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10/10/2002 - 18h10

Protesto contra Chávez reúne 1 milhão; confronto deixa 1 morto

da Folha Online

Cerca de 1 milhão de pessoas participaram hoje do protesto contra o presidente venezuelano, Hugo Chávez, no centro de Caracas, segundo o site do jornal "El Nacional". Numa estradas que liga o interior da Venezuela à capital, um homem morreu e outros seis ficaram feridos hoje em um confronto entre partidários e opositores de Cháves, informou o canal de notícias Globovisión.

A vítima fatal foi atingida por um tiro durante uma briga, quando partidários do governo tentavam impedir a passagem dos manifestantes que marchavam em direção a Caracas.

O protesto, denominado "A Tomada de Caracas", tem como objetivo exigir que o presidente convoque eleições gerais imediatamente.

A manifestação acontece depois de Hugo Cháves ter sobrevivido a um efêmero golpe de Estado, há seis meses.

Apoio dos empresários
Em meio a um barulhento ambiente festivo e com bandeiras da Venezuela, os manifestantes gritavam frases como "Chávez, vá já" e "Fora Chávez!"

Algumas bandeiras diziam "Eleições Já". Outras, coloridas, diziam "Golpe, eleições, que importa? - Fora Chávez!" Depois de cerca de nove quilômetros de passeata, os manifestantes se reuniram em uma avenida do centro de Caracas.

Chávez, tenente-coronel da reserva de 48 anos e com três anos e meio de mandato, reiterou que não renunciará por causa de pressões "golpistas", nem aceitará antecipar as eleições programadas para o final de 2006.

"Chávez traiu o país. Que façamos eleições já. Queremos a saída de Chávez", disse Isabel Castrillo, dona de casa que carregava um esqueleto de plástico e um cartaz que dizia: "Estou morrendo de fome".

Para organizar a manifestação, os partidos políticos da oposição contaram com apoio de setores empresariais e sindicais do país, que ameaçam declarar uma "greve cívica" nacional em data ainda não determinada.

Os adversários culpam Chávez pela profunda recessão do país e o acusam de querer instalar um regime comunista ao estilo cubano. O presidente nega e afirma que realizou uma "revolução" a favor dos pobres.

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