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27/11/2002 - 18h40

Saiba mais sobre Henry Kissinger

da Folha Online

O presidente norte-americano, George W. Bush, nomeou hoje o ex-secretário de Estado Henry Kissinger para dirigir a comissão independente que investigará por que o governo dos Estados Unidos falhou em evitar os ataques de 11 de setembro de 2001.

Kissinger mostrou-se visivelmente encantado de retomar o serviço público e de reencontrar, a pedido de George W. Bush, os corredores do poder.

Reuters

Henry Kissinger, ex-secretário de Estado dos EUA
Henry Kissinger, 79, é cientista político e nasceu em 27 de maio 1923 em uma família judia de Fuerth, na Alemanha. Foi para Nova York com seus pais, fugindo dos nazistas, em 1938.

Publicou o livro "Armas nucleares e política externa" em 1957, recebendo atenção nacional. Entre 1962 e 1971 deu aulas na universidade de Harvard e foi assessor dos presidentes Dwight Eisenhower (1953-1961) , John F. Kennedy (1961-1963), e Lyndon B. Johnson (1963-1969).

Foi assessor especial de segurança nacional, secretário executivo do Conselho de Segurança Nacional (1969-1971) e secretário de Estado (1971-1976), durante os governos dos presidentes Richard Nixon (1969-1974) e Gerald Ford (1974-1977).

Em 1983, liderou um comitê bipartidário para a América Central durante o governo de Ronald Reagan (1981-1989). Em 1994, publicou o livro "Diplomacia".

Personalidade
Com exceção de John Foster Dulles, artesão infatigável da luta contra o comunismo no auge da guerra fria, nenhuma personalidade marcou tanto o comportamento da política externa norte-americana da segunda metade do século 20.

Desde sua chegada à Casa Branca em 1969, contribuiu para a grande virada na diplomacia norte-americana, rejeitando o moralismo, em nome da "réal politik". É desta época a "détente" com Moscou e as negociações secretas com o norte-vietnamita Le Duc Tho para pôr fim à Guerra do Vietnã -o maior fiasco militar norte-americano contemporâneo.

Como secretário de Estado, Kissinger teve um papel importante ao abrir a diplomacia entre os Estados Unidos e a China e ganhou um prêmio Nobel da Paz em 1973 por ajudar no cessar-fogo da Guerra do Vietnã.

Polêmica
Viajante infatigável de personalidade ambiciosa, Kissinger não conseguiu, apesar dos esforços empregados por ele próprio para criar uma lenda em torno de seu nome, apagar os aspectos mais polêmicos de sua carreira.

Após revelações de sua participação em bombardeios secretos em Camboja, durante o conflito na Indochina, de escutas telefônicas ilegais e cobertura de operações da CIA (agência de inteligência dos EUA) no Chile e em outros países, sua reputação sofreu. Mesmo assim, seguiu uma carreira lucrativa como consultor e palestrante.

Acusações de sua participação na derrubada do presidente chileno Salvador Allende em 1973 e a eliminação de oponentes políticos na América Latina na mesma época, através do chamado plano Condor, levaram os seus críticos a exigir seu julgamento por crimes de guerra.

Num livro publicado em 2001, com o título "Julgamento de Henry Kissinger", o jornalista britânico Cristopher Hitchens enumera as que assegura foram violações aos direitos humanos que teria cometido.

Kissinger também foi denunciado na justiça de Washington pelo assassinato, em 1970, do comandante-em-chefe do exército chileno, o general René Schneider, depois da eleição do presidente socialista Salvador Allende.


Com agências internacionais e informações do site "Biography.com"

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