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05/12/2002
-
13h33
O presidente Hugo Chávez anunciou hoje que as Forças Armadas venezuelanas vão proteger as instalações da indústria petroleira e garantir o fornecimento de petróleo para o exterior.
A Venezuela, que enfrenta hoje o quarto dia de greve geral, é o quinto maior exportador mundial de petróleo, com uma produção de 2,49 milhões de barris diários. O movimento oposicionista tenta forçar Chávez a aceitar uma saída eleitoral, por meio de um plebiscito, para a atual crise política.
Chávez também denunciou que "setores desestabilizadores" que promovem a uma greve pelo quarto dia consecutivo na Venezuela "enfileiraram seus canhões" contra a estatal PDVSA.
"Isso é um plano contra a indústria petroleira", afirmou Chávez, ao confirmar que um navio-tanque carregado com 280 mil barris de combustível foi ancorado ontem por sua tripulação no canal do lago de Maracaibo, caracterizando o fato como um "ato de pirataria".
No quarto dia de greve geral no país, oposicionistas do governo Chávez disseram que a indústria do petróleo já está sendo afetada, inclusive suprimentos de gasolina e óleo que atendem a exportação.
Ontem, Chávez já havia dito que o setor de petróleo fora atingido pela greve, mas afirmou ter meios de impedir o problema. "Temos um dispositivo de segurança que vai impedir a paralisação da empresa de petróleo e o fornecimento de combustível."
A maior organização empresarial do país, Fedecámaras, a Confederação dos Trabalhadores da Venezuela (CTV) e os partidos políticos de oposição insistem em pressionar a saída de Chávez, um tenente-coronel aposentado que assumiu a Presidência da Venezuela em fevereiro de 1999 após vencer as eleições no ano anterior com maioria esmagadora dos votos.
Chávez foi eleito presidente em 1998 com votação esmagadora e reeleito em julho de 2000, com 59,7% dos votos, depois de mudar a Constituição para que a eleição pudesse acontecer. Seu mandato termina em 2007.
A insatisfação contra Chávez cresceu devido ao seu estilo autoritário, à agenda de esquerda, ao fracasso no combate ao crime, à pobreza e à corrupção. A situação econômica também foi agravada pela queda nos preços do petróleo -a Venezuela é o quarto maior exportador de petróleo do mundo.
A situação começou a piorar no ano passado, quando Chávez lançou e conseguiu aprovar um pacote de 49 leis que permitiu expropriar terras para exploração de petróleo. A atitude causa indignação entre o setor empresarial -maior opositor de Chávez- que dá início a greves. A exemplo dos petroleiros, outros setores também começam a se opor às ações de Chávez.
A aproximação de Chávez com Fidel Castro, presidente de Cuba -país que recebe petróleo da venezuela a preços especiais- e a frequente retórica anti-Washington também sempre desagradaram os EUA.
Em pronunciamento no Congresso norte-americano, o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, chegou a dizer que o presidente George W. Bush estava descontente com as políticas adotadas pelo governo venezuelano.
No início deste ano, Chávez passou a enfrentar várias manifestações populares encabeçadas por diferentes setores, principalmente o petrolífero, o que deu à oposição aliados importantes, como militares de média patente no país.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Venezuela
Chávez convoca Forças Armadas para proteger indústria petroleira
da Folha OnlineO presidente Hugo Chávez anunciou hoje que as Forças Armadas venezuelanas vão proteger as instalações da indústria petroleira e garantir o fornecimento de petróleo para o exterior.
A Venezuela, que enfrenta hoje o quarto dia de greve geral, é o quinto maior exportador mundial de petróleo, com uma produção de 2,49 milhões de barris diários. O movimento oposicionista tenta forçar Chávez a aceitar uma saída eleitoral, por meio de um plebiscito, para a atual crise política.
Chávez também denunciou que "setores desestabilizadores" que promovem a uma greve pelo quarto dia consecutivo na Venezuela "enfileiraram seus canhões" contra a estatal PDVSA.
Mariana Bazo/Reuters |
Simpatizantes do governo de Hugo Chávez (vestidos de preto) enfrentam jornalistas em frente à companhia estatal de petróleo, em Caracas (capital) |
"Isso é um plano contra a indústria petroleira", afirmou Chávez, ao confirmar que um navio-tanque carregado com 280 mil barris de combustível foi ancorado ontem por sua tripulação no canal do lago de Maracaibo, caracterizando o fato como um "ato de pirataria".
No quarto dia de greve geral no país, oposicionistas do governo Chávez disseram que a indústria do petróleo já está sendo afetada, inclusive suprimentos de gasolina e óleo que atendem a exportação.
Ontem, Chávez já havia dito que o setor de petróleo fora atingido pela greve, mas afirmou ter meios de impedir o problema. "Temos um dispositivo de segurança que vai impedir a paralisação da empresa de petróleo e o fornecimento de combustível."
A maior organização empresarial do país, Fedecámaras, a Confederação dos Trabalhadores da Venezuela (CTV) e os partidos políticos de oposição insistem em pressionar a saída de Chávez, um tenente-coronel aposentado que assumiu a Presidência da Venezuela em fevereiro de 1999 após vencer as eleições no ano anterior com maioria esmagadora dos votos.
Chávez foi eleito presidente em 1998 com votação esmagadora e reeleito em julho de 2000, com 59,7% dos votos, depois de mudar a Constituição para que a eleição pudesse acontecer. Seu mandato termina em 2007.
A insatisfação contra Chávez cresceu devido ao seu estilo autoritário, à agenda de esquerda, ao fracasso no combate ao crime, à pobreza e à corrupção. A situação econômica também foi agravada pela queda nos preços do petróleo -a Venezuela é o quarto maior exportador de petróleo do mundo.
A situação começou a piorar no ano passado, quando Chávez lançou e conseguiu aprovar um pacote de 49 leis que permitiu expropriar terras para exploração de petróleo. A atitude causa indignação entre o setor empresarial -maior opositor de Chávez- que dá início a greves. A exemplo dos petroleiros, outros setores também começam a se opor às ações de Chávez.
A aproximação de Chávez com Fidel Castro, presidente de Cuba -país que recebe petróleo da venezuela a preços especiais- e a frequente retórica anti-Washington também sempre desagradaram os EUA.
Em pronunciamento no Congresso norte-americano, o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, chegou a dizer que o presidente George W. Bush estava descontente com as políticas adotadas pelo governo venezuelano.
No início deste ano, Chávez passou a enfrentar várias manifestações populares encabeçadas por diferentes setores, principalmente o petrolífero, o que deu à oposição aliados importantes, como militares de média patente no país.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Venezuela
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