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26/08/2002
-
11h38
Foi ao ar na noite de ontem o primeiro e tão esperado debate entre os dois principais candidatos ao cargo de chanceler federal na Alemanha, o social-democrata Gerhard Schröder (centro-esquerda) e o conservador Edmund Stoiber (centro-direita), mas o encontro não acrescentou nada no que diz respeito a conteúdos.
A maior surpresa do primeiro debate televisivo entre candidatos a chefe do governo da história da Alemanha foi a atuação de Stoiber, atual governador da Baviera e desafiante do chanceler federal Schröder, que concorre à reeleição.
Ao contrário do que esperavam observadores políticos, acostumados às suas hesitações e gaguejos em apresentações anteriores na televisão, o candidato da oposição conservadora apresentou-se enérgico, auto-seguro e agressivo. Schröder, a quem se atesta grande habilidade na lida com a mídia, mostrou-se mais defensivo e reservado, revelando postura de "estadista", na opinião dos primeiros comentaristas.
Sabatina
Somente em alguns momentos os dois políticos conseguiram romper a rígida estrutura imposta ao debate pelas regras rigorosas. Cada entrevistado tinha 90 segundos para responder à pergunta feita por um dos entrevistadores, que podia ser seguida de outra pergunta para complementar o tema. O debate foi muito mais uma entrevista dupla, conduzida por dois apresentadores.
O catálogo incluía os grandes temas da atualidade, desde a catástrofe das inundações no leste e norte da Alemanha e a questão do financiamento dos prejuízos até a participação de tropas alemãs num eventual ataque militar ao Iraque.
As respostas nada acrescentaram às já conhecidas posições dos dois candidatos, reproduzindo conteúdos divulgados e repetidos pela imprensa nos últimos tempos. O debate dificilmente terá contribuído para fazer um eleitor que já decidiu em quem votar mudar de opinião. Tampouco terá sido capaz de conquistar os eleitores indecisos. De qualquer forma, tanto Schröder quanto Stoiber haviam acentuado que um debate desse tipo não deve ser supervalorizado: ele jamais terá o mesmo significado que nos EUA, porque na Alemanha o eleitor vota num partido e não numa pessoa.
Uma pesquisa de opinião relâmpago, realizada pela cadeia de TV ARD logo após o chamado "duelo", revelou que um maior número de espectadores achou o atual chefe de governo mais convincente (43%) do que seu desafiante (33%).
Mas ainda faltam quatro semanas para as eleições. E, a 8 de setembro, Schröder e Stoiber vão se enfrentar novamente, numa segunda rodada do duelo. Até lá, os marqueteiros de ambas as facções vão continuar quebrando a cabeça sobre como tirar o melhor da imagem do "seu" candidato.
Em 1º debate na TV, Schröder e Stoiber têm exposição bem avaliada
da Deutsche Welle, em BerlimFoi ao ar na noite de ontem o primeiro e tão esperado debate entre os dois principais candidatos ao cargo de chanceler federal na Alemanha, o social-democrata Gerhard Schröder (centro-esquerda) e o conservador Edmund Stoiber (centro-direita), mas o encontro não acrescentou nada no que diz respeito a conteúdos.
Reuters - 13.out.2001 |
Edmundo Stoiber, candidato da União Democrata Cristã (CDU) a premiê da Alemanha nas eleições de setembro |
Ao contrário do que esperavam observadores políticos, acostumados às suas hesitações e gaguejos em apresentações anteriores na televisão, o candidato da oposição conservadora apresentou-se enérgico, auto-seguro e agressivo. Schröder, a quem se atesta grande habilidade na lida com a mídia, mostrou-se mais defensivo e reservado, revelando postura de "estadista", na opinião dos primeiros comentaristas.
Sabatina
Somente em alguns momentos os dois políticos conseguiram romper a rígida estrutura imposta ao debate pelas regras rigorosas. Cada entrevistado tinha 90 segundos para responder à pergunta feita por um dos entrevistadores, que podia ser seguida de outra pergunta para complementar o tema. O debate foi muito mais uma entrevista dupla, conduzida por dois apresentadores.
O catálogo incluía os grandes temas da atualidade, desde a catástrofe das inundações no leste e norte da Alemanha e a questão do financiamento dos prejuízos até a participação de tropas alemãs num eventual ataque militar ao Iraque.
As respostas nada acrescentaram às já conhecidas posições dos dois candidatos, reproduzindo conteúdos divulgados e repetidos pela imprensa nos últimos tempos. O debate dificilmente terá contribuído para fazer um eleitor que já decidiu em quem votar mudar de opinião. Tampouco terá sido capaz de conquistar os eleitores indecisos. De qualquer forma, tanto Schröder quanto Stoiber haviam acentuado que um debate desse tipo não deve ser supervalorizado: ele jamais terá o mesmo significado que nos EUA, porque na Alemanha o eleitor vota num partido e não numa pessoa.
Reuters - 22.mar.2002> |
Gerhard Schröder, primeiro-ministro da Alemanha |
Mas ainda faltam quatro semanas para as eleições. E, a 8 de setembro, Schröder e Stoiber vão se enfrentar novamente, numa segunda rodada do duelo. Até lá, os marqueteiros de ambas as facções vão continuar quebrando a cabeça sobre como tirar o melhor da imagem do "seu" candidato.
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