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28/10/2002
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07h38
Hospitais de Moscou (capital russa) ainda mantêmm 405 reféns hospitalizados, dos quais nove são crianças ou adolescentes, segundo informações do serviços médicos de Moscou.
Ontem, o governo russo divulgou o número oficial de mortos na ação feita pela a polícia de elite para resgatar os cerca de 800 pessoas mantidas por rebeldes tchetchenos num teatro de Moscou: 115 (reféns que morreram intoxidos pelo gás utilizado pelos militares russos). Antes disso, uma mulher morreu baleada pelos rebeldes na quinta-feira (24), e outro refém já havia sido morto, também baleado, no dia da invasão do grupo rebelde ao teatro. A ação matou também 50 sequestradores, totalizando, até o momento, 167 mortes.
Também foi confirmada a morte de duas reféns estrangeiras, apesar do governo russo ter afirmado ontem que nenhum dos 75 que estavam no local havia morrido. Segundo a Embaixada da Holanda, Natalia Jyrov, 38, que estava no teatro na companhia de seu filho morreu na ação. Além dela, morreu no hospital uma menina de 13 anos do Cazaquistão, Alexandra Litiaga, que fazia parte do grupo de reféns , segundo informações do site do jornal "Gazeta.ru". Ela estava no teatro em companhia da mãe, ainda hospitalizada em estado grave, segundo a Embaixada do Cazaquistão.
A operação teve início no sábado pouco antes de 6h (23h de sexta-feira, em Brasília), começaram a disparar tiros como resposta ao não-cumprimento de sua exigência, que era a retirada russa do território da Tchetchênia.
Os tiros e algumas explosões deflagraram a operação, fazendo com que forças especiais russas utilizassem gás paralisante e invadissem o teatro.
Três militantes foram presos pelo FSB (serviço secreto russo) e outros dois teriam escapado, misturando-se aos civis. Centenas de pessoas foram levadas a hospitais de Moscou _algumas em estado grave.
Apesar de o alto número de mortos, a ação foi considerada bem-sucedida pelos políticos do país.
Logo após o resgate, o vice-ministro do Interior, Vladimir Vasiliev, disse que sentia pela morte dos reféns, mas que "mais de 750 pessoas" foram salvas.
Já o presidente Vladimir Putin, em pronunciamento à nação, pediu desculpas aos parentes das vítimas. Porém, segundo ele, a crise teria mostrado que a Rússia "não pode ser forçada a se ajoelhar".
Conflito
Em dezembro de 1994, a Rússia deu início à guerra contra a república independentista da Tchetchênia. O conflito durou 21 meses, deixou milhares de mortos e terminou com a retirada dos russos. A Tchetchênia passou a gozar de ampla autonomia.
Em setembro 1999, o então primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, ordenou nova ofensiva militar contra a Tchetchênia, considerada uma república rebelde, alegando que ela abrigaria rebeldes islâmicos que pretendiam estabelecer um Estado fundamentalista no Daguestão, república russa vizinha à Tchechênia.
Segundo o governo da Rússia, os rebeldes seriam responsáveis pelos atentados terroristas que deixaram quase 300 mortos no país, em 1999.
Após quase três anos de combates, Moscou domina a maior parte da região, incluindo a capital, Grosni, e as principais cidades.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Conflito Rússia-Tchetchênia
Veja galeria de fotos da ação em Moscou
Moscou ainda mantém 405 pessoas hospitalizadas
da Folha OnlineHospitais de Moscou (capital russa) ainda mantêmm 405 reféns hospitalizados, dos quais nove são crianças ou adolescentes, segundo informações do serviços médicos de Moscou.
Ontem, o governo russo divulgou o número oficial de mortos na ação feita pela a polícia de elite para resgatar os cerca de 800 pessoas mantidas por rebeldes tchetchenos num teatro de Moscou: 115 (reféns que morreram intoxidos pelo gás utilizado pelos militares russos). Antes disso, uma mulher morreu baleada pelos rebeldes na quinta-feira (24), e outro refém já havia sido morto, também baleado, no dia da invasão do grupo rebelde ao teatro. A ação matou também 50 sequestradores, totalizando, até o momento, 167 mortes.
Também foi confirmada a morte de duas reféns estrangeiras, apesar do governo russo ter afirmado ontem que nenhum dos 75 que estavam no local havia morrido. Segundo a Embaixada da Holanda, Natalia Jyrov, 38, que estava no teatro na companhia de seu filho morreu na ação. Além dela, morreu no hospital uma menina de 13 anos do Cazaquistão, Alexandra Litiaga, que fazia parte do grupo de reféns , segundo informações do site do jornal "Gazeta.ru". Ela estava no teatro em companhia da mãe, ainda hospitalizada em estado grave, segundo a Embaixada do Cazaquistão.
A operação teve início no sábado pouco antes de 6h (23h de sexta-feira, em Brasília), começaram a disparar tiros como resposta ao não-cumprimento de sua exigência, que era a retirada russa do território da Tchetchênia.
Os tiros e algumas explosões deflagraram a operação, fazendo com que forças especiais russas utilizassem gás paralisante e invadissem o teatro.
Três militantes foram presos pelo FSB (serviço secreto russo) e outros dois teriam escapado, misturando-se aos civis. Centenas de pessoas foram levadas a hospitais de Moscou _algumas em estado grave.
Apesar de o alto número de mortos, a ação foi considerada bem-sucedida pelos políticos do país.
Logo após o resgate, o vice-ministro do Interior, Vladimir Vasiliev, disse que sentia pela morte dos reféns, mas que "mais de 750 pessoas" foram salvas.
Já o presidente Vladimir Putin, em pronunciamento à nação, pediu desculpas aos parentes das vítimas. Porém, segundo ele, a crise teria mostrado que a Rússia "não pode ser forçada a se ajoelhar".
Conflito
Em dezembro de 1994, a Rússia deu início à guerra contra a república independentista da Tchetchênia. O conflito durou 21 meses, deixou milhares de mortos e terminou com a retirada dos russos. A Tchetchênia passou a gozar de ampla autonomia.
Em setembro 1999, o então primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, ordenou nova ofensiva militar contra a Tchetchênia, considerada uma república rebelde, alegando que ela abrigaria rebeldes islâmicos que pretendiam estabelecer um Estado fundamentalista no Daguestão, república russa vizinha à Tchechênia.
Segundo o governo da Rússia, os rebeldes seriam responsáveis pelos atentados terroristas que deixaram quase 300 mortos no país, em 1999.
Após quase três anos de combates, Moscou domina a maior parte da região, incluindo a capital, Grosni, e as principais cidades.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Conflito Rússia-Tchetchênia
Veja galeria de fotos da ação em Moscou
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