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23/01/2003 - 17h15

Direita de Ariel Sharon acentua vantagem nas eleições do dia 28

da France Presse, em Jerusalém

A cinco dias das eleições israelenses, a direita conduzida pelo atual primeiro-ministro, Ariel Sharon, acentua vantagem ante os trabalhistas, para quem as pesquisas prevêem o pior. Paralelamente a esta situação, às vésperas de uma reunião de palestinos no Cairo, os extremistas descartam a possibilidade de pôr um ponto final aos atentados em Israel.

Quatro sondagens antecipam que o partido Trabalhista de Amram Mitzna, considerado uma "pomba", obterá o pior resultado de sua história, com apenas 18 ou 19 cadeiras, contra as 25 que possui atualmente na Knesset (parlamento israelense), composta por 120 deputados.

No final da disputa, na votação da próxima terça-feira (28), o partido Trabalhista corre o risco de ser deslocado do segundo lugar pelo Shinui (centro), que conseguiria entre 15 e 17 deputados, enquanto que o Likud (direita) continua à frente das preferências com 33 ou 34 cadeiras, contra 19 atualmente.

Segundo as pesquisas, o bloco formado pelo Likud, a extrema-direita e os ultraortodoxos pode obter uma maioria de 65 a 66 deputados.

Para os analistas, as cartas estão seladas, e a única questão é saber se Sharon vai optar por uma aliança com os partidos de direita e religiosos ou se tentará somar os trabalhistas num novo gabinete de união nacional, apesar de Mitzna se opor com firmeza a esta possibilidade.

Enquanto isto, ante o temor de uma nova onda de atentados palestinos quando se aproximam as eleições, a polícia israelense prosseguiu hoje em estado de alerta.

Segundo um documento, do qual a France Presse obteve uma cópia, o Egito irá propor para os doze grupos palestinos que devem se reunir amanhã no Cairo "congelarem a luta armada durante um ano, afim de dar uma oportunidade aos esforços de paz e às negociações".

O relançamento do caminho pacífico é incentivado pelo chamado Quarteto (Estados Unidos, Rússia, ONU e União Européia), que busca pôr um ponto final ao conflito no Oriente Médio e criar um Estado palestino até 2005.

A proposta egípcia pede, além disso, o "fim da ocupação militar israelense e a colonização dos territórios palestinos, entre eles Jerusalém Oriental e a criação de um Estado palestino soberano nos territórios ocupados [em 1967] tendo Jerusalém como capital".

No entanto, os grupos radicais que participam do diálogo, o Hamas, o Jihad islâmico e as Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, já manifestaram sua recusa a deter os atentados contra Israel.

Enquanto isto, o Exército israelense continuou a política de incursões e detenções de ativistas palestinos com demolições de suas casas na Cisjordânia e na faixa de Gaza.

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