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Morales aceita supervisão internacional sobre aplicação da nova Constituição
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da Efe, em La Paz
O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse nesta sexta-feira que aceita que a comunidade internacional supervisione a aplicação da nova Constituição e do regime de autonomias em seu país, como foi pedido por alguns setores da oposição.
"O governo nacional é transparente, não tem medo de ninguém. Todos serão bem-vindos para supervisionar a implantação da autonomia nas diferentes regiões do país e a nova Constituição Política do Estado", disse.
Cerca de 61,4% dos bolivianos aprovaram a nova Constituição promovida pelo governo de Morales, que foi submetida a referendo no último dia 25 de janeiro.
Entenda os pontos polêmicos da nova Constituição da Bolívia
Em discurso durante um ato das Forças Armadas, Morales confirmou ainda a presença de observadores internacionais durante a aplicação do processo de reforma agrária na Bolívia.
Misha Japaridze-16fev.09/AP |
Presidente Evo Morales em visita a Moscou; ele permitiu observação internacional |
O governo tenta iniciar uma reforma para expropriar latifúndios que não cumpram funções econômicas ou sociais, ou que ainda mantenham indígenas ou camponeses em regime de servidão.
As primeiras expropriações ordenadas no sudeste do país a vários fazendeiros, entre eles um americano, encontraram resistência dos empresários agrícolas, que anunciaram ações legais e protestos para impedi-las.
Morales destacou aos líderes militares que chegou o momento de implantar as mudanças pelas quais lutaram os movimentos indígenas da Bolívia, e pediu às Forças Armadas que mantenham seu respaldo às reformas.
As regiões opositoras de Santa Cruz, Beni e Chuquisaca também rejeitaram o modelo autônomo que foi proposto pela nova Constituição, por considerar que é insuficiente para suas regiões.
Por isso, esses governadores regionais rejeitaram se reunir com Morales para discutir a aplicação das autonomias em um Conselho criado pelo governo.
O governador regional de Santa Cruz, Rubén Costas, foi quem pediu que o diálogo ocorra com as garantias da comunidade internacional, que participou da mediação da crise política vivida no ano passado pelo enfrentamento entre o governo e a oposição.
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