Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
27/10/2002 - 13h47

Rússia mantém 646 reféns hospitalizados; 45 estão em estado grave

da Folha Online

Dos 646 reféns que ainda estão hospitalizados, 150 estão sendo atendidos pelos serviços de reanimação -45 estão em estado grave-, segundo informações do serviços médicos de Moscou, citados pela agência Interfax.

Hoje, subiu para 167 o número de mortos na operação de resgate das cerca de 800 pessoas mantidas por rebeldes tchetchenos num teatro de Moscou, informou hoje o Ministério da Saúde russo, citado pela Interfax. A ação causou a morte de 117 reféns e 50 sequestradores tchetchenos. Anteriormente, a Rússia divulgara que o total de reféns mortos era de 118.

Também foi confirmado a morte de duas reféns estrangeiras, apesar do governo russo ter afirmado ontem que nenhum dos 75 que estavam no local havia morrido. Segundo a Embaixada da Holanda, Natalia Jyrov, 38, que estava no teatro na companhia de seu filho morreu na ação. Além dela, morreu no hospital uma menina de 13 anos do Cazaquistão, Alexandra Litiaga, que fazia parte do grupo de reféns , segundo informações do site do jornal "Gazeta.ru". A causa da morte da menina não foi divulgada. Ela estava no teatro em companhia da mãe, ainda hospitalizada em estado grave, segundo a Embaixada do Cazaquistão.

A operação teve início ontem pouco antes de 6h (23h de sexta-feira, em Brasília), quando os rebeldes começaram a matar os reféns como resposta ao não-cumprimento de sua exigência: a retirada russa do território da Tchetchênia.

Os tiros e algumas explosões deflagraram a operação, fazendo com que forças especiais russas utilizassem gás paralisante e invadissem o teatro.

Três militantes foram presos pelo FSB (serviço secreto russo) e outros dois teriam escapado, misturando-se aos civis. Centenas de pessoas foram levadas a hospitais de Moscou _algumas em estado grave.

Apesar de o alto número de mortos, a ação foi considerada bem-sucedida pelos políticos do país.

Logo após o resgate, o vice-ministro do Interior, Vladimir Vasiliev, disse que sentia pela morte dos reféns, mas que "mais de 750 pessoas" foram salvas.

Já o presidente Vladimir Putin, em pronunciamento à nação, pediu desculpas aos parentes das vítimas. Porém, segundo ele, a crise teria mostrado que a Rússia "não pode ser forçada a se ajoelhar".

Conflito
Em dezembro de 1994, a Rússia deu início à guerra contra a república independentista da Tchetchênia. O conflito durou 21 meses, deixou milhares de mortos e terminou com a retirada dos russos. A Tchetchênia passou a gozar de ampla autonomia.

Em setembro 1999, o então primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, ordenou nova ofensiva militar contra a Tchetchênia, considerada uma república rebelde, alegando que ela abrigaria rebeldes islâmicos que pretendiam estabelecer um Estado fundamentalista no Daguestão, república russa vizinha à Tchechênia.

Segundo o governo da Rússia, os rebeldes seriam responsáveis pelos atentados terroristas que deixaram quase 300 mortos no país, em 1999.

Após quase três anos de combates, Moscou domina a maior parte da região, incluindo a capital, Grosni, e as principais cidades.

Com agências internacionais

Leia mais no especial Conflito Rússia-Tchetchênia

  Veja galeria de fotos da ação em Moscou
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página