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22/09/2008 - 16h32

Presidente do Chile convoca nova reunião da Unasul para discutir Bolívia

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da Folha Online

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, convocou os chefes de Estado dos países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para uma nova reunião com o objetivo de analisar a crise da Bolívia. O encontro será realizado nesta quarta-feira (24) em Nova York durante a Assembléia Geral da ONU.

A informação foi divulgada nesta segunda-feira pelo jornal chileno "El Mercurio", que cita fontes do governo chileno e indica que, no encontro, os chefes de Estado do bloco sul-americano farão uma avaliação dos acordos alcançados na primeira reunião da Unasul, que aconteceu no dia 15 em Santiago.

O objetivo da reunião na sede a ONU, segundo "El Mercurio", é organizar o mais rápido possível uma comissão de diálogo, que será liderada pelo ex-chanceler chileno Juan Gabriel Valdés, ex-chefe da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah).

Valdés, que está na Bolívia desde a semana passada, confirmou hoje a reunião na sede da ONU, ao declarar à rádio Cooperativa que deve entregar um relatório prévio no encontro. No entanto, sua participação na reunião "depende das autoridades chilenas", afirmou.

Valdés acrescentou que a decisão sobre o assunto deve ser tomada ainda hoje e disse que, se viajar, retornará em breve à Bolívia "para estar na próxima quarta em Cochabamba para continuar o trabalho de apoio ao diálogo iniciado há quatro dias".

O diplomata lamentou que o diálogo ainda não tenha produzido um acordo, mas destacou a boa vontade mostrada tanto pelo governo do presidente da Bolívia, Evo Morales, quanto pelos governadores opositores.

Negociações emperram

O presidente Morales pretendia encerrar no domingo (21) as negociações com a oposição após quatro dias de reuniões em Cochabamba e chegar a um acordo imediato para pacificar o país. No entanto, o diálogo político entrou em fase de estagnação diante da falta de consenso entre as partes.

A nova Constituição e o regime autônomo exigidos pelos líderes regionais de Santa Cruz, Beni, Pando e Tarija são os principais empecilhos que impediram o fechamento de um pré-acordo no domingo, informou hoje a imprensa.

Morales e seu governo tentaram forçar um acordo para manterem a convocação do referendo sobre a nova Constituição, mas os governadores regionais destas regiões exigiram em troca que o projeto de Carta Magna inclua autonomia departamental plena para seus territórios.

Apesar destas diferenças, o processo de diálogo continua com o trabalho das comissões técnicas que estudam os principais pontos de enfrentamento entre as duas partes.

Além da nova Constituição e das autonomias, o outro assunto principal é a distribuição territorial das receitas petrolíferas procedentes do Imposto Direto aos Hidrocarbonetos (IDH).

A falta de acordos levou os setores sociais que apóiam Morales a anunciarem a radicalização das medidas de pressão contra os opositores e o cerco contra a cidade de Santa Cruz, reduto dos autonomistas.

O "diálogo nacional" começou em Cochabamba (centro do país) há quatro dias, sob a observação de vários organismos internacionais, para tentar pacificar o país após semanas de conflito e violência que deixaram pelo menos 17 mortos na região de Pando, que continua em estado de sítio.

Com Efe

 

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