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28/11/2002 - 07h20

Combates na Colômbia matam cinco membros das Farc

da Folha Online

Pelo menos cinco guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) morreram ontem em intensos combates com o Exército na zona rural do município de Guavio, no norte da Colômbia, segundo informações do general Reinaldo Castellanos.

Segundo Castellanos, que comanda a 5ª Divisão do Exército, os combates ocorrem em uma zona conhecida por Chuscales, onde os rebeldes "realizam múltiplos sequestros e extorsões".



Durante os combates, as tropas da Força de Mobilização Rápida (Fudra) também encontraram vários fuzis AK-47, munição de diferentes calibres e equipamentos de comunicação.

Na terça-feira (26), dez militares morreram e outros dois ficaram feridos em uma emboscada da guerrilha das Farc na estrada entre Mocoa, capital do Estado de Putumayo, e o município de Pitalito, na província de Huila, no sudoeste da Colômbia.

Guerrilheiros detonaram uma bomba na passagem do veículo que transportava os militares.

A emboscada foi armada na estrada que liga o município de Mocoa, no Departamento (Estado) de Putumayo, com Pitalito, no Departamento de Huila, a cerca de 430 quilômetros ao sudoeste de Bogotá.

Um dia antes, outra ação das Farc matou 14 militares e feriu outros sete no nordeste do país. Embora os confrontos armados sejam frequentes no país, o Exército colombiano ainda não havia sofrido golpes tão graves como estes desde a posse do presidente Alvaro Uribe, em agosto deste ano.

O conflito interno colombiano já dura 38 anos e deixou pelo menos 40 mil mortos nos últimos dez anos.

Desde os anos 60, movimentos guerrilheiros marxistas dominam a zona rural do país. Nos anos 80, eles passaram a se financiar com o dinheiro de "impostos" cobrados dos traficantes. Como reação ao crescimento do poderio guerrilheiro, militares e fazendeiros, criam milícias chamadas de paramilitares. Hoje, os paramilitares também são financiados pelo tráfico.

No dia 20 de fevereiro, o governo (ainda sob a chefia de Andrés Patrana) rompeu o processo de paz com as Farc, iniciado no final de 1998. O rompimento foi anunciado após o desvio de um avião e o sequestro de um senador, que estava no vôo, por membros das Farc.

Uma região de 42 mil km2 ao sul do país (do tamanho da Suíça), que havia sido transformada em zona desmilitarizada em 1998, como condição para o diálogo, foi retomada pelo Exército colombiano.

Com agências internacionais

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