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Confronto entre governo e insurgentes mata ao menos 30 na Somália
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Colaboração para a Folha Online
Um confronto entre insurgentes muçulmanos e forças do governo somali deixou ao menos 30 mortos em Mogadício, na Somália, nesta segunda-feira. Sete pessoas de uma família --mãe, avô, quatro crianças e um tio-- morreram no ataque, atingidas por um morteiro lançado próximo de sua casa. Sobreviveu apenas um menino de 2 anos, que teve ferimentos leves.
O conflito começou depois que os insurgentes atiraram morteiros no principal aeroporto da cidade e no palácio presidencial, disse um dirigente local à agência de notícias Reuters. Logo depois, as forças da Somália e da aliada Etiópia retaliaram com morteiros e tiros. Insurgentes muçulmanos ligados à Al Qaeda que atuam no país vêm tentando derrubar o governo somali desde dezembro de 2006.
Segundo Ali Mohamed Ali Dhere, presidente de uma comunidade empresarial do mercado de Bakara, o maior de Mogadício, a maioria dos mortos eram civis que ficaram no meio do fogo cruzado. O mercado, considerado pelas forças somalis como a base dos insurgentes, foi atacado pelas tropas do governo.
A organização humanitária Human Rights Watch (HRW) condenou o ataque ao mercado, classificando-o como um "crime de guerra", por ter causado a morte de civis inocentes.
O confronto de hoje com as tropas somalis foi comandado por um grupo conhecido como Conselho de Cortes Islâmicas, que já tomou o controle da cidade portuária de Kismayo, a terceira maior do país. Além de desmantelar barreiras do governo nas estradas, o grupo fechou o aeroporto e ameaçou atacar qualquer avião que pousasse.
"Nós continuamos recrutando novos combatentes para prepará-los para a guerra santa contra as tropas da Etiópia no nosso país e seus palhaços somalis", disse Sheik Muhumed, um comandante da Al Shabab, ala militar do grupo. Os rebeldes afirmam que lutam por uma indesejada ocupação da Somália pela Etiópia.
Os Estados Unidos consideram a Al Shabab um grupo terrorista e teme que a Somália torne-se um paraíso para a Al Qaeda. O governo somali, apoiado pelo Ocidente, tem fracassado em fornecer serviços básicos para a população e tem sofrido ataques diários.
O governo não comentou o confronto de hoje.
Conflito
Organizações internacionais de direitos humanos apontam que os conflitos na Somália mataram mais de 838 pessoas desde junho. Desde o começo de uma insurgência contra o governo no ano passado, o total de vítimas é de 9.474.
A crise humanitária no país, que também é afligido pela seca, fome e pelos altos custos dos combustíveis e alimentos, é considerada a pior da África. No mês passado, um relatório da ONU informou que o número de somalis precisando de ajuda humanitária tinha saltado 77% desde janeiro, para mais de 3,2 milhões, ou um terço da população do país.
Segundo a ONU, a região do Chifre da África (onde está a Somália) estava sofrendo a pior situação de insegurança desde o começo dos anos 1990, quando a Somália viveu uma anarquia após a derrubada de um ditador.
Com Reuters, Associated Press e Efe
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