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22/02/2009 - 17h54

Netanyahu e Livni se reúnem para discutir governo de coalizão de Israel

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da Folha Online

A presidente do Kadima, Tzipi Livni, se reuniu neste domingo em Jerusalém com o líder do rival Likud, Binyamin Netanyahu, para discutir a formação de um governo de coalizão de Israel, informa o diário local "Haaretz". Essa foi a primeira vez que os dois se encontraram desde a vitória apertada de Livni nas eleições parlamentares do último dia 10.

Livni disse neste domingo antes da reunião que o Kadima não está disposto a comprometer as conversas de paz com os palestinos para se unir ao governo de coalizão.

18.02.09/Kobi Gideon/Tara Todras-Whitehill/Efe/AP
Netanyahu (esq.) teve o primeiro encontro com Livni neste domingo para discutir a formação de um governo de coalizão em Israel
Netanyahu (esq.) teve o primeiro encontro com Livni neste domingo para discutir a formação de um governo de coalizão em Israel

"A escolha é entre o avanço e a atualização de uma visão para dois Estados para dois povos, ou perder o caminho desse objetivo", disse Livni a membros do Kadima após o encontro com Netanyahu, que recebeu o convite oficial do presidente Shimon Peres para formar o governo na sexta-feira.

"Se nós [Kadima] nos comprometermos no sentido de sermos parte de um governo que tem um caminho que não é o nosso caminho, estaremos traindo a confiança dos eleitores", disse a atual ministra das Relações Exteriores de Israel, citada pelo "Haaretz".

Em declaração emitida após o encontro, parlamentares do Kadima afirmaram que a aceitação das políticas do partido em relação à paz com palestinos e em assuntos domésticos são "uma condição para [o partido] se unir a um governo de coalizão".

Olmert

Mais cedo neste domingo, o premiê Ehud Olmert instou os líderes políticos, durante a reunião semanal do gabinete, a formar o próximo governo de coalizão de Israel "o mais rápido possível".

"Peço a todos os envolvidos e aos que estão evolvidos nas negociações da coalizão para que trabalhem de forma eficiente e rápida para formar --o mais rápido possível-- um governo que terá autoridade total e que será capaz de governar efetivamente", disse Olmert.

O líder do Likud alertou neste domingo que ele não formará um governo de união sob pressão. "Unidade pode ser atingida pelo diálogo, não por ditados, não por braço de ferro", disse Netanyahu. "É isso o que faremos hoje --começaremos o esforço para unir as mãos, primeiro com o Kadima, e amanhã com o Partido Trabalhista."

Livni tem dito desde as eleições que não irá se unir a um governo que não avance no processo de paz.

Em suas declarações, Netanyahu acrescentou: "Não tenho dúvidas de que qualquer um que veja os maiores interesses do Estado irá colocar a unidade como um objetivo central (...) Uma real tentativa deve ser feita para se chegar a uma posição de união, a partir de respeito mútuo e discussão real", disse o político, citado pelo "Haaretz".

Impasse

O Kadima consegui 28 dos 120 assentos do Knesset (Parlamento de Israel) nas eleições do dia 10, apenas um a mais que o Likud.

Porém, o presidente pediu a Netanyahu para formar o governo de coalizão devido à forte presença dos partidos de direita no Knesset, enquanto o Kadima não conseguiu o apoio dos partidos de esquerda e centro-esquerda, como o Trabalhista, Meretz, e os árabes.

Para formar o governo, uma coalizão precisa ter no mínimo 61 cadeiras.

Na reunião de gabinete deste domingo, Olmert elogiou a decisão de Peres de convocar Netanyahu para formar o governo, dizendo que Israel precisa de um governo forte e estável para lidar com os desafios que enfrenta.

Relutante em liderar um governo visto como de extrema direita pela comunidade internacional, políticos envolvidos nas negociações dizem que Netanyahu também pedirá ao Kadima para ajudar a criar o plano de governo da nova administração.

O ministro da infraestrutura Eli Yishai, membro do Shas (ultraortodoxo) instou neste domingo o Kadima a entrar na coalizão, mas o ministro Meir Sheetrit, do Kadima, disse que tal medida significaria o fim do partido de centro criado pelo ex-premiê Ariel Sharon em 2005.

 

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