Publicidade
Publicidade
13/09/2002
-
02h46
O embaixador do Iraque na ONU descreveu o discurso do presidente dos EUA, George W. Bush, como "a mais longa série de invenções que o líder de uma nação já fez". Para Mohammed Aldouri, foi uma tentativa de desviar a atenção da crise entre israelenses e palestinos.
O diplomata iraquiano disse que os EUA não encontraram nenhuma prova de que o Iraque esteja envolvido em terrorismo. "Só posso dizer que o discurso do presidente Bush não tem credibilidade alguma", disse.
Segundo Aldouri, os EUA estão desviando a atenção "da verdadeira ameaça à paz", provocada, em sua opinião, pelo apoio a Israel no conflito no Oriente Médio.
"Ficaria satisfeito se o presidente dos EUA tivesse falado sobre as verdadeiras razões por trás de seu discurso _vingança, petróleo, ambições políticas", disse.
Líderes europeus elogiaram o discurso de Bush. A maioria evitou fazer comentários sobre a possibilidade de um ataque se o Iraque não permitir que os inspetores da ONU voltem a fiscalizar o desarmamento do país.
"O presidente enfatizou o papel central que a ONU deve desempenhar, e isso é muito bom", afirmou o chanceler da França, Dominique de Villepin.
"Precisamos agir legitimamente, coletivamente e responsavelmente. Temos de assegurar que não vamos contribuir para acirrar a crise e a instabilidade, que não vamos criar - e o risco existe - novas fontes de frustração e desequilíbrio", afirmou.
O comissário de relações exteriores da União Européia, Chris Patten, disse: "Queremos o multilateralismo como um modo efetivo de lidar com os problemas, não como desculpa para fracassar".
O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, elogiou o discurso de Bush no Conselho de Segurança e disse que vai viajar ao Iraque nos próximos dias. Segundo ele, os iraquianos devem aceitar o retorno dos inspetores.
Em entrevista ao jornal "The New York Times", o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, disse que um ataque norte-americano ao Iraque inflamaria o extremismo islâmico em seu país e em toda a região. "Não gostaríamos de estar envolvidos nisso."
Para Iraque, discurso de Bush é "invenção"
da Folha de S.PauloO embaixador do Iraque na ONU descreveu o discurso do presidente dos EUA, George W. Bush, como "a mais longa série de invenções que o líder de uma nação já fez". Para Mohammed Aldouri, foi uma tentativa de desviar a atenção da crise entre israelenses e palestinos.
O diplomata iraquiano disse que os EUA não encontraram nenhuma prova de que o Iraque esteja envolvido em terrorismo. "Só posso dizer que o discurso do presidente Bush não tem credibilidade alguma", disse.
Segundo Aldouri, os EUA estão desviando a atenção "da verdadeira ameaça à paz", provocada, em sua opinião, pelo apoio a Israel no conflito no Oriente Médio.
"Ficaria satisfeito se o presidente dos EUA tivesse falado sobre as verdadeiras razões por trás de seu discurso _vingança, petróleo, ambições políticas", disse.
Líderes europeus elogiaram o discurso de Bush. A maioria evitou fazer comentários sobre a possibilidade de um ataque se o Iraque não permitir que os inspetores da ONU voltem a fiscalizar o desarmamento do país.
"O presidente enfatizou o papel central que a ONU deve desempenhar, e isso é muito bom", afirmou o chanceler da França, Dominique de Villepin.
"Precisamos agir legitimamente, coletivamente e responsavelmente. Temos de assegurar que não vamos contribuir para acirrar a crise e a instabilidade, que não vamos criar - e o risco existe - novas fontes de frustração e desequilíbrio", afirmou.
O comissário de relações exteriores da União Européia, Chris Patten, disse: "Queremos o multilateralismo como um modo efetivo de lidar com os problemas, não como desculpa para fracassar".
O secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa, elogiou o discurso de Bush no Conselho de Segurança e disse que vai viajar ao Iraque nos próximos dias. Segundo ele, os iraquianos devem aceitar o retorno dos inspetores.
Em entrevista ao jornal "The New York Times", o presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, disse que um ataque norte-americano ao Iraque inflamaria o extremismo islâmico em seu país e em toda a região. "Não gostaríamos de estar envolvidos nisso."
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice