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26/10/2002
-
15h18
Chega a 140 o número de pessoas mortas no resgate de mais de 700 reféns em um teatro de Moscou, segundo um último levantamento divulgado pelo governo russo.
Das vítimas fatais, 90 são civis e 50, militantes tchetchenos. A operação teve início hoje pouco antes de 6h (23h de sexta-feira, em Brasília), quando os rebeldes começaram a matar os reféns como resposta ao não-cumprimento de sua exigência: a retirada russa do território da Tchetchênia.
Os tiros e algumas explosões deflagraram a operação, fazendo com que forças especiais russas utilizassem gás paralisante e invadissem o teatro.
Três militantes foram presos pelo FSB (serviço secreto russo) e outros dois teriam escapado, misturando-se aos civis. Centenas de pessoas foram levadas a hospitais de Moscou --algumas em estado grave.
Apesar de o alto número de mortos, a ação foi considerada bem-sucedida pelos políticos do país.
Logo após o resgate, o vice-ministro do Interior, Vladimir Vasiliev, disse que sentia pela morte dos reféns, mas que "mais de 750 pessoas" foram salvas.
Já o presidente Vladimir Putin, em pronunciamento à nação, pediu desculpas aos parentes das vítimas. Porém, segundo ele, a crise teria mostrado que a Rússia "não pode ser forçada a se ajoelhar".
"Em nenhum lugar do mundo as pessoas podem se sentir seguras até que ele (o terrorismo) seja derrotado. Mas ele deve ser derrotado. E será derrotado", afirmou Putin.
Crise
Em dezembro de 1994, a Rússia deu início à guerra contra a república da Tchetchênia. O conflito durou 21 meses, deixou milhares de mortos e terminou com a retirada dos russos. A Tchetchênia passou a gozar de ampla autonomia.
Em setembro de 1999, o então primeiro-ministro russo Vladimir Putin --hoje presidente-, ordenou nova ofensiva militar contra a Tchetchênia, considerada uma república rebelde, alegando que ela abrigaria rebeldes islâmicos que pretendiam estabelecer um Estado fundamentalista no Daguestão, república russa vizinha à Tchechênia.
Após quase três anos de combates, Moscou domina a maior parte da região, incluindo a capital, Grosni, e as principais cidades.
Com agências internacionais
Veja galeria de fotos da ação em Moscou
Leia mais no especial Conflito Rússia-Tchetchênia
Já são 140 os mortos em operação em teatro russo; 90 eram reféns
da Folha OnlineChega a 140 o número de pessoas mortas no resgate de mais de 700 reféns em um teatro de Moscou, segundo um último levantamento divulgado pelo governo russo.
Das vítimas fatais, 90 são civis e 50, militantes tchetchenos. A operação teve início hoje pouco antes de 6h (23h de sexta-feira, em Brasília), quando os rebeldes começaram a matar os reféns como resposta ao não-cumprimento de sua exigência: a retirada russa do território da Tchetchênia.
Os tiros e algumas explosões deflagraram a operação, fazendo com que forças especiais russas utilizassem gás paralisante e invadissem o teatro.
Três militantes foram presos pelo FSB (serviço secreto russo) e outros dois teriam escapado, misturando-se aos civis. Centenas de pessoas foram levadas a hospitais de Moscou --algumas em estado grave.
Apesar de o alto número de mortos, a ação foi considerada bem-sucedida pelos políticos do país.
Logo após o resgate, o vice-ministro do Interior, Vladimir Vasiliev, disse que sentia pela morte dos reféns, mas que "mais de 750 pessoas" foram salvas.
Já o presidente Vladimir Putin, em pronunciamento à nação, pediu desculpas aos parentes das vítimas. Porém, segundo ele, a crise teria mostrado que a Rússia "não pode ser forçada a se ajoelhar".
"Em nenhum lugar do mundo as pessoas podem se sentir seguras até que ele (o terrorismo) seja derrotado. Mas ele deve ser derrotado. E será derrotado", afirmou Putin.
Crise
Em dezembro de 1994, a Rússia deu início à guerra contra a república da Tchetchênia. O conflito durou 21 meses, deixou milhares de mortos e terminou com a retirada dos russos. A Tchetchênia passou a gozar de ampla autonomia.
Em setembro de 1999, o então primeiro-ministro russo Vladimir Putin --hoje presidente-, ordenou nova ofensiva militar contra a Tchetchênia, considerada uma república rebelde, alegando que ela abrigaria rebeldes islâmicos que pretendiam estabelecer um Estado fundamentalista no Daguestão, república russa vizinha à Tchechênia.
Após quase três anos de combates, Moscou domina a maior parte da região, incluindo a capital, Grosni, e as principais cidades.
Com agências internacionais
Veja galeria de fotos da ação em Moscou
Leia mais no especial Conflito Rússia-Tchetchênia
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