24/08/2002 - 08h13

Ataque de pistoleiros em hospital colombiano deixa dois mortos

da France Presse, em Bogotá

Um preso, condenado por narcotráfico, e seu segurança foram assassinados ontem por pistoleiros que invadiram uma clínica do sul de Cali, 470 km a sudoeste de Bogotá, onde o réu era submetido a uma revisão médica, informou a polícia.

Os assassinos abriram fogo contra Luis Orlando Castillo, preso na penitenciária de segurança máxima de Palmira, no Departamento de Valle (Cali), e durante o crime seu segurança levou dois tiros.

O preso, de 30 anos, estava no hospital para uma revisão médica por problemas de hipertensão.

O comando da polícia de Cali informou que os assassinos fugiram e que as autoridades já iniciaram as investigações do caso.

ONU
Ontem, a ministra colombiana da Defesa, Martha Lucía Ramírez, disse que o governo de Alvaro Uribe quer uma participação ativa das Nações Unidas no eventual diálogo de paz na Colômbia.

"O presidente quer que a ONU seja o fio condutor do diálogo de paz com a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia)", disse Lucía Ramírez em uma visita à cidade de Cartagena (1.100 km ao norte de Bogotá).

Na quinta-feira (22), as Farc enviaram uma carta a Uribe admitindo um diálogo direto com o governo, sem a intermediação das Nações Unidas.

Uribe já disse em várias oportunidades que quer iniciar um processo de negociação com a guerrilha e os grupos paramilitares, mas exige um cessar-fogo antes de qualquer diálogo.

Em Cartagena, Uribe também admitiu a possibilidade de negociações de paz entre as autoridades regionais e os grupos armados, desde que o governo supervisione e dê a palavra final.

Leia mais no especial Colômbia