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26/08/2002
-
14h10
Os deputados espanhóis reunidos hoje em sessão extraordinária aprovaram o pedido de cassação da coalizão separatista basca Batasuna, braço político do grupo separatista basco ETA (Pátria Basca e Liberdade), que o governo submeterá ao Tribunal Supremo.
Dos 334 deputados presentes no recinto, 295 se pronunciaram a favor da moção, dez votaram contra e 29 se abstiveram, anunciou a presidente do Congresso, Luisa Fernanda Rudi (PP).
A moção impulsionada pelos dois principais partidos espanhóis, o Partido Popular (PP, direita, no poder) e o oposicionista Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, esquerda), afirma que Batasuna age "contra os princípios democráticos" e apóia o ETA "com ânimo de favorecer, generalizar e multiplicar os efeitos da violência terrorista e do medo gerado por ela".
A suspensão das atividades do Batasuna significa o fechamento de seus escritórios e comitês, como as "herriko tabernas" (tabernas populares), a proibição de realizar atos públicos, institucionais ou privados e de utilizar a sigla e o nome do Batasuna ou qualquer denominação que a substitua.
Resistência
Os dirigentes do Batasuna anunciaram hoje a sua "vontade política" de "não abandonar" as sedes do partido, fechando-se nelas à espera da intervenção policial.
O Batasuna apelou ainda aos militantes para que se concentrem nas sedes, numa reação à suspensão do partido decretada hoje pelo juiz de instrução da Audiência Nacional Baltazar Garzón e aprovada pelos deputadas.
Num comunicado com o seu logotipo escrito integralmente em "euzkera", o partido explica que os seus dirigentes, parlamentares e militantes "continuarão a trabalhar" nas suas sedes nos "diferentes territórios de Euskal Herritarrok (EH, braço político do grupo separatista ETA)".
No texto, os dirigentes do Batasuna expressam a intenção "tão firme como clara" de continuar nesses locais, "mesmo que, nas próximas horas, se transforme em realidade a ameaça de suspensão que implica a ilegalização prática" da organização.
O Batasuna divide com o ETA o objetivo de conseguir um Estado basco independente em partes do norte da Espanha e sudeste da França. Enquanto líderes do partido negam a acusação espanhola de ser um braço político do grupo armado, o Batasuna se recusa a condenar a violência do ETA, que já fez 800 vítimas desde 1968.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Espanha - País Basco
Deputados espanhóis aprovam pedido de cassação do Batasuna
da Folha OnlineOs deputados espanhóis reunidos hoje em sessão extraordinária aprovaram o pedido de cassação da coalizão separatista basca Batasuna, braço político do grupo separatista basco ETA (Pátria Basca e Liberdade), que o governo submeterá ao Tribunal Supremo.
Dos 334 deputados presentes no recinto, 295 se pronunciaram a favor da moção, dez votaram contra e 29 se abstiveram, anunciou a presidente do Congresso, Luisa Fernanda Rudi (PP).
A moção impulsionada pelos dois principais partidos espanhóis, o Partido Popular (PP, direita, no poder) e o oposicionista Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE, esquerda), afirma que Batasuna age "contra os princípios democráticos" e apóia o ETA "com ânimo de favorecer, generalizar e multiplicar os efeitos da violência terrorista e do medo gerado por ela".
A suspensão das atividades do Batasuna significa o fechamento de seus escritórios e comitês, como as "herriko tabernas" (tabernas populares), a proibição de realizar atos públicos, institucionais ou privados e de utilizar a sigla e o nome do Batasuna ou qualquer denominação que a substitua.
Resistência
Os dirigentes do Batasuna anunciaram hoje a sua "vontade política" de "não abandonar" as sedes do partido, fechando-se nelas à espera da intervenção policial.
O Batasuna apelou ainda aos militantes para que se concentrem nas sedes, numa reação à suspensão do partido decretada hoje pelo juiz de instrução da Audiência Nacional Baltazar Garzón e aprovada pelos deputadas.
Num comunicado com o seu logotipo escrito integralmente em "euzkera", o partido explica que os seus dirigentes, parlamentares e militantes "continuarão a trabalhar" nas suas sedes nos "diferentes territórios de Euskal Herritarrok (EH, braço político do grupo separatista ETA)".
No texto, os dirigentes do Batasuna expressam a intenção "tão firme como clara" de continuar nesses locais, "mesmo que, nas próximas horas, se transforme em realidade a ameaça de suspensão que implica a ilegalização prática" da organização.
O Batasuna divide com o ETA o objetivo de conseguir um Estado basco independente em partes do norte da Espanha e sudeste da França. Enquanto líderes do partido negam a acusação espanhola de ser um braço político do grupo armado, o Batasuna se recusa a condenar a violência do ETA, que já fez 800 vítimas desde 1968.
Com agências internacionais
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