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24/12/2002
-
12h53
Duas pessoas com cinturões de explosivos foram presas hoje em um bairro do sudoeste de Moscou, segundo fontes policiais citadas pela agência de notícias Itar-Tass. Segundo as primeiras informações, as duas pessoas presas são tchetchenas.
No dia 23 de outubro, um grupo de rebeldes tchetchenos tomou um teatro de Moscou e fez cerca de 800 pessoas reféns durante 58 horas. Os rebeldes reivindicavam a retirada imediata das forças russas da Tchetchênia. Sem chegar a um acordo, a polícia de Moscou lançou um gás a base ópio dentro do teatro e deu início à operação de resgate: o gás causou a morte de 129 reféns. Outros dois reféns morreram baleados pelos terroristas. Todos os 41 rebeldes que invadiram o teatro também morreram no incidente.
O Exército russo entrou na Tchetchênia no final de setembro de 1999, alegando combater grupos terroristas islâmicos. Após quase dois anos de combates, Moscou domina a maior parte da região, incluindo a capital, Grosni, e as principais cidades.
A Tchetchênia, de maioria muçulmana, é formalmente uma república russa, mas havia conquistado autonomia após o conflito travado com Moscou entre 1994 e 1996. A região foi anexada pela Rússia no século 18, ainda na época dos czares.
Organizações internacionais criticam, desde o início da ofensiva russa, o desrespeito aos direitos humanos. Civis e rebeldes tchetchenos teriam sido barbaramente torturados e mortos por soldados russos.
O presidente russo, Vladimir Putin, se tornou a figura mais popular na política do país graças à sua ação na ofensiva na Tchetchênia e ganhou a eleição presidencial ocorrida em março de 2000.
Conflito
Em dezembro de 1994 a Rússia desencadeou a guerra contra a República independentista da Tchechênia. O conflito durou 21 meses, deixou milhares de mortos e terminou com a retirada dos russos. A Tchetchênia, que faz parte do território russo, passou a gozar de ampla autonomia.
Em setembro de 1999, Putin ordenou nova ofensiva militar contra a Tchechênia, considerada uma república rebelde, alegando que a Província abrigaria rebeldes islâmicos que pretendiam estabelecer uma República fundamentalista no Daguestão, região vizinha à Tchechênia. Segundo o governo da Rússia, os rebeldes seriam os responsáveis pelos atentados terroristas que deixaram quase 300 mortos em 1999.
No mês passado, cerca de 14 rebeldes tchetchenos e dois soldados russos morreram em dois dias de confrontos. Dez rebeldes foram mortos durante tiroteios com o Exército russo, e dois soldados russos morreram na explosão de uma mina na região de Chali (sudeste).
O último balanço oficial russo é de 4.249 mortos desde julho de 1999, data em que começou a intervenção das forças federais no Cáucaso do Norte.
Com agências internacionais
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Polícia de Moscou prende duas pessoas com cinturões de explosivos
da Folha OnlineDuas pessoas com cinturões de explosivos foram presas hoje em um bairro do sudoeste de Moscou, segundo fontes policiais citadas pela agência de notícias Itar-Tass. Segundo as primeiras informações, as duas pessoas presas são tchetchenas.
No dia 23 de outubro, um grupo de rebeldes tchetchenos tomou um teatro de Moscou e fez cerca de 800 pessoas reféns durante 58 horas. Os rebeldes reivindicavam a retirada imediata das forças russas da Tchetchênia. Sem chegar a um acordo, a polícia de Moscou lançou um gás a base ópio dentro do teatro e deu início à operação de resgate: o gás causou a morte de 129 reféns. Outros dois reféns morreram baleados pelos terroristas. Todos os 41 rebeldes que invadiram o teatro também morreram no incidente.
O Exército russo entrou na Tchetchênia no final de setembro de 1999, alegando combater grupos terroristas islâmicos. Após quase dois anos de combates, Moscou domina a maior parte da região, incluindo a capital, Grosni, e as principais cidades.
A Tchetchênia, de maioria muçulmana, é formalmente uma república russa, mas havia conquistado autonomia após o conflito travado com Moscou entre 1994 e 1996. A região foi anexada pela Rússia no século 18, ainda na época dos czares.
Organizações internacionais criticam, desde o início da ofensiva russa, o desrespeito aos direitos humanos. Civis e rebeldes tchetchenos teriam sido barbaramente torturados e mortos por soldados russos.
O presidente russo, Vladimir Putin, se tornou a figura mais popular na política do país graças à sua ação na ofensiva na Tchetchênia e ganhou a eleição presidencial ocorrida em março de 2000.
Conflito
Em dezembro de 1994 a Rússia desencadeou a guerra contra a República independentista da Tchechênia. O conflito durou 21 meses, deixou milhares de mortos e terminou com a retirada dos russos. A Tchetchênia, que faz parte do território russo, passou a gozar de ampla autonomia.
Em setembro de 1999, Putin ordenou nova ofensiva militar contra a Tchechênia, considerada uma república rebelde, alegando que a Província abrigaria rebeldes islâmicos que pretendiam estabelecer uma República fundamentalista no Daguestão, região vizinha à Tchechênia. Segundo o governo da Rússia, os rebeldes seriam os responsáveis pelos atentados terroristas que deixaram quase 300 mortos em 1999.
No mês passado, cerca de 14 rebeldes tchetchenos e dois soldados russos morreram em dois dias de confrontos. Dez rebeldes foram mortos durante tiroteios com o Exército russo, e dois soldados russos morreram na explosão de uma mina na região de Chali (sudeste).
O último balanço oficial russo é de 4.249 mortos desde julho de 1999, data em que começou a intervenção das forças federais no Cáucaso do Norte.
Com agências internacionais
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