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16/10/2002
-
16h12
A cúpula social-democrata e verde assinou hoje um acordo de coalizão, "ambicioso mas realista", para governar a Alemanha em quatro anos que prometem ser difíceis. Apresentou também o novo gabinete composto por seis mulheres e sete homens. Entre os 14 membros só há quatro caras novas.
Os social-democratas e verdes precisam de "coragem para mudanças e força para assumir responsabilidades", avisou o chanceler federal social-democrata, Gerhard Schröder, na cerimônia de assinatura do programa de governo e de apresentação do gabinete, renovados em consequência da eleição parlamentar de 22 de setembro. No ato, na Nova Galeria Nacional, em Berlim, o vice-primeiro-ministro e titular das Relações Exteriores, Joschka Fischer, do Partido Verde, também advertiu para "anos difíceis" e "muita responsabilidade".
A coalizão dará prosseguimento à política de contenção de despesas, de maneira mais flexível, mas com o cuidado de não ultrapassar os limites de endividamento determinados no pacto de estabilidade da União Européia. A margem de manobra na área financeira ficou mais estreita, como observou Schröder.
Como novas prioridades, ele citou o combate ao desemprego, a política educacional, a proteção ao consumidor e uma modernização ecológica. Os efeitos do programa de governo vão determinar toda a primeira década do século 21, segundo ele. A coalizão vermelho-verde assumiu o poder, pela primeira vez, em 1998. Ela foi reeleita no mês passado, com pequena diferença de votos.
Críticas
A oposição de centro-direita cristã-liberal bateu duro em suas críticas ao novo gabinete e suas metas. Trata-se de "fraude eleitoral" e "uma colcha de retalhos", acusou a presidenta e líder da União Democrata-Cristã (CDU). Angela Merkel acha que as medidas previstas proporcionarão menos crescimento econômico e empregos. Esta é também a opinião da nata do empresariado nacional.
Frustração
Foram frustradas as expectativas de que o Partido Verde ganharia mais um ministério em conseqüência da votação surpreendentemente grande na eleição de 22 de setembro. Os ecologistas continuarão ocupando só três ministérios e pelas mesmas pessoas: Relações Exteriores (Joscha Fischer), Meio Ambiente (Jürgen Trittin) e Proteção ao Consumidor (Renate Künast).
As quatro caras novas no gabinete são todas do Partido Social Democrático (SPD), presidido por Schröder. O superministro da Economia e Trabalho, Wolfgang Clement, tomou o emprego de dois com a fusão de duas pastas. O desafio para o ex-governador da Renânia do Norte-Vestfália é o problema nacional número um: o desemprego, que atinge 9,5% da população apta para o trabalho.
Comparações
Brigitte Zypries, solteira de 48 anos, é a nova ministra da Justiça, no lugar de Herta Däubler-Gmelin, que foi forçada a renunciar depois de gerar uma crise entre a Alemanha e os Estados Unidos com uma comparação dos métodos do presidente George W. Bush com os de Hitler, numa crítica aos planos de intervenção militar no Iraque.
O ex-governador de Brandemburgo, Manfred Stolpe, assume o Ministério de Construção e Transporte. Este político de 66 anos de idade viu-se em apuros no governo anterior cristão-liberal de Helmut Kohl, em virtude de suspeitas de ter colaborado com o famigerado Ministério de Segurança e Informação (Stasi) da antiga República Democrática Alemã, comunista.
Embora contra sua vontade declarada, Renate Schmidt é a nova ministra da Família. Ela preferiria não trocar Munique por Berlim e ter tempo para escrever um livro, mas teria sido convencida por Schröder, no último instante, com o argumento de que os verdes exigiam o Ministério da Família e com o seu nome reduziria essa ambição do parceiro de coalizão.
Novo gabinete alemão é composto por seis mulheres e sete homens
da Deutsche Welle, em BerlimA cúpula social-democrata e verde assinou hoje um acordo de coalizão, "ambicioso mas realista", para governar a Alemanha em quatro anos que prometem ser difíceis. Apresentou também o novo gabinete composto por seis mulheres e sete homens. Entre os 14 membros só há quatro caras novas.
Os social-democratas e verdes precisam de "coragem para mudanças e força para assumir responsabilidades", avisou o chanceler federal social-democrata, Gerhard Schröder, na cerimônia de assinatura do programa de governo e de apresentação do gabinete, renovados em consequência da eleição parlamentar de 22 de setembro. No ato, na Nova Galeria Nacional, em Berlim, o vice-primeiro-ministro e titular das Relações Exteriores, Joschka Fischer, do Partido Verde, também advertiu para "anos difíceis" e "muita responsabilidade".
A coalizão dará prosseguimento à política de contenção de despesas, de maneira mais flexível, mas com o cuidado de não ultrapassar os limites de endividamento determinados no pacto de estabilidade da União Européia. A margem de manobra na área financeira ficou mais estreita, como observou Schröder.
Como novas prioridades, ele citou o combate ao desemprego, a política educacional, a proteção ao consumidor e uma modernização ecológica. Os efeitos do programa de governo vão determinar toda a primeira década do século 21, segundo ele. A coalizão vermelho-verde assumiu o poder, pela primeira vez, em 1998. Ela foi reeleita no mês passado, com pequena diferença de votos.
Críticas
A oposição de centro-direita cristã-liberal bateu duro em suas críticas ao novo gabinete e suas metas. Trata-se de "fraude eleitoral" e "uma colcha de retalhos", acusou a presidenta e líder da União Democrata-Cristã (CDU). Angela Merkel acha que as medidas previstas proporcionarão menos crescimento econômico e empregos. Esta é também a opinião da nata do empresariado nacional.
Frustração
Foram frustradas as expectativas de que o Partido Verde ganharia mais um ministério em conseqüência da votação surpreendentemente grande na eleição de 22 de setembro. Os ecologistas continuarão ocupando só três ministérios e pelas mesmas pessoas: Relações Exteriores (Joscha Fischer), Meio Ambiente (Jürgen Trittin) e Proteção ao Consumidor (Renate Künast).
As quatro caras novas no gabinete são todas do Partido Social Democrático (SPD), presidido por Schröder. O superministro da Economia e Trabalho, Wolfgang Clement, tomou o emprego de dois com a fusão de duas pastas. O desafio para o ex-governador da Renânia do Norte-Vestfália é o problema nacional número um: o desemprego, que atinge 9,5% da população apta para o trabalho.
Comparações
Brigitte Zypries, solteira de 48 anos, é a nova ministra da Justiça, no lugar de Herta Däubler-Gmelin, que foi forçada a renunciar depois de gerar uma crise entre a Alemanha e os Estados Unidos com uma comparação dos métodos do presidente George W. Bush com os de Hitler, numa crítica aos planos de intervenção militar no Iraque.
O ex-governador de Brandemburgo, Manfred Stolpe, assume o Ministério de Construção e Transporte. Este político de 66 anos de idade viu-se em apuros no governo anterior cristão-liberal de Helmut Kohl, em virtude de suspeitas de ter colaborado com o famigerado Ministério de Segurança e Informação (Stasi) da antiga República Democrática Alemã, comunista.
Embora contra sua vontade declarada, Renate Schmidt é a nova ministra da Família. Ela preferiria não trocar Munique por Berlim e ter tempo para escrever um livro, mas teria sido convencida por Schröder, no último instante, com o argumento de que os verdes exigiam o Ministério da Família e com o seu nome reduziria essa ambição do parceiro de coalizão.
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