Publicidade
Publicidade
Presidente do Chile convoca nova reunião da Unasul para discutir Bolívia
Publicidade
da Folha Online
A presidente do Chile, Michelle Bachelet, convocou os chefes de Estado dos países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para uma nova reunião com o objetivo de analisar a crise da Bolívia. O encontro será realizado nesta quarta-feira (24) em Nova York durante a Assembléia Geral da ONU.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira pelo jornal chileno "El Mercurio", que cita fontes do governo chileno e indica que, no encontro, os chefes de Estado do bloco sul-americano farão uma avaliação dos acordos alcançados na primeira reunião da Unasul, que aconteceu no dia 15 em Santiago.
O objetivo da reunião na sede a ONU, segundo "El Mercurio", é organizar o mais rápido possível uma comissão de diálogo, que será liderada pelo ex-chanceler chileno Juan Gabriel Valdés, ex-chefe da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah).
Valdés, que está na Bolívia desde a semana passada, confirmou hoje a reunião na sede da ONU, ao declarar à rádio Cooperativa que deve entregar um relatório prévio no encontro. No entanto, sua participação na reunião "depende das autoridades chilenas", afirmou.
Valdés acrescentou que a decisão sobre o assunto deve ser tomada ainda hoje e disse que, se viajar, retornará em breve à Bolívia "para estar na próxima quarta em Cochabamba para continuar o trabalho de apoio ao diálogo iniciado há quatro dias".
O diplomata lamentou que o diálogo ainda não tenha produzido um acordo, mas destacou a boa vontade mostrada tanto pelo governo do presidente da Bolívia, Evo Morales, quanto pelos governadores opositores.
Negociações emperram
O presidente Morales pretendia encerrar no domingo (21) as negociações com a oposição após quatro dias de reuniões em Cochabamba e chegar a um acordo imediato para pacificar o país. No entanto, o diálogo político entrou em fase de estagnação diante da falta de consenso entre as partes.
A nova Constituição e o regime autônomo exigidos pelos líderes regionais de Santa Cruz, Beni, Pando e Tarija são os principais empecilhos que impediram o fechamento de um pré-acordo no domingo, informou hoje a imprensa.
Morales e seu governo tentaram forçar um acordo para manterem a convocação do referendo sobre a nova Constituição, mas os governadores regionais destas regiões exigiram em troca que o projeto de Carta Magna inclua autonomia departamental plena para seus territórios.
Apesar destas diferenças, o processo de diálogo continua com o trabalho das comissões técnicas que estudam os principais pontos de enfrentamento entre as duas partes.
Além da nova Constituição e das autonomias, o outro assunto principal é a distribuição territorial das receitas petrolíferas procedentes do Imposto Direto aos Hidrocarbonetos (IDH).
A falta de acordos levou os setores sociais que apóiam Morales a anunciarem a radicalização das medidas de pressão contra os opositores e o cerco contra a cidade de Santa Cruz, reduto dos autonomistas.
O "diálogo nacional" começou em Cochabamba (centro do país) há quatro dias, sob a observação de vários organismos internacionais, para tentar pacificar o país após semanas de conflito e violência que deixaram pelo menos 17 mortos na região de Pando, que continua em estado de sítio.
Com Efe
Leia mais
- Morales quer finalizar ainda hoje diálogo com oposição
- Morales vê falta de interesse da oposição em acordo
- Morales e oposição esperam assinar acordo na Bolívia
- Camponeses pró-Morales isolam Santa Cruz e ameaçam oposição
- Governo e oposição têm 3º dia de diálogo na Bolívia; protestos prosseguem
- Morales nomeia militar como novo governador de Pando
- Brasil militariza fronteira com Bolívia após onda de refugiados vinda de Pando
Especial
Livraria
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice