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22/11/2002
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11h21
A greve nacional dos bombeiros no Reino Unido completa oito dias hoje. A paralisação de 48 horas, que começou na quinta- feira passada (14), afastou militares dos preparativos para uma possível guerra contra o Iraque, e ocorre no momento em que os britânicos foram advertidos sobre o risco de ataques terroristas nas vésperas do Natal.
A greve dos bombeiros britânicos pode provocar um grave atrito entre o governo de Tony Blair e os sindicatos, num tipo de crise que já derrubou outros primeiros-ministros trabalhistas. Blair disse que não pretende ceder à reivindicação de aumento salarial de 40% para os bombeiros.
"Não há governo no mundo que faria isso. Se disséssemos 'sim', como poderíamos depois negar 40% a professores, enfermeiras ou policiais?', disse Blair ao Parlamento na semana passada.
Hoje, bombeiros da região de Cowcaddens em Glasgow (Escócia) saíram as ruas para protestar contra a atitude de Blair. Eles passaram a noite discutindo a falta de negociações para chegar a um acordo com o governo.
A morte de quatro pessoas em incêndios durante na semana passada aumentou a pressão sobre o governo britânico para pôr fim à primeira greve nacional dos bombeiros em 25 anos.
Dois idosas e uma mulher morreram em incêndios diferentes em Newton, no País de Gales, e, Burnley, no norte da Inglaterra, e em Halesowen.
No sexto ano de governo, Blair enfrenta seu pior momento na relação com os sindicatos, só comparável ao "Inverno do Descontentamento" (1978-79), que acabou derrubando o governo trabalhista de então e levando o partido a ficar 18 anos na oposição.
Greves nas ferrovias estão parando o país, enquanto funcionários públicos de todas as áreas, dos carteiros aos professores, fazem ou discutem paralisações. Funcionários de segurança e bombeiros de sete aeroportos já programaram várias greves-relâmpagos para os próximos dois meses.
Cerca de 19 mil soldados foram mobilizados para cobrir as tarefas dos bombeiros, mas eles podem ter de mudar de função se uma guerra contra o Iraque estourar. Os bombeiros prometeram suspender a greve em caso de catástrofe ou atentado terrorista. A previsão feita por eles é de realizar três paralisações de oito dias.
Bombeiros do Reino Unido mantêm greve apesar de ameaça terrorista
da Folha OnlineA greve nacional dos bombeiros no Reino Unido completa oito dias hoje. A paralisação de 48 horas, que começou na quinta- feira passada (14), afastou militares dos preparativos para uma possível guerra contra o Iraque, e ocorre no momento em que os britânicos foram advertidos sobre o risco de ataques terroristas nas vésperas do Natal.
A greve dos bombeiros britânicos pode provocar um grave atrito entre o governo de Tony Blair e os sindicatos, num tipo de crise que já derrubou outros primeiros-ministros trabalhistas. Blair disse que não pretende ceder à reivindicação de aumento salarial de 40% para os bombeiros.
"Não há governo no mundo que faria isso. Se disséssemos 'sim', como poderíamos depois negar 40% a professores, enfermeiras ou policiais?', disse Blair ao Parlamento na semana passada.
Reuters |
Bombeiros protestam contra a falta de acordo de aumento salarial, em Glasgow (Escócia). "Corporação fechada. Blair é culpado", dizem os cartazes |
Hoje, bombeiros da região de Cowcaddens em Glasgow (Escócia) saíram as ruas para protestar contra a atitude de Blair. Eles passaram a noite discutindo a falta de negociações para chegar a um acordo com o governo.
A morte de quatro pessoas em incêndios durante na semana passada aumentou a pressão sobre o governo britânico para pôr fim à primeira greve nacional dos bombeiros em 25 anos.
Dois idosas e uma mulher morreram em incêndios diferentes em Newton, no País de Gales, e, Burnley, no norte da Inglaterra, e em Halesowen.
No sexto ano de governo, Blair enfrenta seu pior momento na relação com os sindicatos, só comparável ao "Inverno do Descontentamento" (1978-79), que acabou derrubando o governo trabalhista de então e levando o partido a ficar 18 anos na oposição.
Greves nas ferrovias estão parando o país, enquanto funcionários públicos de todas as áreas, dos carteiros aos professores, fazem ou discutem paralisações. Funcionários de segurança e bombeiros de sete aeroportos já programaram várias greves-relâmpagos para os próximos dois meses.
Cerca de 19 mil soldados foram mobilizados para cobrir as tarefas dos bombeiros, mas eles podem ter de mudar de função se uma guerra contra o Iraque estourar. Os bombeiros prometeram suspender a greve em caso de catástrofe ou atentado terrorista. A previsão feita por eles é de realizar três paralisações de oito dias.
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