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14/01/2003
-
04h18
colunista da Folha de S.Paulo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discutirá com seu colega venezuelano, Hugo Chávez, a utilidade ou não de uma intervenção norte-americana mais intensa no processo internacional de mediação para buscar uma saída para a crise na Venezuela.
A conversa se dará amanhã em Quito, durante as cerimônias de posse do presidente eleito do Equador, Lucio Gutiérrez.
Os Estados Unidos vinham mantendo um comportamento errático na crise venezuelana, ora apoiando a oposição a Chávez, ora recuando para uma posição de neutralidade.
Mas, quando Chávez sugeriu a Marco Aurélio Garcia, assessor especial de Lula, que fosse criado um "grupo de amigos" da Venezuela para ajudar na mediação, Washington parece ter se incomodado o suficiente para passar a "assumir uma paternidade que não tem", conforme a Folha de S.Paulo ouviu no Palácio do Planalto.
Sem atropelar a OEA
Em princípio, o governo brasileiro não vê problemas na participação norte-americana, mas, antes, quer saber a opinião de Chávez, cujas relações com os Estados Unidos também têm sido erráticas.
A posse de Gutiérrez, aliás, servirá de pretexto para tentar avançar na formação do "grupo de amigos", porque a ela comparecerão mandatários sul-americanos que são os principais possíveis participantes dessa nova instância (o colombiano Álvaro Uribe, o peruano Alejandro Toledo, o chileno Ricardo Lagos, além de Lula, Chávez e do próprio Gutiérrez).
Mais ainda: também comparecerá César Gaviria, secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), que já está tentando uma mediação internacional, até agora sem sucesso.
Na sua missão em Caracas, Marco Aurélio Garcia condicionara o apoio brasileiro ao "grupo de amigos" à aceitação de Gaviria, já que não há o menor interesse em atropelar as gestões da OEA.
Leia mais no especial Venezuela
Leia mais notícias de Mundo
Lula e Chávez discutem atuação dos EUA
CLÓVIS ROSSIcolunista da Folha de S.Paulo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva discutirá com seu colega venezuelano, Hugo Chávez, a utilidade ou não de uma intervenção norte-americana mais intensa no processo internacional de mediação para buscar uma saída para a crise na Venezuela.
A conversa se dará amanhã em Quito, durante as cerimônias de posse do presidente eleito do Equador, Lucio Gutiérrez.
Os Estados Unidos vinham mantendo um comportamento errático na crise venezuelana, ora apoiando a oposição a Chávez, ora recuando para uma posição de neutralidade.
Mas, quando Chávez sugeriu a Marco Aurélio Garcia, assessor especial de Lula, que fosse criado um "grupo de amigos" da Venezuela para ajudar na mediação, Washington parece ter se incomodado o suficiente para passar a "assumir uma paternidade que não tem", conforme a Folha de S.Paulo ouviu no Palácio do Planalto.
Sem atropelar a OEA
Em princípio, o governo brasileiro não vê problemas na participação norte-americana, mas, antes, quer saber a opinião de Chávez, cujas relações com os Estados Unidos também têm sido erráticas.
A posse de Gutiérrez, aliás, servirá de pretexto para tentar avançar na formação do "grupo de amigos", porque a ela comparecerão mandatários sul-americanos que são os principais possíveis participantes dessa nova instância (o colombiano Álvaro Uribe, o peruano Alejandro Toledo, o chileno Ricardo Lagos, além de Lula, Chávez e do próprio Gutiérrez).
Mais ainda: também comparecerá César Gaviria, secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), que já está tentando uma mediação internacional, até agora sem sucesso.
Na sua missão em Caracas, Marco Aurélio Garcia condicionara o apoio brasileiro ao "grupo de amigos" à aceitação de Gaviria, já que não há o menor interesse em atropelar as gestões da OEA.
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