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27/12/2002 - 08h01

Ministro israelense ordena mais pressão contra palestinos

da Folha Online

O ministro da Defesa israelense, Shaul Mofaz, ordenou ao Exército "aumentar a pressão" sobre os palestinos, informou a rádio pública de Israel hoje, um dia depois da morte de nove palestinos.

O ministro deu sinal ontem para "aumentar a pressão e atuar com toda força necessária contra os terroristas onde quer que elese se encontrem", de acordo com a rádio.

Ontem, tropas israelenses mataram a tiros nove palestinos em incursões na Cisjordânia e voltaram a ocupar Belém, colocando fim a uma breve pausa na ocupação durante o Natal.

As operações militares provocaram promessas de vingança de grupos de militantes, agravando as tensões na região.

Em Belém, tropas lançaram gás lacrimogêneo contra palestinos que faziam compras, próximo do centro da cidade, ordenando que voltassem para casa, e retomaram as patrulhas na frente da igreja da Natividade, reverenciada pelos cristãos como o local do nascimento de Jesus.

"O toque de recolher foi reativado pouco tempo atrás, por necessidades operacionais", disse uma fonte militar israelense.

O Exército reocupou Belém um mês atrás, depois que um homem-bomba palestino da cidade explodiu um ônibus perto de Jerusalém, matando 11 israelenses. Por causa de um apelo do papa João Paulo 2º, porém, as forças israelenses voltaram para os limites de Belém na terça-feira (24), a fim de permitir que as cerimônias de Natal acontecessem.

A despeito disso, cristãos palestinos disseram que este foi um de seus mais tristes Natais em Belém. Dois anos de carnificinas deixaram cicatrizes nos peregrinos e turistas, que já lotaram a cidade para o feriado.

Busca por militantes
O retorno a Belém coincidiu com uma busca de militantes em outras cidades da Cisjordânia e locais reocupados pelas forças israelenses, seguindo o rastro de uma série de atentados suicidas ocorridos em junho.

Uma fonte militar israelense chamou as incursões de "operações contra-terroristas", apesar dos apelos de Washington por calma, enquanto os EUA buscam apoio árabe para uma possível guerra contra o Iraque.

"Nós condenamos essa escalada israelense", afirmou o ministro de Gabinete palestino, Saeb Erekat.

Na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, soldados israelenses disfarçados atiraram em um carro, matando Bassem al-Ashqar, 35, do movimento islâmico Hamas, o principal grupo por trás dos atentados suicidas contra israelenses na luta palestina por independência.

Com agências internacionais

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