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04/10/2008 - 21h33

Iraque pede reunião com EUA e Turquia para analisar ataques do PKK

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da Folha Online

O presidente do Iraque, Jalal Talabani, pediu neste sábado ao chefe de Estado turco, Abdullah Gül, que a comissão de segurança tripartida (Estados Unidos, Turquia e Iraque) se reúna imediatamente para analisar os ataques do grupo separatista Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) à Turquia em solo iraquiano.

Segundo a emissora turca NTV, Talabani fez o pedido em uma conversa telefônica com Gül por causa do ataque da guerrilha a um posto de vigilância fronteiriço das forças de segurança turcas que deixou 15 soldados turcos e 23 rebeldes curdos mortos.

Folha Online

A comissão tripartida de segurança é um instrumento multilateral oferecido por Washington a seus dois aliados na zona para resolver os problemas relativos a ambos, mas nunca teve um funcionamento efetivo.

O problema reside em que os militares turcos não vêem com bons olhos a presença, na comissão, de alguns dirigentes curdos iraquianos, os quais são acusados de apoiar o PKK de maneira velada.

O governo de Ancara teve que demitir, no ano passado, seu representante nessa comissão, Edip Baser, por criticá-la muito abertamente.

Em entrevista à emissora NTV, Baser disse hoje que os ataques do PKK não terminarão se não forem eliminadas todas as fontes de apoio do grupo terrorista, incluindo o financiamento que, segundo ele, recebe de alguns países europeus.

O turco também criticou a liberdade de movimento dos militantes do PKK no norte do Iraque.

Jalal Talabani, curdo e também líder da União Patriótica do Curdistão (PUK), ofereceu ao presidente Gül e à Turquia suas condolências pelo ataque armado do PKK.

Ofensiva turca

O ataque do PKK abriu as portas para a retomada das operações militares do Exército turco contra as bases do grupo armado curdo em território iraquiano.

"O momento em que houve o ataque é muito significativo", afirmou o porta-voz do governo turco, Cemil Çiçek. Ele lembrou que, na quarta-feira (1º), o parlamento se reunirá para discutir a ampliação, por mais um ano, da permissão concedida ao Exército em outubro de 2007 para fazer operações militares além das fronteiras contra as bases do PKK no Iraque.

Gül, que cancelou uma viagem oficial à França prevista para os próximos dias e se reuniu com a cúpula militar, deixou claro que a luta contra o PKK "continuará em todas as suas dimensões, independente do custo".

"Principalmente com as operações além das fronteiras do último ano, as Forças Armadas turcas conseguiram desmoralizar e reduzir o poder da organização terrorista", afirmou Gül.

Localização

O posto de vigilância atacado fica em Aktütün, uma região na Província de Hakkari, extremo sudeste da Turquia, de grande importância estratégica, já que se encontra a 4 km da fronteira iraquiana e aproximadamente 40 km do Irã.

Desde 1992, o posto vem sendo alvo do PKK, que o atacou em quatro ocasiões, causando 43 mortes no Exército turco. O último ataque aconteceu em maio deste ano e causou a morte de seis soldados turcos, motivo pelo qual autoridades militares tomaram a decisão de reforçar sua segurança com um grupo de comandos e dois helicópteros.

Dias antes deste último ataque, um grupo de militantes do PKK foi visto no interior do Iraque, o que fez as divisões fronteiriças aumentarem o alerta e manterem as posições do grupo curdo sob fogo aéreo e de artilharia, explicou o Estado-Maior em seu comunicado.

Com agências internacionais

 

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