encontro de cúpula com os líderes da Áustria, da República Tcheca e da Eslováquia. Eles propuseram a criação de um fundo europeu para ajuda em emergências.
"O que nos levou a esse encontro foi a destruição e o sofrimento do povo nos países atingidos, sejam eles países membros da UE ou países que vão tornar-se membros", disse Schröder. Alemanha e Áustria pertencem à UE, mas a República Tcheca e a Eslováquia são candidatos à adesão.
O chanceler alemão negou que os gastos extras para lidar com a destruição causada possam comprometer os limites de déficit exigidos pela UE para a Alemanha.
Parte do dinheiro para a reconstrução virá dos programas da União Européia para as regiões mais pobres. Esses programas têm dotação de bilhões de euros. Algumas das regiões atingidas pelas chuvas, notadamente da antiga Alemanha Oriental, já se serviam desses fundos.
Schröder e o chanceler (premiê) austríaco, Wolfgang Schüssel, disseram que a República Tcheca e a Eslováquia, embora devam receber menos ajuda do que nações da UE, merecem "total solidariedade" da organização. "Estamos vivendo o pior desastre natural da nossa geração", disse Schüssel.
As águas já começaram a baixar, mas ainda causam problemas. Na Alemanha, trabalhadores se esforçam para reforçar diques e tentar evitar que as águas do rio Mulde atinjam a cidade de Bitterfeld, na antiga Alemanha Oriental. A cidade abriga várias indústrias químicas e sua eventual inundação poderia provocar uma catástrofe ambiental. Os cerca de 16 mil habitantes de Bitterfeld já foram evacuados.
Em Praga, caiu mais um edifício, o terceiro, o que levou autoridades a retirar moradores de prédios vizinhos. O prejuízo com as inundações na capital tcheca poderá chegar a 2 bilhões de euros.
Na Eslováquia, onde o rio Danúbio começou a baixar depois de ter atingido a marca de 9,9 metros acima do nível normal, a zona mais atingida é a do centro do país. Na Hungria, cerca de 1.700 pessoas tiveram de abandonar suas casas. Cerca de 28 cidades e povoados ao norte de Budapeste ainda estão ameaçados.
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Reconstrução na Europa pode custar 20 bilhões de euros
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Líderes de quatro dos países mais atingidos pelas chuvas que castigam a Europa Central se reuniram ontem em Berlim e concordaram com um programa de limpeza e reconstrução, uma tarefa que poderá levar vários anos e custar 20 bilhões de euros. As inundações deixaram um saldo provisório de 105 mortos.
O programa incluirá "somas substanciais" da União Européia (UE) e empréstimos de emergência, disse o chanceler (premiê) alemão, Gerhard Schröder, após o encontro de cúpula com os líderes da Áustria, da República Tcheca e da Eslováquia. Eles propuseram a criação de um fundo europeu para ajuda em emergências.
"O que nos levou a esse encontro foi a destruição e o sofrimento do povo nos países atingidos, sejam eles países membros da UE ou países que vão tornar-se membros", disse Schröder. Alemanha e Áustria pertencem à UE, mas a República Tcheca e a Eslováquia são candidatos à adesão.
O chanceler alemão negou que os gastos extras para lidar com a destruição causada possam comprometer os limites de déficit exigidos pela UE para a Alemanha.
Parte do dinheiro para a reconstrução virá dos programas da União Européia para as regiões mais pobres. Esses programas têm dotação de bilhões de euros. Algumas das regiões atingidas pelas chuvas, notadamente da antiga Alemanha Oriental, já se serviam desses fundos.
Schröder e o chanceler (premiê) austríaco, Wolfgang Schüssel, disseram que a República Tcheca e a Eslováquia, embora devam receber menos ajuda do que nações da UE, merecem "total solidariedade" da organização. "Estamos vivendo o pior desastre natural da nossa geração", disse Schüssel.
As águas já começaram a baixar, mas ainda causam problemas. Na Alemanha, trabalhadores se esforçam para reforçar diques e tentar evitar que as águas do rio Mulde atinjam a cidade de Bitterfeld, na antiga Alemanha Oriental. A cidade abriga várias indústrias químicas e sua eventual inundação poderia provocar uma catástrofe ambiental. Os cerca de 16 mil habitantes de Bitterfeld já foram evacuados.
Em Praga, caiu mais um edifício, o terceiro, o que levou autoridades a retirar moradores de prédios vizinhos. O prejuízo com as inundações na capital tcheca poderá chegar a 2 bilhões de euros.
Na Eslováquia, onde o rio Danúbio começou a baixar depois de ter atingido a marca de 9,9 metros acima do nível normal, a zona mais atingida é a do centro do país. Na Hungria, cerca de 1.700 pessoas tiveram de abandonar suas casas. Cerca de 28 cidades e povoados ao norte de Budapeste ainda estão ameaçados.
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