Paloma atingirá Cuba como ciclone "extremamente perigoso"

O furacão Paloma atingirá Cuba como um ciclone "extremamente perigoso" com ventos de 230 km/h, informou o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês). Mas, após alcançar Cuba entre a noite deste sábado e a madrugada de domingo, Paloma perderá força rapidamente até se transformar em uma depressão tropical, na terça-feira (11).

Em seu boletim das 19h (horário de Brasília), o NHC alertou para o perigo das chuvas e ventos do Paloma, que chegará a Cuba como um furacão de categoria 4 na escala de intensidade de Saffir-Simpson, que vai até 5.

Permanece em vigor um aviso de furacão para as províncias cubanas de Ciego de Ávila, Camagüey, Las Tunas, Granma e Holguin. O centro do Paloma passará hoje sobre as ilhas Cayman e alcançará Cuba nesta noite ou na madrugada de domingo.

As autoridades locais dizem estar tomando medidas para "a proteção das pessoas, dos recursos econômicos e os bens da economia familiar", sobretudo em assentamentos nas zonas costeiras, montanhosas e áreas mais propensas a inundações pelas fortes chuvas levadas pelo furacão.

Recusa

Mas, em artigo publicado pela mídia local, o ex-ditador Fidel Castro recusou a ajuda norte-americana e exigiu que Washington acabe com o embargo à ilha, cuja manutenção "seria um erro".

"Novamente seria necessária a conduta digna se o chefe do império, que foi o maior impulsor do bloqueio genocida contra nossa pátria", disse Castro, que recusou a ajuda americana na passagem, a pouco mais de dois meses, dos furacões Gustav e Ike, que causaram grandes danos na região.

A chegada de Paloma à maior ilha das Antilhas acontece apenas dez semanas após outros dois furacões arrasarem Cuba, causando sete mortes e perdas avaliadas em US$ 8,6 bilhões.

Na atual temporada de furacões no Atlântico, que começou em 1º de junho e termina em 30 de novembro, foram formadas 16 tempestades tropicais e oito furacões, incluindo o Paloma.

Os meteorologistas da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA) previram que esta temporada será muito ativa, com a possível formação de 14 a 18 tempestades tropicais, das quais entre sete e dez poderão se transformar em furacões.