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16/12/2002 - 16h11

Bush nomeia Tom Kean para investigação sobre 11/9

da Folha Online

George W.Bush, presidente dos Estados Unidos, nomeou o ex-governador de Nova Jersey, Tom Kean, para liderar a comissão que deverá analisar as falhas da inteligência que permitiram os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, anunciou a Casa Branca.

Kean substitui o ex-secretário de Estado norte-americano, Henry Kissinger, que desistiu na sexta-feira (13) de chefiar esta comissão independente, para a qual havia sido nomeado no dia 27 de novembro.

Ao desistir do cargo, Kissinger citou como motivo controvérsias a respeito de possíveis conflitos de interesses entre as investigações e clientes de sua firma de consultoria.

O vice-presidente original da comissão, George Mitchell, renunciou na quarta-feira (11), em parte devido a pressões para deixar sua firma de advocacia. Foi substituído pelo senador Lee Hamilton, um especialista em relações internacionais.

A comissão deve esclarecer as falhas do serviço de inteligência que impediram prevenir os atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington, que causaram cerca de 3.000 mortes.

A Casa Branca havia nomeado Kissinger depois de resistir durante muito tempo à criação da comissão reclamada pelo Congresso e as famílias das vítimas dos atentados.

Kean, um republicano moderado, foi governador entre 1982 e 1990 e participou de um conselho sobre relações entre os diferentes grupos raciais nos Estados Unidos, criado pelo ex-presidente democrata Bill Clinton.

Também foi vice-presidente da delegação americana na 4ª Conferência Mundial sobre Educação na Tailândia.

A nomeação no dia 27 de novembro de Kissinger, de 79 anos, ex-secretário de Estado dos presidentes republicanos Richard Nixon e Gerald Ford nos anos 70, havia despertado polêmica nos Estados Unidos devido às acusações sobre o papel que desempenhou no golpe de Estado no Chile em setembro de 1973.

A Casa Branca se opôs durante muito tempo à criação de uma comissão desse tipo por considerar que poderia tirar a atenção da luta contra o terrorismo.

O governo Bush também temia que a investigação fosse utilizada pela oposição democrata para atacá-lo, uma vez que a divulgação do informe final deve coincidir com a campanha das eleições presidenciais de 2004.

Com agências internacionais
 

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