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24/08/2002
-
10h45
O partido nacionalista basco Batasuna, considerado o braço político do grupo armado separatista ETA (Pátria Basca e Liberdade), cujas atividades deverão ser suspensas na segunda-feira (26) pela justiça espanhola, convocou hoje uma grande manifestação para o dia 7 de setembro em Bilbao (País Basco).
"É preciso resistir ao Estado espanhol. A esquerda continuará. Não querem destruir siglas, estão tentando destruir um povo", afirmou o porta-voz de Batasuna, Arnaldo Otegi, em uma entrevista à imprensa em San Sebastián (Província de Guipúzcoa).
Otegi se negou a comentar a provável decisão a ser dotada segunda-feira pelo juiz da Audiência Nacional (principal instância penal espanhola), Baltasar Garzón, de suspender as atividades de seu movimento.
"Está nas mãos de nossos advogados, mas não valorizamos decisões jurídicas que são de fato políticas", disse Otegi.
Garzón aguarda para ordenar a proibição por até cinco anos do grupo na segunda-feira, dando ao partido tempo para recorrer às acusações.
Fontes judiciais disseram que o juiz manteria a proibição, indiferente aos argumentos legais do Batasuna.
Espera-se que as autoridades da turbulenta região basca, no norte da Espanha, enviem a polícia para fechar a sede do partido e seus escritórios.
A polícia do País Basco já estava em alerta para possíveis represálias do ETA depois que Otegi avisou ao governo local nesta semana que a proibição teria 'consequências desagradáveis'.
O Batasuna divide com o ETA o objetivo de conseguir um Estado basco independente em partes do norte da Espanha e sudeste da França. Enquanto líderes do partido negam a acusação espanhola de ser um braço político do grupo armado, o Batasuna se recusa a condenar a violência do ETA, que já fez 800 vítimas desde 1968.
Ontem, depois de um encontro com Garzón, a advogada do partido, Jone Goirizelaia, disse que o grupo apelaria contra a decisão, que afirmou ser 'exagerada' e que contradiz muitos aspectos da constituição espanhola de 1978.
A suspensão é apenas um dos mecanismos legais da Espanha para banir o Batasuna. Na segunda-feira (26), o premiê José Maria Aznar pedirá ao Parlamento que inicie os procedimentos judiciais para declarar o partido ilegal, baseado em uma controversa lei segundo a qual um partido pode ser banido simplesmente por não condenar o terrorismo.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Espanha - País Basco
Após ordem de suspensão, partido ligado ao ETA convoca manifestação
da Folha OnlineO partido nacionalista basco Batasuna, considerado o braço político do grupo armado separatista ETA (Pátria Basca e Liberdade), cujas atividades deverão ser suspensas na segunda-feira (26) pela justiça espanhola, convocou hoje uma grande manifestação para o dia 7 de setembro em Bilbao (País Basco).
"É preciso resistir ao Estado espanhol. A esquerda continuará. Não querem destruir siglas, estão tentando destruir um povo", afirmou o porta-voz de Batasuna, Arnaldo Otegi, em uma entrevista à imprensa em San Sebastián (Província de Guipúzcoa).
Otegi se negou a comentar a provável decisão a ser dotada segunda-feira pelo juiz da Audiência Nacional (principal instância penal espanhola), Baltasar Garzón, de suspender as atividades de seu movimento.
"Está nas mãos de nossos advogados, mas não valorizamos decisões jurídicas que são de fato políticas", disse Otegi.
Garzón aguarda para ordenar a proibição por até cinco anos do grupo na segunda-feira, dando ao partido tempo para recorrer às acusações.
Fontes judiciais disseram que o juiz manteria a proibição, indiferente aos argumentos legais do Batasuna.
Espera-se que as autoridades da turbulenta região basca, no norte da Espanha, enviem a polícia para fechar a sede do partido e seus escritórios.
A polícia do País Basco já estava em alerta para possíveis represálias do ETA depois que Otegi avisou ao governo local nesta semana que a proibição teria 'consequências desagradáveis'.
O Batasuna divide com o ETA o objetivo de conseguir um Estado basco independente em partes do norte da Espanha e sudeste da França. Enquanto líderes do partido negam a acusação espanhola de ser um braço político do grupo armado, o Batasuna se recusa a condenar a violência do ETA, que já fez 800 vítimas desde 1968.
Ontem, depois de um encontro com Garzón, a advogada do partido, Jone Goirizelaia, disse que o grupo apelaria contra a decisão, que afirmou ser 'exagerada' e que contradiz muitos aspectos da constituição espanhola de 1978.
A suspensão é apenas um dos mecanismos legais da Espanha para banir o Batasuna. Na segunda-feira (26), o premiê José Maria Aznar pedirá ao Parlamento que inicie os procedimentos judiciais para declarar o partido ilegal, baseado em uma controversa lei segundo a qual um partido pode ser banido simplesmente por não condenar o terrorismo.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Espanha - País Basco
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