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16/10/2002
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04h31
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou ontem que o ultimato fixado pela oposição para que renuncie e convoque eleições até hoje é "uma expressão de desespero e de irracionalidade".
O ultimato foi dado pelos presidentes das principais associações sindicais e empresariais do país na quinta-feira (10), durante a marcha da oposição que reuniu centenas de milhares de pessoas em Caracas. Eles ameaçam uma greve conjunta a partir da próxima segunda-feira (21) se Chávez não atender às reivindicações.
No domingo (13), Chávez também reuniu milhares de pessoas em Caracas para uma "contramarcha" de apoio ao governo.
"Eles [a oposição] não têm razão porque não querem dialogar, não têm nenhum projeto e não têm nenhuma liderança sobre o país", disse Chávez após se encontrar com o presidente francês, Jacques Chirac, em Paris, onde iniciou ontem viagem de cinco dias pela Europa.
"Lançam qualquer coisa que lhes ocorre para tentar gerar uma idéia no mundo sobre uma suposta debilidade do governo que eu represento", afirmou. "Tenho tanto medo desse ultimato que vim a Paris. Amanhã vou a Roma e depois ao Reino Unido e à Noruega, para voltar no sábado", disse.
A CTV (Confederação dos Trabalhadores da Venezuela), uma das autoras do ultimato a Chávez, pediu ontem que seus membros façam manifestações de protesto contra o governo em todos os Estados do país na noite da segunda-feira, dia da greve geral.
O presidente minimizou a importância da convocação da greve geral para a semana que vem. "Andam ameaçando desde o ano passado que vão parar o país, mas não puderam fazê-lo", afirmou.
Ele disse ter se reunido, antes de viajar, com líderes sindicais "da siderurgia, do alumínio, da saúde e da educação" e que "todos disseram que não vão parar, que querem é trabalhar para produzir e continuar desenvolvendo o país".
A divisão na sociedade venezuelana vem se acentuando desde abril, quando Chávez foi afastado do cargo por dois dias por um golpe de Estado frustrado.
A oposição acusa Chávez de tentar implementar um regime comunista no estilo cubano na Venezuela e de adotar políticas econômicas que estariam levando o país à bancarrota.
O presidente diz que está quebrando privilégios da oligarquia corrupta que dirigiu o país por décadas e que, por isso, sofre as consequências de uma campanha oposicionista, que incluiria os grandes grupos de mídia locais.
Antes de viajar à Europa, Chávez criticou duramente os meios de comunicação do país por não terem dado "a cobertura adequada" à marcha de apoio ao governo realizada no domingo.
"É um tratamento que, a meu ver, não é objetivo, não é imparcial e, além disso, nega informações valiosas", disse ele numa cadeia de rádio e TV. "Para o jornal 'El Universal' não houve manifestação. São coisas do jornalismo que se faz na Venezuela", disse.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Venezuela
Ultimato opositor é "desespero", diz Chávez
da Folha de S.PauloO presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou ontem que o ultimato fixado pela oposição para que renuncie e convoque eleições até hoje é "uma expressão de desespero e de irracionalidade".
O ultimato foi dado pelos presidentes das principais associações sindicais e empresariais do país na quinta-feira (10), durante a marcha da oposição que reuniu centenas de milhares de pessoas em Caracas. Eles ameaçam uma greve conjunta a partir da próxima segunda-feira (21) se Chávez não atender às reivindicações.
No domingo (13), Chávez também reuniu milhares de pessoas em Caracas para uma "contramarcha" de apoio ao governo.
"Eles [a oposição] não têm razão porque não querem dialogar, não têm nenhum projeto e não têm nenhuma liderança sobre o país", disse Chávez após se encontrar com o presidente francês, Jacques Chirac, em Paris, onde iniciou ontem viagem de cinco dias pela Europa.
"Lançam qualquer coisa que lhes ocorre para tentar gerar uma idéia no mundo sobre uma suposta debilidade do governo que eu represento", afirmou. "Tenho tanto medo desse ultimato que vim a Paris. Amanhã vou a Roma e depois ao Reino Unido e à Noruega, para voltar no sábado", disse.
A CTV (Confederação dos Trabalhadores da Venezuela), uma das autoras do ultimato a Chávez, pediu ontem que seus membros façam manifestações de protesto contra o governo em todos os Estados do país na noite da segunda-feira, dia da greve geral.
O presidente minimizou a importância da convocação da greve geral para a semana que vem. "Andam ameaçando desde o ano passado que vão parar o país, mas não puderam fazê-lo", afirmou.
Ele disse ter se reunido, antes de viajar, com líderes sindicais "da siderurgia, do alumínio, da saúde e da educação" e que "todos disseram que não vão parar, que querem é trabalhar para produzir e continuar desenvolvendo o país".
A divisão na sociedade venezuelana vem se acentuando desde abril, quando Chávez foi afastado do cargo por dois dias por um golpe de Estado frustrado.
A oposição acusa Chávez de tentar implementar um regime comunista no estilo cubano na Venezuela e de adotar políticas econômicas que estariam levando o país à bancarrota.
O presidente diz que está quebrando privilégios da oligarquia corrupta que dirigiu o país por décadas e que, por isso, sofre as consequências de uma campanha oposicionista, que incluiria os grandes grupos de mídia locais.
Antes de viajar à Europa, Chávez criticou duramente os meios de comunicação do país por não terem dado "a cobertura adequada" à marcha de apoio ao governo realizada no domingo.
"É um tratamento que, a meu ver, não é objetivo, não é imparcial e, além disso, nega informações valiosas", disse ele numa cadeia de rádio e TV. "Para o jornal 'El Universal' não houve manifestação. São coisas do jornalismo que se faz na Venezuela", disse.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Venezuela
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