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22/05/2005 - 00h00

Abbas vai a Washington para reunião com Bush

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EZZEDINE SAID
da France Presse, em Ramallah (Cisjordânia)

O líder da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, que iniciará na terça-feira (24) uma visita a Washington, disse esperar que a redução da violência palestina se traduza em maiores pressões americanas sobre Israel e em mais esforços para a retomada do processo de paz.

Enquanto seu antecessor Iasser Arafat --acusado de envolvimento com o terrorismo-- era "persona non grata" em Washington, Abbas será recebido na quinta-feira (26) na Casa Branca pelo presidente George W. Bush, que elogiou em algumas ocasiões a sua determinação de acabar com a violência.

No entanto, o governo palestino teme que o recente aumento da violência na faixa de Gaza, que minou uma trégua informal respeitada desde o final de janeiro pelos grupos armados palestinos, o deixe em situação ruim diante da administração americana, à medida que se aproxima a retirada de Israel dessa região.

"Abbas apresentará tudo o que foi realizado pelos palestinos, especialmente a trégua, as reformas de segurança e jurídicas, além da consolidação da democracia através das eleições", declarou seu assessor para assuntos de segurança, Jibril Rajub.

"Ele também informará Bush sobre as violações israelenses que minam os esforços para devolver a calma e retomar as negociações", acrescentou.

Segundo Rajub, Abbas falará sobre as "seguranças" que o presidente americano concedeu a Israel, ao declarar que considera "irreal" uma retirada israelense até as fronteiras de 1967 ou um retorno dos refugiados palestinos ao território.

No entanto, o assessor destacou que Bush também tem posições "positivas" em relação aos palestinos, como seu apoio à criação de um Estado palestino independente, sua oposição de princípio à colonização e sua defesa de Abbas.

"Abu Mazen [Mahmoud Abbas] explicará ao presidente Bush que um Estado palestino independente é a melhor garantia de estabilidade na região e um fator essencial na luta contra o terrorismo, que é alimentado pela ocupação israelense da qual nosso povo é vítima", disse.

Ele advertiu que a ausência de uma perspectiva política mantém a região em um círculo vicioso. "O nível de confiança entre Israel e os palestinos é zero e por isso existe a necessidade de uma intervenção americana", acrescentou.

 

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