Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
26/07/2000 - 15h45

Russos querem "Concordsky" apesar da queda do Concorde

Publicidade

Deutsche Welle

A pequena cidade de Gonesse, nos subúrbios de Paris, pode ostentar o dúbio mérito de ser o único município do mundo que teve dois acidentes de aviões supersônicos de passageiros. Além da queda do Concorde na tarde de ontem, em 1973 em Gonesse também caiu um Tupolev 144, um avião russo que copiava detalhadamente o aparelho francês. Na época, em plena Guerra Fria, suspeitou-se de espionagem industrial, e ironicamente, o aparelho russo foi chamado de "Concordsky".

O acidente, presenciado por 200 mil pessoas, ocorreu durante o Paris Air Show no aeroporto de Le Bourget, matando 13 pessoas. O acidente acabou com os projetos russos de vender o Tupolev no exterior. Um aparelho modificado operou durante uns anos a linha Moscou-Alma Ata, mas uma segunda catástrofe em 1977 colocou os planos na gaveta.

Agora, a empresa Tupolev pensa ressuscitar o aparelho e anunciou nesta quarta-feira (26) que o acidente com o Concorde não os fará desistir de colocar o "Concordsky" nos céus de todo o planeta.

Na feira de aviação de Farnborough, Inglaterra, analisou-se hoje o acidente ocorrido ontem na França. Os diversos especialistas reunidos consideraram que os Concordes possuem ainda dez anos de uso pela frente. "É em essência um avião seguro", disse o piloto de testes do Concorde, Brian Trubshaw.

O problema, por outro lado, afirmam, é que as viagens supersônicas fazem pouco sentido econômico. Quando o aparelho foi desenvolvido nos anos 60, calculava-se que existiriam pessoas ricas suficientes no mundo para manter uma frota de centenas de Concordes. Mas a realidade foi outra: somente 14 aparelhos foram fabricados, e a Air France e a British Airways não podem justificar mais do que três vôos diários atravessando o Atlântico.


Clique aqui para ler página especial sobre o acidente.

Clique aqui para ler mais notícias internacionais na Folha Online.

Clique aqui para ler mais notícias da Deutsche Welle.


 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página