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21/08/2002 - 04h41

Estudo aponta série de erros no resgate no WTC

SÉRGIO DÁVILA
da Folha de S.Paulo, em Nova York

Uma investigação encomendada a uma empresa particular pelo governo norte-americano concluiu que houve falha humana nos resgates realizados pela polícia e pelo Corpo de Bombeiros de Nova York no World Trade Center no dia 11 de setembro.

Segundo relatório divulgado anteontem pela McKinsey & Company, a falta de coordenação entre as duas forças, a precariedade tecnológica de alguns aparelhos usados (como os rádios) e a rivalidade entre bombeiros e policiais fizeram com que o resgate fosse menos efetivo e tivesse mais vítimas, principalmente entre os próprios soldados envolvidos.

Entre os quase 3.000 mortos naquele dia, contam-se 343 bombeiros, 23 policiais e 74 seguranças da Autoridade Portuária. Isso levou o prefeito da cidade a fazer um mea culpa inédito e anunciar mudanças que passam a valer já no próximo grande resgate.

"A competitividade entre as agências é inevitável e mesmo saudável em alguma medida, mas isso não pode prejudicar nossa habilidade em responder a emergências", disse o republicano Michael Bloomberg, cujo cargo era ocupado por seu colega de partido Rudolph Giuliani quando do ataque terrorista.

Entre as medidas anunciadas por ele, estão a instalação de antenas tecnologicamente mais avançadas no topo dos arranha-céus da cidade, para melhorar a frequência dos rádios dos soldados, e a inauguração de vôos regulares de bombeiros em helicópteros como maneira de prevenção.

O fato de a imprensa americana ter virtualmente ignorado o assunto até a divulgação do relatório também arrancou críticas de setores da sociedade. "A mídia foi compreensiva demais com as falhas", disse Charles Jennings, professor de Justiça Criminal da Universidade de Nova York.

Nomes das vítimas
Ontem ainda a prefeitura divulgou sua lista final de vítimas do ataque ao World Trade Center, a lista que será lida pelo ex-prefeito Rudolph Giuliani na cerimônia do aniversário de um ano. O número oficial agora é 2.819 mortos.

São quatro pessoas a menos do que a última contagem, pois a anterior incluía o nome de solteira e de casada de uma mesma mulher e duas outras pessoas desaparecidas que depois contataram as famílias. Entre os mortos, a maioria tinha 37 anos (121 pessoas).

A lista completa, com nomes e idades de cada pessoa, está na internet, no site do "New York Times".

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