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27/07/2000
-
11h49
da France Presse
em Farnborough (Grã-Bretanha)
Os europeus, com o grupo franco-alemão EADS e o britânico BAe Systems à
frente, guardam em seus laboratórios um rascunho de projeto para um
supersônico de segunda geração, enquanto que outros fabricantes, como a
francesa Dassault e as empresas norte-americanas Gulfstream e Lockheed Martin, trabalham com a idéia de um avião de negócios supersônico.
O Concorde, que entrou em serviço há 24 anos, tem ainda cerca de 15 anos de vida como projeto, em condições normais.
A companhia francesa Aerospatiale Matra Airbus e a alemã DASA, atualmente agrupados na EADS, assim como o grupo britânico BAe Systems, trabalham desde 1994 num programa europeu de pesquisa supersônica (PERS). Trata-se de um "anteprojeto", explicou o representante da EADS, Jean-Claude Pilon.
A idéia é lançar um Concorde de segunda geração, duplicando os assentos
(para até 250), com a mesma velocidade de cruzeiro (mach 2), uma autonomia duas vezes maior (10 mil km) para poder atravessar o Pacífico e um consumo duas vezes menor.
Para um mercado avaliado entre 500 e 1000 aviões na entrada de 2020, o custo de desenvolvimento de um programa com essas características seria de US$ 15 bilhões, segundo a EADS. "O mais importante é resolver os problemas relacionados com o meio ambiente", reconhece Pilon.
As queixas em relação ao funcionamento do Concorde, que quase provocaram a proibição de suas aterrissagens no aeroporto de Nova York, são principalmente o ruído, a explosão causada pelo rompimento da barreira do som e as emissões excessivas de poluentes.
O fabricante norte-americano rival Boeing não acredita haver mercado para um projeto com essas características. "Tecnologicamente se pode conseguir, mas financeiramente não é sustentável", declarou Seddik Belyamani, diretor-geral de vendas e marketing da divisão de aviões civis da Boeing. "A exploração do avião é muito cara, e não haveria passageiros suficientes para pagar o preço do bilhete", disse Belyamani, afirmando que a Boeing não tem projetos neste sentido.
O conceito de avião de negócios supersônico é ligeiramente diferente do de um eventual sucessor do Concorde: trata-se de jatos de 8 ou 10 lugares, capazes de romper a barreira do som.
O fabricante francês Dassault continua estudando seu projeto de avião de
negócios supersônico, o Falcon SST, anunciado há três anos. Mas também nese caso, "os problemas de regulamentação, de ruído e do meio ambiente" constituem uma etapa prévia, disse Pierre Henri Messiah, representante de marketing de aviões civis da empresa Dassault.
Clique aqui para ler página especial sobre o acidente.
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Apesar do acidente, europeus planejam lançar Concorde de segunda geração
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em Farnborough (Grã-Bretanha)
Os europeus, com o grupo franco-alemão EADS e o britânico BAe Systems à
frente, guardam em seus laboratórios um rascunho de projeto para um
supersônico de segunda geração, enquanto que outros fabricantes, como a
francesa Dassault e as empresas norte-americanas Gulfstream e Lockheed Martin, trabalham com a idéia de um avião de negócios supersônico.
O Concorde, que entrou em serviço há 24 anos, tem ainda cerca de 15 anos de vida como projeto, em condições normais.
A companhia francesa Aerospatiale Matra Airbus e a alemã DASA, atualmente agrupados na EADS, assim como o grupo britânico BAe Systems, trabalham desde 1994 num programa europeu de pesquisa supersônica (PERS). Trata-se de um "anteprojeto", explicou o representante da EADS, Jean-Claude Pilon.
A idéia é lançar um Concorde de segunda geração, duplicando os assentos
(para até 250), com a mesma velocidade de cruzeiro (mach 2), uma autonomia duas vezes maior (10 mil km) para poder atravessar o Pacífico e um consumo duas vezes menor.
Para um mercado avaliado entre 500 e 1000 aviões na entrada de 2020, o custo de desenvolvimento de um programa com essas características seria de US$ 15 bilhões, segundo a EADS. "O mais importante é resolver os problemas relacionados com o meio ambiente", reconhece Pilon.
As queixas em relação ao funcionamento do Concorde, que quase provocaram a proibição de suas aterrissagens no aeroporto de Nova York, são principalmente o ruído, a explosão causada pelo rompimento da barreira do som e as emissões excessivas de poluentes.
O fabricante norte-americano rival Boeing não acredita haver mercado para um projeto com essas características. "Tecnologicamente se pode conseguir, mas financeiramente não é sustentável", declarou Seddik Belyamani, diretor-geral de vendas e marketing da divisão de aviões civis da Boeing. "A exploração do avião é muito cara, e não haveria passageiros suficientes para pagar o preço do bilhete", disse Belyamani, afirmando que a Boeing não tem projetos neste sentido.
O conceito de avião de negócios supersônico é ligeiramente diferente do de um eventual sucessor do Concorde: trata-se de jatos de 8 ou 10 lugares, capazes de romper a barreira do som.
O fabricante francês Dassault continua estudando seu projeto de avião de
negócios supersônico, o Falcon SST, anunciado há três anos. Mas também nese caso, "os problemas de regulamentação, de ruído e do meio ambiente" constituem uma etapa prévia, disse Pierre Henri Messiah, representante de marketing de aviões civis da empresa Dassault.
Clique aqui para ler página especial sobre o acidente.
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