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Missão humanitária para resgatar reféns das Farc chega ao Brasil
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da Efe
A senadora colombiana Piedad Córdoba e a delegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) que receberá seis reféns da guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) chegaram neste sábado à localidade brasileira de São Gabriel da Cachoeira, e pernoitarão em uma base militar na floresta amazônica.
Fontes desse município disseram à agência Efe por telefone que Córdoba e seus acompanhantes chegaram por volta do meio-dia à sede da Segunda Brigada de Infantaria de Selva e passam a noite no local, de onde neste sábado partirão em dois helicópteros brasileiros que no domingo recolherão os seis sequestrados que as Farc prometeram libertar.
O batalhão onde a comitiva pernoitará fica em uma remota região chamada Distrito Yauareté, ao qual só se pode chegar por via aérea ou pelo Rio Negro, em uma viagem que desde o centro urbano de São Gabriel pode durar entre 10 e 12 horas em lancha rápida devido ao traçado sinuoso do rio, acrescentou a fonte.
Córdoba e a delegação do CICV partem neste sábado da base militar rumo à cidade colombiana de San José del Guaviare, 400 quilômetros ao sul de Bogotá, para abastecer os aparelhos e no domingo viajam para um lugar da selva não revelado, onde recolherão os primeiros reféns.
Resgate
Está previsto que os primeiros reféns sejam entregues pelas Farc no domingo e que na quarta-feira, 4 de fevereiro, já tenham libertado os seis cativos.
O grupo é formado pelo ex-governador do departamento de Meta Alan Jara, sequestrado em 2001; o ex-deputado regional de Valle del Cauca Sigifredo López, cativo desde 2003; e quatro soldados das forças da ordem, cujos nomes não são conhecidos.
Entre os que darão as boas-vindas a este primeiro grupo de sequestrados estará o professor Gustavo Moncayo, pai do militar Pablo Emilio Moncayo que percorreu a pé o país em 2007 para reivindicar atenção internacional para o drama dos sequestrados colombianos.
Piedad Córdoba, uma opositora radical do presidente Álvaro Uribe, recebeu em 2007 a incumbência do líder para tramitar a libertação de um grupo de reféns junto ao presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Mas Uribe cancelou essa mediação por divergências, o que indignou o presidente Chávez e levou à paralisação das relações bilaterais por um tempo.
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