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28/07/2000 - 11h51

Sucessão de falhas precedeu acidente com Concorde da Air France

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das agências internacionais
em Paris (França)

Uma sequência de falhas mecânicas antecedeu o acidente com o Concorde na terça-feira (25), segundo a primeira leitura das caixas-pretas do avião, e podem ter sido as causas da queda do avião. Mas ainda persistem algumas dúvidas sobre a origem do incêndio de um dos motores esquerdos e sobre a avaria no trem de pouso da aeronave.

A entrada no reator, que fica sob a asa esquerda, de pedaços de metal ou do pneu é uma das hipóteses levantadas pelos técnicos. Uma fonte citada pelo jornal francês "Le Figaro" diz nesta sexta-feira (28) que o incêndio pode ter começado devido a entrada de um fragmento do trem de pouso, de um pássaro ou mesmo uma ferramenta esquecida por mecânicos.

Já se sabia que o motor número dois havia sofrido reparos antes da queda da aeronave, que levava 109 passageiros a bordo e seguia para Nova York (EUA). Mas a troca do inversor de propulsão não desencadeou o acidente, segundo especialistas.

A hipótese de que o acidente teria ocorrido devido à troca de uma bomba de combustível em um dos motores na mesma manhã da tragédia foi descartada nesta sexta-feira (28) pela Air France. Em um comunicado, a empresa desmentiu que houvera a troca. Disse que nesse dia o avião passou pelos controles habituais, que incluíram um teste do motor em terra.

A companhia, que lamentou "a publicação de informações infundadas e errôneas", afirmou que havia transmitido os detalhes dos controles, assim como todas as informações em seu poder, à Oficina de Investigação de Acidentes (BEA).

A BEA revelou na noite de quinta-feira (27) que os problemas não foram só no motor dois. O motor um perdeu potência duas vezes, segundo os dados da caixa-preta que registra o funcionamento dos sistemas de vôo. Logo que se repete a perda de potência do motor um, o avião se inclina fortemente à esquerda e se choca com o hotel. Apenas dois minutos se passaram desde a decolagem do Concorde no aeroporto parisiense de Roissy.

Os investigadores prometeram um informe preliminar para o final de agosto. Eles estão interessados nas fotografias de um empresário japonês que mostram uma fogueira na asa esquerda do Concorde assim que o avião levanta seu "bico", informa o jornal "Libération".

Nesse momento, os reatores parecem não estar tomado pelas chamas, o que suscita novas hipóteses. O combustível em chamas poderia ser dos enormes depósitos (com capacidade de 96 toneladas) situados na asa, possivelmente perfurados por objetos metálicos.

Uma hipótese também levantada pelo ex-diretor de exploração do Concorde, Franck Debouck, em declarações ao jornal "Le Monde", não descarta o escape do combustível pela asa esquerda. Ele teria posto fogo no sistema de combustível ativado na decolagem, atuado como um gigantesco isqueiro.

Clique aqui para ler página especial sobre o acidente.


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