Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/01/2003 - 11h49

Israel se prepara para aumento de violência antes de eleições

da France Presse, em Jerusalém

O governo israelense advertiu hoje, depois dos ataques do fim de semana em Israel, que é possível um aumento dos atentados palestinos com a aproximação das eleições legislativas do próximo dia 28.

No campo político, duas pesquisas indicam que o partido do primeiro-ministro Ariel Sharon sobe nas intenções de voto, enquanto cai a percentagem de votos para os trabalhistas, apesar das acusações de corrupção envolvendo o líder do governo e do partido Likud.

Ontem, um israelense morreu e cinco integrantes das forças de segurança ficaram feridos em uma área agrícola no norte de Israel, após um ataque realizado por dois palestinos, que foram mortos.

No deserto de Neguev, um soldado morreu e dois foram feridos em um confronto com dois membros de um comando infiltrado no Egito, que foram mortos. O jornal "Haaretz" disse que eram palestinos que teriam passado da faixa de Gaza para o país vizinho.

O ministro israelense da Defesa, Shaul Mofaz, declarou hoje que Israel está ameaçado por uma onda de terrorismo propagada por organizações ligadas à Autoridade Nacional Palestina, devido à proximidade das eleições legislativas de 28 de janeiro.

"Não cabe dar o menor crédito às palavras de Iasser Arafat [presidente da Autoridade Nacional Palestina] quando ele pede o fim dos atentados até as eleições. Esse indivíduo impede qualquer avanço para acabar com a violência", disse.

Mofaz descartou uma nova operação de peso das tropas israelenses na Cisjordânia e na faixa de Gaza. "O Tsahal [Exército], a polícia e o Shin Beth [serviço de segurança interno] fazem o necessário para enfrentar o terrorismo, com o objetivo de garantir a segurança dos nossos concidadãos e não estão estão sendo consideradas medidas excepcionais", afirmou.

A duas semanas das eleições legislativas em Israel, predomina o clima de insegurança, do qual parece se aproveitar o partido de Sharon, que defende uma política inflexível em relação aos palestinos.

Em duas pesquisas de opinião, publicadas pelos jornais "Yediot Ajaronot" e "Maariv", o Likud aparece com 32 e 33 cadeiras. Na semana passada, as pesquisas apontavam que o partido teria apenas 28, depois da revelação de um escândalo financeiro em que estariam envolvidos Sharon e seus dois filhos. O Partido Trabalhista, liderado por Amram Mitzna, cai para 20 parlamentares, em vez dos 21 e 22 com que contaria na semana passada.

Essas são as primeiras pesquisas feitas após a entrevista coletiva, realizada na quinta-feira passada (9), em que Sharon negou as acusações de corrupção.

Leia mais no especial Oriente Médio
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página