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28/11/2002
-
08h54
Os inspetores de armas da ONU (Organização das Nações Unidas) visitaram hoje um laboratório de produção de vacinas para animais e uma fábrica de munições nas proximidades de Bagdá, no segundo dia de trabalho de investigação de locais suspeitos de fabricar armas de destruição em massa no Iraque após uma suspensão de quatro anos.
Um comboio de quatro carros deixou hoje o quartel-general da ONU, a sudeste de Bagdá, às 8h30 (3h30 em Brasília) em direção ao laboratório do governo na região de Dora, ao sul da capital iraquiana.
Outra equipe se dirigiu ao complexo de Nasr, na região de Taji, a 25 km ao norte de Bagdá, onde há fábricas de produção de munição convencional e máquinas civis.
Os dois grupos de inspetores, que estavam acompanhados de autoridades do Iraque, puderam entrar sem problemas nas instalações iraquianas, mas os jornalistas tiveram que ficar do lado de fora.
As duas instalações foram mencionadas pelos EUA recentemente como locais suspeitos de produzir armamento proibido.
Melissa Fleming, porta-voz das equipes de inspetores da ONU, disse que as novas inspeções seguiriam o mesmo padrão dos trabalhos realizados ontem, mas se negou a dar detalhes.
"Precisamos de inspeções sem aviso prévio", afirmou Fleming, antes da equipe começar as inspeções de hoje.
Os inspetores de armas da ONU no Iraque iniciaram ontem seu trabalho com duas vistorias de surpresa nos arredores de Bagdá -numa indústria suspeita de servir como local de testes de mísseis e numa fábrica que poderia estar sendo usada para desenvolver armas nucleares.
Os inspetores não comentaram o resultado das vistorias de ontem, mas elogiaram a cooperação iraquiana no primeiro dia. "Esperamos que a reação iraquiana de hoje represente o padrão futuro de cooperação", afirmou Jacques Baute, líder da equipe de inspetores nucleares.
Até agora há 17 inspetores no Iraque -11 da Unmovic (Comissão de Controle, Verificação e Inspeção da ONU), que busca mísseis e armas químicas e biológicas, e 6 da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), que procura armas nucleares. Até o final do ano, eles poderão somar um total de cem pessoas.
As vistorias de armas iraquianas foram suspensas em 1998, quando os inspetores da ONU foram expulsos do país após terem sido acusados pelo Iraque de espionar para os EUA. A volta das inspeções foi garantida por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU aprovada no dia 8.
Os EUA, que propuseram a resolução, ameaçam atacar militarmente o Iraque se o país não cooperar com as inspeções. O governo americano acusa o ditador iraquiano, Saddam Hussein, de desenvolver armas de destruição em massa. O Iraque nega.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Iraque
Inspetores da ONU visitam fábricas de vacina e munição no Iraque
da Folha OnlineOs inspetores de armas da ONU (Organização das Nações Unidas) visitaram hoje um laboratório de produção de vacinas para animais e uma fábrica de munições nas proximidades de Bagdá, no segundo dia de trabalho de investigação de locais suspeitos de fabricar armas de destruição em massa no Iraque após uma suspensão de quatro anos.
Um comboio de quatro carros deixou hoje o quartel-general da ONU, a sudeste de Bagdá, às 8h30 (3h30 em Brasília) em direção ao laboratório do governo na região de Dora, ao sul da capital iraquiana.
Outra equipe se dirigiu ao complexo de Nasr, na região de Taji, a 25 km ao norte de Bagdá, onde há fábricas de produção de munição convencional e máquinas civis.
Os dois grupos de inspetores, que estavam acompanhados de autoridades do Iraque, puderam entrar sem problemas nas instalações iraquianas, mas os jornalistas tiveram que ficar do lado de fora.
As duas instalações foram mencionadas pelos EUA recentemente como locais suspeitos de produzir armamento proibido.
Melissa Fleming, porta-voz das equipes de inspetores da ONU, disse que as novas inspeções seguiriam o mesmo padrão dos trabalhos realizados ontem, mas se negou a dar detalhes.
"Precisamos de inspeções sem aviso prévio", afirmou Fleming, antes da equipe começar as inspeções de hoje.
Os inspetores de armas da ONU no Iraque iniciaram ontem seu trabalho com duas vistorias de surpresa nos arredores de Bagdá -numa indústria suspeita de servir como local de testes de mísseis e numa fábrica que poderia estar sendo usada para desenvolver armas nucleares.
Os inspetores não comentaram o resultado das vistorias de ontem, mas elogiaram a cooperação iraquiana no primeiro dia. "Esperamos que a reação iraquiana de hoje represente o padrão futuro de cooperação", afirmou Jacques Baute, líder da equipe de inspetores nucleares.
Até agora há 17 inspetores no Iraque -11 da Unmovic (Comissão de Controle, Verificação e Inspeção da ONU), que busca mísseis e armas químicas e biológicas, e 6 da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), que procura armas nucleares. Até o final do ano, eles poderão somar um total de cem pessoas.
As vistorias de armas iraquianas foram suspensas em 1998, quando os inspetores da ONU foram expulsos do país após terem sido acusados pelo Iraque de espionar para os EUA. A volta das inspeções foi garantida por uma resolução do Conselho de Segurança da ONU aprovada no dia 8.
Os EUA, que propuseram a resolução, ameaçam atacar militarmente o Iraque se o país não cooperar com as inspeções. O governo americano acusa o ditador iraquiano, Saddam Hussein, de desenvolver armas de destruição em massa. O Iraque nega.
Com agências internacionais
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