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16/12/2002
-
03h00
A onda de atentados a bomba na capital colombiana, na semana passada, atribuída às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que deixaram cerca de 50 feridos, colocou Bogotá em estado de alerta.
Soldados do Exército e policiais participaram de mais de 45 "averiguações" na capital desde sábado, após o presidente Álvaro Uribe e o prefeito de Bogotá, Antanas Mockus, decidirem pôr em prática um plano de segurança de emergência para enfrentar a ofensiva da guerrilha de esquerda.
Em menos de um mês, as Farc detonaram um carro-bomba em frente a um supermercado, enviaram um livro-bomba que feriu um dos líderes da bancada governista no Congresso e detonaram explosivos num restaurante.
Os dois últimos ocorreram anteontem e deixaram pelo menos 30 pessoas feridas.
Após uma reunião no sábado, a ministra da Defesa, Martha Lucía Ramírez, anunciou a criação de um fundo de US$ 357 mil para financiar o pagamento de recompensa aos que ajudarem as autoridades a evitar atentados e a capturar os responsáveis por eles.
As autoridades afirmam que a ofensiva das Farc é uma resposta às medidas adotadas pela administração de Uribe e pelo Congresso para combater os grupos armados. Recentemente, o Congresso aprovou um plano para pôr fim à corrupção no país, autorizando o presidente a manter conversações de paz com grupos paramilitares de direita, os quais sempre se opuseram às Farc (a maior guerrilha de esquerda).
Analistas divergem sobre a motivação e sobre o alcance dos ataques contra Bogotá. Para o analista político e ex-guerrilheiro León Valencia, as Farc atuam na capital do país "para que seus ataques tenham um maior impacto nacional e internacional".
Outro analista, Alejo Vargas, disse ser exagerado falar sobre escalada da violência.
"Não se pode esquecer que os guerrilheiros estão em guerra contra o Estado".
Outros atos de violência no governo Uribe levaram os analistas a pensar que a tática adotada é resultado da perda da capacidade da guerrilha em manter a violência nas áreas rurais. A guerra civil já dura 38 anos e causou cerca de 40 mil mortes na última década.
Terror põe Bogotá em estado de alerta
da Folha de S. PauloA onda de atentados a bomba na capital colombiana, na semana passada, atribuída às Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), que deixaram cerca de 50 feridos, colocou Bogotá em estado de alerta.
Soldados do Exército e policiais participaram de mais de 45 "averiguações" na capital desde sábado, após o presidente Álvaro Uribe e o prefeito de Bogotá, Antanas Mockus, decidirem pôr em prática um plano de segurança de emergência para enfrentar a ofensiva da guerrilha de esquerda.
Em menos de um mês, as Farc detonaram um carro-bomba em frente a um supermercado, enviaram um livro-bomba que feriu um dos líderes da bancada governista no Congresso e detonaram explosivos num restaurante.
Os dois últimos ocorreram anteontem e deixaram pelo menos 30 pessoas feridas.
Após uma reunião no sábado, a ministra da Defesa, Martha Lucía Ramírez, anunciou a criação de um fundo de US$ 357 mil para financiar o pagamento de recompensa aos que ajudarem as autoridades a evitar atentados e a capturar os responsáveis por eles.
As autoridades afirmam que a ofensiva das Farc é uma resposta às medidas adotadas pela administração de Uribe e pelo Congresso para combater os grupos armados. Recentemente, o Congresso aprovou um plano para pôr fim à corrupção no país, autorizando o presidente a manter conversações de paz com grupos paramilitares de direita, os quais sempre se opuseram às Farc (a maior guerrilha de esquerda).
Analistas divergem sobre a motivação e sobre o alcance dos ataques contra Bogotá. Para o analista político e ex-guerrilheiro León Valencia, as Farc atuam na capital do país "para que seus ataques tenham um maior impacto nacional e internacional".
Outro analista, Alejo Vargas, disse ser exagerado falar sobre escalada da violência.
"Não se pode esquecer que os guerrilheiros estão em guerra contra o Estado".
Outros atos de violência no governo Uribe levaram os analistas a pensar que a tática adotada é resultado da perda da capacidade da guerrilha em manter a violência nas áreas rurais. A guerra civil já dura 38 anos e causou cerca de 40 mil mortes na última década.
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