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11/09/2002 - 22h30

Bush presta homenagem às vítimas do WTC e promete vingança

da Folha de S.Paulo

O presidente norte-americano, George W.Bush, depositou hoje uma coroa de flores no local da tragédia do World Trade Center (WTC) e saudou os familiares das 2.801 pessoas que morreram no desabamento das torres gêmeas. Durante as homenagens ocorridas ao longo do dia, ele prometeu vingar as vítimas dos ataques de 11 de setembro de 2001.

Bush chegou de helicóptero ao sul da ilha de Manhattan (Nova York) pouco depois das 17h (18h de Brasília) e foi a pé, de mãos dadas com a esposa Laura, pela longa rampa até chegar ao "Marco Zero", uma fossa com a profundidade de um prédio de seis andares, onde há um ano encontravam-se as torres gêmeas do WTC.

Após um ato religioso fechado, Bush e a mulher participaram de um minuto de silêncio antes de elogiar o empenho dos militares na reconstrução do Pentágono.

"Hoje, recordamos cada uma das vidas perdidas, voltamos a dedicar este símbolo de orgulho e renovamos nosso compromisso de vencer a guerra que começou aqui", disse no local onde os terroristas derrubaram um dos aviões de passageiros sequestrado.

O presidente encerrou as homenagens oficiais com um pronunciamento à nação, às 21h (22h em Brasília), transmitido ao vivo pela TV, afirmando que "não permitirá aos terroristas, nem aos tiranos, ameaçar a civilização com armas de destruição em massa".

Ele prometeu ainda perseguir os inimigos "em cidades, campos e cavernas", reiterando que o povo norte-americano é paciente, mas exige justiça.

Horas antes, na cerimônia do Pentágono (onde outro avião sequestrado foi lançado), Bush prometeu derrotar os fanáticos que provocaram a morte de 3.025 pessoas ao perpetrar os ataques com quatro aviões comerciais sequestrados.

"A morte de inocentes não pode ser explicada, só superada. E, apesar de terem morrido em uma tragédia, não morreram em vão", disse Bush numa manhã tão ensolarada e amena como a de 11 de setembro de 2001, quando 189 pessoas, incluindo cinco sequestradores, morreram no ataque ao Pentágono, quartel-general dos militares do país.

"Hoje lembramos cada vida. Voltamos a dedicar este orgulhoso símbolo. E renovamos nosso compromisso de vencer a guerra que começou aqui", disse Bush em frente à parede, já reconstruída, da ala oeste do Pentágono.

Vídeo de Bin Laden
Quase todas as cidades do país, escolas, igrejas, sinagogas e mesquitas, além de muitas fábricas e escritórios realizaram cerimônias e fizeram um momento de silêncio.

As forças militares dos Estados Unidos no Oriente Médio entraram em alerta máximo em resposta a advertências sobre possíveis ataques, algumas delas fornecidas por uma autoridade capturada da rede Al Qaeda. A organização de Osama bin Laden é acusada de ter comandado os ataques.

Em vídeos exibidos no ano passado, Bin Laden, nascido na Arábia Saudita, disse que sabia dos ataques com antecedência e elogiou os resultados.

Os Estados Unidos aumentaram seu estágio de alerta, após receber informações dos serviços secretos sobre a possibilidade de novos ataques, especialmente no Oriente Médio e na Ásia.

A polícia do Paquistão disse ter frustrado um complô de militantes para explodir lanchonetes norte-americanas no sul do país. Um comunicado emitido pela polícia da província de Sindh disse que foram presos cinco muçulmanos que planejavam atacar restaurantes McDonald's e KFC em Karachi.

Em outro incidente em Karachi, a polícia paquistanesa matou dois homens e prendeu cinco em um tiroteio. Uma fonte policial disse que são supostos membros da Al Qaeda.

Alerta no ar
A Administração Federal de Aviação Civil norte-americana (FAA) proibiu hoje os vôos de aviões em baixas altitudes sobre estádios e multidões reunidas ao ar livre, devido às ameaças de atentados.

A proibição abrange "todos os movimentos de aviões em um raio de 5,5 km e altitude menor que 915 m, sobre todos os principais eventos esportivos profissionais ou universitários, ou qualquer outro agrupamento de pessoas ao ar livre", segundo o texto de uma memorando aos aviadores publicado pela FAA.

A medida foi tomada devido ao "possível cenário em que um avião poderia ser utilizado para ser jogado contra um grande estádio e causar várias vítimas e prejuízos enormes", disse a FAA. No entanto, os controladores de vôos podem conceder exceções.

Essa medida chega após o aumento do nível de alerta terrorista, por ocasião do primeiro aniversário dos ataques de 11 de setembro.

Com agências internacionais

Leia mais no especial 11 de setembro
 

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