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22/08/2002 - 08h56

Soldados israelenses prendem líder do Hamas em Qalqilya

da Folha Online

Soldados do Exército israelense prenderam hoje Mohammed Wajeh Quoa, 41, líder do Hamas na cidade de Qalqilya (Cisjordânia), informaram fontes palestinas.

Os soldados fizeram uma busca na casa de Quoa, que será entregue ao serviço de segurança israelense.

A detenção ocorre um dia depois da captura de cinco membros do grupo extremista palestino Hamas, suspeitos de uma série de atentados à bomba responsável pela morte de 35 pessoas. Entre os atentados estão incluídos o da Universidade Hebraica de Jerusalém no início do mês, que deixou nove mortos, e o ataque ao café Moment, também em Jerusalém, que deixou 11 mortos em março.

Pela manhã, outras três pessoas foram detidas. Um palestino, suspeito de ser membro do Hamas, foi preso na cidade de Jenin, norte da Cisjordânia. Outros dois suspeitos foram detidos no sul de Jerusalém.

Um mulher palestina de 55 anos morreu e seu filho ficou ferido quando uma bomba explodiu hoje na granja onde ela estava trabalhando. A granja pertence a um membro do grupo extremista Jihad Islâmica que está foragido, Ahmed Yassin, 30, segundo informações da polícia israelense. O dono da granja não tem nenhuma relação com o líder do Hamas, que tem o mesmo nome.

Castigos
Hoje, o prefeito de Jerusalém, Ehud Olmert, disse ser contra os "castigos coletivos" contra os palestinos de Jerusalém Oriental, depois da prisão de cinco moradores desta parte da cidade, acusados de estarem envolvidos em oito atentados que causaram 35 mortes.

"Não se deve tirar conclusões precipitadas, o fato de existir um grupo de terroristas entre 210 mil palestinos residente em Jerusalém Oriental não justifica os castigos coletivos", afirmou Olmert, membro do Likud, artido de direita do primeiro-ministro Ariel Sharon.

"Tem que se castigar os terroristas, isolá-los, colocar medo, mas atuando com sangue frio", afirmou o prefeito à rádio militar israelense.

Quatro dos palestinos presos ontem são de Jerusalém Leste e possuem documentos legais para viver, trabalhar e circular em território israelense, diferentemente do que ocorre com os palestinos provenientes da Cisjordânia e da faixa de Gaza.

Jerusalém Oriental foi ocupada e anexada por Israel em 1967, e é reivindicada pelos palestinos para a capital de seu Estado. Esta ocupação do território não é reconhecidas pela comunidade internacional.

Após a ocupação de Jerusalém Oriental, em 1967, Israel registrou os palestinos dessa parte da cidade como residentes. Desde então, a apresentação dessa identificação [documento israelense de residência] ou de autorizações especiais são exigidas para a permanência em Jerusalém. O status de residente é facilmente revogável, contudo, o que tem permitido a expulsão de palestinos da cidade.

Ontem, um palestino de 24 anos foi morto por estilhaços durante uma ação do Exército de Israel. Os soldados explodiram dois prédios altos no campo de refugiados de Khan Yunis, sob a alegação de que eles poderiam ser usados por franco-atiradores para alvejar assentamentos judeus próximos ao local.

A explosão danificou oito casas próximas, deixando cerca de cem palestinos sem teto, disseram palestinos.

Na terça-feira (20), um atirador do Hamas matou um soldado que fazia a proteção dos assentamentos.

Com agências internacionais

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