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24/01/2003
-
21h40
Os vice-chanceleres do Grupo dos Países Amigos da Venezuela vão se reunir na capital do país, Caracas, no dia 30 de janeiro para discutir medidas imediatas para diminuir as tensões e prevenir atos de violência, anunciou hoje o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, coordenador do grupo.
Amorim, falando em nome do grupo que inclui, além de Brasil, Estados Unidos, México, Chile, Portugal e Espanha, pediu que governo e oposição venezuelanos controlem a violência no país.
"A missão vai discutir medidas concretas como, por exemplo, a diminuição do risco de violência... e o processo de moderar a retórica", disse Amorim a jornalistas após o primeiro encontro do "Grupo de Amigos".
"O problema da Venezuela é um problema de grande urgência que requer que ajamos imediatamente", acrescentou.
Segundo Amorim, a missão diplomática do grupo discutirá as propostas de Jimmy Carter para pôr fim à greve convocada pelos opositores do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que já dura 54 dias.
Os representantes do grupo se reuniram hoje em Washington para planejar uma iniciativa diplomática com o objetivo de encontrar uma saída à prolongada crise política no país.
Os chanceleres de Brasil, Estados Unidos, Espanha e Portugal, e os vice-chanceleres do Chile e México se encontraram na sede da Organização dos Estados Americanos (OEA) um plano de trabalho em seu primeiro encontro depois da criação do grupo, proposto pelo governo brasileiro.
O encontro marca a crescente preocupação internacional com a situação na Venezuela, onde a oposição promove uma "greve cívica" desde 2 de dezembro, exigindo a renúncia de Chávez e a antecipação de eleições.
A intenção do grupo é ampliar as negociações ainda frustadas lideradas pelo secretário-geral da OEA, César Gaviria, entre governo e oposição venezuelana.
Esforço dos EUA
O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, se reuniu nesta manhã com o chanceler brasileiro, Celso Amorim, e depois com a ministra de Assuntos Exteriores da Espanha, Ana Palacio.
Powell e Amorim conversaram sobre o "Grupo de Amigos" e demonstraram apoio às propostas do ex-presidente norte-americano Jimmy Carter para criar uma emenda constitucional com o objetivo de possibilitar eleições antecipadas ou a realização de um referendo sobre o mandato de Chávez em 19 de agosto. Tanto a oposição quanto o governo venezuelano estão analisando a proposta.
Os dois discutiram maneiras de trabalharem juntos para ajudar o secretário-geral da OEA a encontrar uma solução pacífica, democrática, constitucional e eleitoral para a crise venezuelana.
Granada
As tensões na Venezuela, cuja indústria vital do petróleo foi duramente golpeada pela greve, aumentaram ontem, quando centenas de milhares de "chavistas" expressaram seu apoio ao presidente em uma manifestação em Caracas.
A passeata foi marcada pela explosão de uma granada a poucas quadras da concentração popular, encabeçada por Chávez, matando uma pessoa e deixando 15 feridos. Ninguém assumiu a responsabilidade pela explosão, e o governo se limitou a dizer que a polícia está investigando o episódio.
A greve, promovida por sindicalistas, empresários, políticos da oposição e organizações civis, é acompanhada por manifestações de rua que provocaram confrontos frequentes, com um saldo total de sete mortos.
O pior efeito da paralisação na Venezuela é a greve dos trabalhadores da PDVSA, motor econômico do país que até o início do protesto era o quinto maior exportador mundial do óleo.
Trabalhadores em greve da PDVSA disseram ontem que a produção de petróleo está perto de 812 mil barris por dia, cerca de 25% da capacidade total e ainda muito distante dos 3,1 milhões de barris diários produzidos em novembro.
Com agências internacionais
Leia mais no especial Venezuela
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Vice-chanceleres do Grupo de Amigos da Venezuela se reúnem dia 30
da Folha OnlineOs vice-chanceleres do Grupo dos Países Amigos da Venezuela vão se reunir na capital do país, Caracas, no dia 30 de janeiro para discutir medidas imediatas para diminuir as tensões e prevenir atos de violência, anunciou hoje o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, coordenador do grupo.
Amorim, falando em nome do grupo que inclui, além de Brasil, Estados Unidos, México, Chile, Portugal e Espanha, pediu que governo e oposição venezuelanos controlem a violência no país.
"A missão vai discutir medidas concretas como, por exemplo, a diminuição do risco de violência... e o processo de moderar a retórica", disse Amorim a jornalistas após o primeiro encontro do "Grupo de Amigos".
"O problema da Venezuela é um problema de grande urgência que requer que ajamos imediatamente", acrescentou.
Segundo Amorim, a missão diplomática do grupo discutirá as propostas de Jimmy Carter para pôr fim à greve convocada pelos opositores do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que já dura 54 dias.
Os representantes do grupo se reuniram hoje em Washington para planejar uma iniciativa diplomática com o objetivo de encontrar uma saída à prolongada crise política no país.
Os chanceleres de Brasil, Estados Unidos, Espanha e Portugal, e os vice-chanceleres do Chile e México se encontraram na sede da Organização dos Estados Americanos (OEA) um plano de trabalho em seu primeiro encontro depois da criação do grupo, proposto pelo governo brasileiro.
O encontro marca a crescente preocupação internacional com a situação na Venezuela, onde a oposição promove uma "greve cívica" desde 2 de dezembro, exigindo a renúncia de Chávez e a antecipação de eleições.
A intenção do grupo é ampliar as negociações ainda frustadas lideradas pelo secretário-geral da OEA, César Gaviria, entre governo e oposição venezuelana.
Esforço dos EUA
O secretário de Estado norte-americano, Colin Powell, se reuniu nesta manhã com o chanceler brasileiro, Celso Amorim, e depois com a ministra de Assuntos Exteriores da Espanha, Ana Palacio.
Powell e Amorim conversaram sobre o "Grupo de Amigos" e demonstraram apoio às propostas do ex-presidente norte-americano Jimmy Carter para criar uma emenda constitucional com o objetivo de possibilitar eleições antecipadas ou a realização de um referendo sobre o mandato de Chávez em 19 de agosto. Tanto a oposição quanto o governo venezuelano estão analisando a proposta.
Os dois discutiram maneiras de trabalharem juntos para ajudar o secretário-geral da OEA a encontrar uma solução pacífica, democrática, constitucional e eleitoral para a crise venezuelana.
Granada
As tensões na Venezuela, cuja indústria vital do petróleo foi duramente golpeada pela greve, aumentaram ontem, quando centenas de milhares de "chavistas" expressaram seu apoio ao presidente em uma manifestação em Caracas.
A passeata foi marcada pela explosão de uma granada a poucas quadras da concentração popular, encabeçada por Chávez, matando uma pessoa e deixando 15 feridos. Ninguém assumiu a responsabilidade pela explosão, e o governo se limitou a dizer que a polícia está investigando o episódio.
A greve, promovida por sindicalistas, empresários, políticos da oposição e organizações civis, é acompanhada por manifestações de rua que provocaram confrontos frequentes, com um saldo total de sete mortos.
O pior efeito da paralisação na Venezuela é a greve dos trabalhadores da PDVSA, motor econômico do país que até o início do protesto era o quinto maior exportador mundial do óleo.
Trabalhadores em greve da PDVSA disseram ontem que a produção de petróleo está perto de 812 mil barris por dia, cerca de 25% da capacidade total e ainda muito distante dos 3,1 milhões de barris diários produzidos em novembro.
Com agências internacionais
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