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28/01/2003
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09h46
Os ministros das Relações Exteriores da União Européia (UE) consideraram hoje, em Bruxelas (Bélgica), inconclusivo o relatório sobre o Iraque apresentado ontem nas Nações Unidas, informaram fontes diplomáticas no final da reunião.
A reunião, feita em caráter extraordinária na manhã de hoje pelo Conselho de Assuntos Gerais da UE, concluiu que a presidência grega da UE (que agrega 15 países-membros) fará uma viagem por vários países árabes para explicar as posições adotadas por Bruxelas.
Em relação ao documento entregue à ONU (Organização das Nações Unidas) ontem pelo chefe dos inspetores de armas no Iraque, Hans Blix, a UE disse que ele (o relatório) "tem aspectos positivos e tem aspectos negativo", de modo que não é "conclusivo".
Na sua exposição, Hans Blix afirmou que Bagdá tem cooperado, mas de forma insuficiente com a organização, enquanto o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, declarou não ter sido detectada qualquer atividade nuclear proibida no Iraque.
Iraque
Hoje, o vice-premiê iraquiano, Tareq Aziz, falando depois de os inspetores da ONU (Organização das Nações Unidas) terem criticado Bagdá por não ser transparente em seus programas de armas, prometeu mais cooperação no futuro.
"Eles estão pedindo mais cooperação do Iraque. Ok, deixe-os dizer isso. Nós estamos fazendo isso".
Mas ele também imprimiu um tom desafiador, dizendo que, se os soldados americanos invadirem (o Iraque), eles seriam recebidos "com balas, não flores" e sofreriam pesadas baixas.
Aziz afirmou que o Iraque não tentaria atacar alvos dentro dos Estados Unidos se Washington lançar uma invasão, mas iria retaliar e poderia atacar o Kuait -país invadido pelo Iraque em agosto de 1991-, se um ataque americano fosse lançado de lá.
"O Kuait é um campo de guerra e as tropas americanas estão no Kuait se preparando para atacar o Iraque", disse. "Se houver um ataque do Kuait, eu não posso dizer que nós não iremos retaliar. Nós vamos, é claro, retaliar os soldados americanos onde eles começarem sua agressão contra o Iraque. Isso é legítimo", afirmou.
"Os americanos estão se iludindo se pensam que serão recebidos com flores. Eles serão recebidos com balas, não flores. Nós já distribuímos centenas de milhares de armas e nós estamos confiantes", acrescentou.
Novas ameaças
Ontem, o secretário de Estado americano, Colin Powell, disse que está acabando o tempo para o Iraque, se o país quiser se desarmar pacificamente.
Powell afirmou que que a questão não é quanto tempo mais dar aos inspetores para continuar a busca de armas de destruição em massa, e sim quanto tempo mais dar ao Iraque para que ele prove que se desarmou.
Segundo o secretário de Estado, os Estados Unidos vão decidir seu próximo passo depois de consultar aliados, nesta semana.
Hoje à noite, o presidente americano, George W. Bush, faz o seu discurso anual sobre o Estado da União, em que deve falar sobre a possibilidade de guerra. Na sexta-feira (31), Bush deve se encontrar com o premiê britânico, Tony Blair, em Camp David para discutir o tema.
Com agências internacionais
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Notícias de mundo
UE considera inconclusivo relatório sobre o Iraque feito por Blix
da Folha OnlineOs ministros das Relações Exteriores da União Européia (UE) consideraram hoje, em Bruxelas (Bélgica), inconclusivo o relatório sobre o Iraque apresentado ontem nas Nações Unidas, informaram fontes diplomáticas no final da reunião.
A reunião, feita em caráter extraordinária na manhã de hoje pelo Conselho de Assuntos Gerais da UE, concluiu que a presidência grega da UE (que agrega 15 países-membros) fará uma viagem por vários países árabes para explicar as posições adotadas por Bruxelas.
Em relação ao documento entregue à ONU (Organização das Nações Unidas) ontem pelo chefe dos inspetores de armas no Iraque, Hans Blix, a UE disse que ele (o relatório) "tem aspectos positivos e tem aspectos negativo", de modo que não é "conclusivo".
Na sua exposição, Hans Blix afirmou que Bagdá tem cooperado, mas de forma insuficiente com a organização, enquanto o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, declarou não ter sido detectada qualquer atividade nuclear proibida no Iraque.
Iraque
Hoje, o vice-premiê iraquiano, Tareq Aziz, falando depois de os inspetores da ONU (Organização das Nações Unidas) terem criticado Bagdá por não ser transparente em seus programas de armas, prometeu mais cooperação no futuro.
"Eles estão pedindo mais cooperação do Iraque. Ok, deixe-os dizer isso. Nós estamos fazendo isso".
Mas ele também imprimiu um tom desafiador, dizendo que, se os soldados americanos invadirem (o Iraque), eles seriam recebidos "com balas, não flores" e sofreriam pesadas baixas.
Aziz afirmou que o Iraque não tentaria atacar alvos dentro dos Estados Unidos se Washington lançar uma invasão, mas iria retaliar e poderia atacar o Kuait -país invadido pelo Iraque em agosto de 1991-, se um ataque americano fosse lançado de lá.
"O Kuait é um campo de guerra e as tropas americanas estão no Kuait se preparando para atacar o Iraque", disse. "Se houver um ataque do Kuait, eu não posso dizer que nós não iremos retaliar. Nós vamos, é claro, retaliar os soldados americanos onde eles começarem sua agressão contra o Iraque. Isso é legítimo", afirmou.
"Os americanos estão se iludindo se pensam que serão recebidos com flores. Eles serão recebidos com balas, não flores. Nós já distribuímos centenas de milhares de armas e nós estamos confiantes", acrescentou.
Ontem, o secretário de Estado americano, Colin Powell, disse que está acabando o tempo para o Iraque, se o país quiser se desarmar pacificamente.
Powell afirmou que que a questão não é quanto tempo mais dar aos inspetores para continuar a busca de armas de destruição em massa, e sim quanto tempo mais dar ao Iraque para que ele prove que se desarmou.
Segundo o secretário de Estado, os Estados Unidos vão decidir seu próximo passo depois de consultar aliados, nesta semana.
Hoje à noite, o presidente americano, George W. Bush, faz o seu discurso anual sobre o Estado da União, em que deve falar sobre a possibilidade de guerra. Na sexta-feira (31), Bush deve se encontrar com o premiê britânico, Tony Blair, em Camp David para discutir o tema.
Com agências internacionais
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