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11/09/2002 - 11h09

Em entrevista ao ''Le Monde'', Powell defende ataque ao Iraque

ELAINE COTTA
da Folha Online

Em entrevista exclusiva ao jornal francês ''Le Monde'', o secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, defendeu a necessidade de se atacar o Iraque.

Uma ofensiva contra Bagdá, segundo ele, teria o objetivo de impedir a aquisição de armas de destruição em massa além de derrubar o ''regime delinquente'' de Saddan Hussein.

Segundo Powell, as discussões sobre esse assunto entre os EUA e parceiros na Europa e do G-8 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo, mais a Rússia) ''já foram iniciadas''. Ele disse que o presidente George W Bush será ''paciente'' e consultará a todos antes de tomar uma decisão.

Powell, no entanto, voltou a afirmar que Bush considera Saddam Hussein e seu regime ''um problema que deve ser tratado''. Mas que isso não se trata ''de uma batalha que a América está travando contra Saddam Hussein, e sim de uma batalha que Saddam Hussein está travando contra a comunidade internacional como um todo''.

''As resoluções que este país está violando não são resoluções americanas, e sim resoluções das Nações Unidas. Elas são nove, e todas elas foram violadas. As Nações Unidas, a comunidade internacional, cada nação européia deveriam estar escandalizadas com isso'', disse o secretário na entrevista.

Quanto aos ataques terroristas de 11 de setembro, Powell disse ter gostado dos gestos de apoio e solidariedade da comunidade internacional, destacando a França como o país que foi mais enfático em apoiar os EUA.

''A França nos ajudou muito para organizar uma coalizão, seja nas Nações Unidas ou no quadro da Otan'', disse.

Segundo Powell, foi com a ajuda da França que os EUA puderam organizar uma coalizão internacional consciente para combater não apenas a Al Qaeda ou o Taleban, mas deveria combater o terrorismo como um todo.

Powell também defendeu os EUA das acusações de estar agindo de maneira unilateral e arrogante após os atentados, afirmando que essas acusações são 'clichês'' que não refletem a natureza das ações dos EUA. Ele disse apenas que, em alguns momentos, os EUA e a Europa têm opiniões diferentes, o que ''não é um desastre''.
 

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