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22/10/2002
-
04h42
Guerrilheiros armados invadiram anteontem a aldeia indígena de Belalcázar (sudoeste da Colômbia), mataram três policiais e aterrorizaram os moradores, antes de serem atingidos por um contra-ataque aéreo, que teria deixado dezenas de rebeldes mortos, segundo as autoridades.
O ataque à aldeia deixou pelo menos três policiais, um civil e três rebeldes mortos. Outros cinco policiais também estavam desaparecidos. Dois caminhões que supostamente levavam guerrilheiros e explosivos após o ataque à vila foram atingidos por um bombardeiro da Força Aérea.
"A informação que a Força Aérea tem é que foram atingidos dois caminhões, cheios de guerrilheiros, e que pelo menos 70 guerrilheiros foram mortos", afirmou o coronel José Edgar Herrera, chefe da Polícia Nacional no Departamento de Valle del Cauca.
Segundo o coronel Herrera, o número exato de mortos será divulgado após uma investigação no local. Muitos corpos foram destroçados e outros estavam sendo recolhidos do local e levados para um necrotério.
Segundo testemunhas, o ataque começou anteontem, quando cerca de 300 guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) dispararam morteiros contra a aldeia, danificando diversas casas e ferindo levemente alguns civis.
"A comunidade estava com muito medo, todos fomos nos esconder", disse a moradora Isabelina Tenório à rádio Caracol. A vila tem cerca de 20 mil habitantes.
Segundo o coronel Herrera, os rebeldes chegaram à aldeia e mataram no local dois policiais. O corpo de um terceiro policial foi encontrado fora da vila. Segundo a polícia, os rebeldes permaneceram mais de dez horas no local.
Testemunhas disseram que o Exército, com apoio de aviões e helicópteros, chegou ao local menos de meia hora depois.
Um porta-voz das comunidades indígenas assentadas na aldeia afirmou que o Exército prendeu um de seus membros que estava em um seminário perto do local onde houve os bombardeios aos guerrilheiros. O Exército não se pronunciou sobre o caso.
Se o total de mortes no bombardeio aos caminhões se confirmar, terá sido um dos mais fortes golpes contra a guerrilha desde a posse do presidente Álvaro Uribe, em agosto. Uribe foi eleito prometendo pulso firme contra os grupos armados ilegais. Nos últimos meses, o Exército anunciou dois ataques aéreos a acampamentos guerrilheiros, com saldos de mais de uma centena de mortos, mas o número nunca foi confirmado. A Colômbia vive há quatro décadas em guerra civil, com cerca de 40 mil mortes na última década.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Colômbia
Colômbia diz ter matado 70 guerrilheiros
da Folha de S.PauloGuerrilheiros armados invadiram anteontem a aldeia indígena de Belalcázar (sudoeste da Colômbia), mataram três policiais e aterrorizaram os moradores, antes de serem atingidos por um contra-ataque aéreo, que teria deixado dezenas de rebeldes mortos, segundo as autoridades.
O ataque à aldeia deixou pelo menos três policiais, um civil e três rebeldes mortos. Outros cinco policiais também estavam desaparecidos. Dois caminhões que supostamente levavam guerrilheiros e explosivos após o ataque à vila foram atingidos por um bombardeiro da Força Aérea.
"A informação que a Força Aérea tem é que foram atingidos dois caminhões, cheios de guerrilheiros, e que pelo menos 70 guerrilheiros foram mortos", afirmou o coronel José Edgar Herrera, chefe da Polícia Nacional no Departamento de Valle del Cauca.
Segundo o coronel Herrera, o número exato de mortos será divulgado após uma investigação no local. Muitos corpos foram destroçados e outros estavam sendo recolhidos do local e levados para um necrotério.
Segundo testemunhas, o ataque começou anteontem, quando cerca de 300 guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) dispararam morteiros contra a aldeia, danificando diversas casas e ferindo levemente alguns civis.
"A comunidade estava com muito medo, todos fomos nos esconder", disse a moradora Isabelina Tenório à rádio Caracol. A vila tem cerca de 20 mil habitantes.
Segundo o coronel Herrera, os rebeldes chegaram à aldeia e mataram no local dois policiais. O corpo de um terceiro policial foi encontrado fora da vila. Segundo a polícia, os rebeldes permaneceram mais de dez horas no local.
Testemunhas disseram que o Exército, com apoio de aviões e helicópteros, chegou ao local menos de meia hora depois.
Um porta-voz das comunidades indígenas assentadas na aldeia afirmou que o Exército prendeu um de seus membros que estava em um seminário perto do local onde houve os bombardeios aos guerrilheiros. O Exército não se pronunciou sobre o caso.
Se o total de mortes no bombardeio aos caminhões se confirmar, terá sido um dos mais fortes golpes contra a guerrilha desde a posse do presidente Álvaro Uribe, em agosto. Uribe foi eleito prometendo pulso firme contra os grupos armados ilegais. Nos últimos meses, o Exército anunciou dois ataques aéreos a acampamentos guerrilheiros, com saldos de mais de uma centena de mortos, mas o número nunca foi confirmado. A Colômbia vive há quatro décadas em guerra civil, com cerca de 40 mil mortes na última década.
Com agências internacionais
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