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09/09/2002 - 08h55

Líder da extrema direita austríaca espera antecipação de eleições

da France Presse, em Viena (Áustria)

O líder da extrema direita austríaca, Jörg Haider, disse hoje que espera a realização de eleições antecipadas na Áustria depois da renúncia de vários ministros de seu partido, afirmou a rádio nacional.


Reuters - 27.set.2001
Jörg Haider, líder de extrema direita austríaco
"Acho que eleições antecipadas são muito prováveis, e estamos preparados", declarou Haider numa entrevista difundida pela rádio nacional.

Três dos ministros do partido de Haider renunciaram após ser desautorizados por seu Partido da Liberdade (FPOe), provocando uma crise de governo.

Haider, acusado de xenofobia e simpatia pelo nazismo, já foi o chefe do Partido da Liberdade e ainda conserva muita influência, na qualidade de governador do Estado da Caríntia.

Os ministros renunciaram por causa da decisão do governo de coalizão de retardar uma reforma que reduziria a carga tributária. Haider afirmou à rádio ORF que não queria as eleições antecipadas, mas agora está "compelido pelo dever para com os eleitores".

A vice-primeira-ministra, Susanne Riess-Passer (presidente do partido), e dois ministros (das Finanças e dos Transportes) renunciaram após perder uma queda-de-braço com Haider e se verem obrigados a recuar nas suas posições sobre reforma tributária e ampliação da União Européia.

Os jornais austríacos dizem que o Partido Popular, do chanceler conservador Wolfgang Schuessel, deve convocar eleições para não ter de governar com a ala do Partido da Liberdade liderada por Haider, visto como autoritário e populista.

"Não vou mais tolerar isso. Acabou", disse Schuessel ao jornal mais popular do país, o "Kronen Zeitung".

Schuessel se reúne hoje com Haider e em seguida com o presidente Thomas Klestil, para informá-lo sobre o estado da coalizão de governo. O mandato do chanceler termina em outubro de 2003, mas os jornais especulam que as eleições podem ser antecipadas para 17 de novembro.

Segundo as pesquisas mais recentes, o partido de Schuessel tem cerca de 29% das intenções de voto. O Partido da Liberdade tem 20%. Os social-democratas lideram as pesquisas com 37% e os verdes têm 12%, dando uma pequena vantagem à aliança de oposição.

Ainda não se sabe quem substituirá imediatamente Riess-Passer como chefe do Partido da Liberdade, mas já se espera que Haider recupere definitivamente o comando na convenção de 20 de outubro.

Com agências internacionais

 

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