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11/11/2002
-
08h53
Pelo menos 14 pessoas morreram e outras cinco estão desaparecidas após a queda de um avião Fokker na baía de Manila com 34 pessoas a bordo, disseram autoridades filipinas.
O avião, da pequena companhia aérea doméstica LaoagAir, acabava de decolar de Manila em direção à cidade de Laoag (norte das Filipinas), com 29 passageiros e cinco tripulantes, quando caiu no mar, disse o escritório de transporte aéreo.
Um vídeo amador mostrou que havia fumaça saindo da turbina esquerda do Fokker-27. Uma mulher que passeava junto à baía com seus filhos disse a uma rádio ter visto o acidente, a um quilômetro da costa: "Primeiro vi uma fumaça preta, então de repente um pedaço da cauda se rompeu e o resto do avião afundou na água. Vi um homem acenando com um pedaço de pano branco. Depois não o vi mais".
Quatro crianças e um homem de 50 anos estão entre os mortos, segundo uma lista oficial de vítimas.
A Guarda Costeira filipina disse que 14 corpos foram resgatados, entre eles dois estrangeiros, cujas identidades não foram divulgadas.
No total 15 sobreviventes que tinham sido socorridos por barcos da Marinha e por pescadores, incluindo sete em estado crítico, foram levados para hospitais da capital. Entre eles estão o piloto e um cidadão australiano.
O vice-almirante Ruben Lista, chefe da Guarda Costeira, disse a um TV que, passadas mais de três horas do acidente, as possibilidades de encontrar sobreviventes eram remotas. "Chegamos ao avião, ele está cheio de água, e portanto as chances são pequenas."
Mais de 20 barcos, inclusive canoas de pescadores e lanchas de recreio, ajudaram no resgate. Boiando, porém, havia apenas peças de bagagem e fragmentos de metal. A Marinha usa um guindaste para tentar retirar a fuselagem do fundo do mar.
Segundo os primeiros elementos da investigação, o acidente pode ter sido causado por um problema no motor, afirmaram os encarregados do caso.
"Depois da decolagem, o piloto alertou a torre de controle e anunciou que ia fazer um pouso forçado na baía", declarou o diretor do Departamento de Transporte Aéreo, Edilberto Yap, à rede de tevê ABS-CBN.
"O avião se partiu no impacto com a água", afirmou. Vários passageiros podem ter ficado presos no aparelho, que afundou", afirmaram autoridades da Marinha.
Há informações ainda não confirmadas de que australianos, sul-coreanos e chineses estariam entre os passageiros do vôo 585, que decolou às 6h (19h de ontem em Brasília), caindo no mar poucos minutos depois.
O embaixadora da Austrália, Ruth Pearce, afirmou que outros seis australianos estavam a bordo do aparelho e um deles está entre os sobreviventes. Os pedaços do avião foram encontrados a uma profundidade de 14 metros sob as águas muito poluídas da região.
O sobrevivente australiano Steve Thompson, 25, teve ferimentos nas pernas e nos braços. Ele contou aos jornalistas que o comandante alertou os passageiros para o iminente acidente.
A presidente das Filipinas, Gloria Arroyo, visitou um dos hospitais onde estão os feridos e pediu uma investigação sobre o acidente. A aeromoça Adhika Espinosa afirmou à dirigente, do seu leito no hospital, como ajudou vários passageiros a sair do avião.
Foi o segundo acidente com um Fokker em menos de uma semana. No dia 6, 20 dos 22 passageiros de um Fokker-50 que ia de Berlim a Luxemburgo morreram na queda do avião, ocorrida durante forte nevoeiro, já na preparação para o pouso.
O último grande acidente aéreo nas Filipinas aconteceu em abril de 2000. Um Boeing 737-200 caiu perto de Davao, matando todas as 131 pessoas a bordo.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Risco no Ar
Queda de avião nas Filipinas deixa 14 mortos e 5 desaparecidos
da Folha OnlinePelo menos 14 pessoas morreram e outras cinco estão desaparecidas após a queda de um avião Fokker na baía de Manila com 34 pessoas a bordo, disseram autoridades filipinas.
O avião, da pequena companhia aérea doméstica LaoagAir, acabava de decolar de Manila em direção à cidade de Laoag (norte das Filipinas), com 29 passageiros e cinco tripulantes, quando caiu no mar, disse o escritório de transporte aéreo.
Um vídeo amador mostrou que havia fumaça saindo da turbina esquerda do Fokker-27. Uma mulher que passeava junto à baía com seus filhos disse a uma rádio ter visto o acidente, a um quilômetro da costa: "Primeiro vi uma fumaça preta, então de repente um pedaço da cauda se rompeu e o resto do avião afundou na água. Vi um homem acenando com um pedaço de pano branco. Depois não o vi mais".
Quatro crianças e um homem de 50 anos estão entre os mortos, segundo uma lista oficial de vítimas.
A Guarda Costeira filipina disse que 14 corpos foram resgatados, entre eles dois estrangeiros, cujas identidades não foram divulgadas.
No total 15 sobreviventes que tinham sido socorridos por barcos da Marinha e por pescadores, incluindo sete em estado crítico, foram levados para hospitais da capital. Entre eles estão o piloto e um cidadão australiano.
O vice-almirante Ruben Lista, chefe da Guarda Costeira, disse a um TV que, passadas mais de três horas do acidente, as possibilidades de encontrar sobreviventes eram remotas. "Chegamos ao avião, ele está cheio de água, e portanto as chances são pequenas."
Mais de 20 barcos, inclusive canoas de pescadores e lanchas de recreio, ajudaram no resgate. Boiando, porém, havia apenas peças de bagagem e fragmentos de metal. A Marinha usa um guindaste para tentar retirar a fuselagem do fundo do mar.
Segundo os primeiros elementos da investigação, o acidente pode ter sido causado por um problema no motor, afirmaram os encarregados do caso.
"Depois da decolagem, o piloto alertou a torre de controle e anunciou que ia fazer um pouso forçado na baía", declarou o diretor do Departamento de Transporte Aéreo, Edilberto Yap, à rede de tevê ABS-CBN.
"O avião se partiu no impacto com a água", afirmou. Vários passageiros podem ter ficado presos no aparelho, que afundou", afirmaram autoridades da Marinha.
Há informações ainda não confirmadas de que australianos, sul-coreanos e chineses estariam entre os passageiros do vôo 585, que decolou às 6h (19h de ontem em Brasília), caindo no mar poucos minutos depois.
O embaixadora da Austrália, Ruth Pearce, afirmou que outros seis australianos estavam a bordo do aparelho e um deles está entre os sobreviventes. Os pedaços do avião foram encontrados a uma profundidade de 14 metros sob as águas muito poluídas da região.
O sobrevivente australiano Steve Thompson, 25, teve ferimentos nas pernas e nos braços. Ele contou aos jornalistas que o comandante alertou os passageiros para o iminente acidente.
A presidente das Filipinas, Gloria Arroyo, visitou um dos hospitais onde estão os feridos e pediu uma investigação sobre o acidente. A aeromoça Adhika Espinosa afirmou à dirigente, do seu leito no hospital, como ajudou vários passageiros a sair do avião.
Foi o segundo acidente com um Fokker em menos de uma semana. No dia 6, 20 dos 22 passageiros de um Fokker-50 que ia de Berlim a Luxemburgo morreram na queda do avião, ocorrida durante forte nevoeiro, já na preparação para o pouso.
O último grande acidente aéreo nas Filipinas aconteceu em abril de 2000. Um Boeing 737-200 caiu perto de Davao, matando todas as 131 pessoas a bordo.
Com agências internacionais
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